Num recente artigo chamado "lição aprendida', a ex-ministra Marina Silva mostra claramente que aprendeu, mas não a lição que devia. A moça pobre, tardiamente alfabetizada e que se tornou professora não guardou em sua história de vida os exemplos que viu de tão perto.
Marina devia ter aprendido com o sofrimento e sua ascensão que podemos mudar de opinião, nunca de ideais, e que não podemos ter dois pesos e duas medidas. Ela sabe tão bem como todos nós que o Brasil quebrou no governo FHC, sabe que mais de 10 milhões de brasileiros ficaram sem emprego, que o Brasil não tinha segurança econômica alguma e o mal que o arrocho do FMI causou a nossa nação. Ela sabe de tudo isso, mas prefere fingir que esqueceu para nos mostrar a lição que realmente aprendeu.
Hoje Marina não pode falar mal de Lula. Sabe que sua imagem pode ser decisiva na eleição e da influência que o ex-presidente exerce, então prefere bater de leve e fingir que dele aprendeu. Como? Se aliando a coronéis modernos e usando empresas para fazerem propaganda de seu nome e partido fantasma, naufragado na incompetência da mesma?
Marina já representou o novo e realmente já mantenedora de utopias. Quando a via dessa forma fui um dos articuladores da Rede. Junto com alguns amigos coletamos assinaturas para a criação do novo partido que não obteve registro. Logo depois Marina se alia a Eduardo Campos e diz que ambos têm muito em comum e que o PSB e Rede podem contribuir para a política.
Pernambuco não é modelo para ninguém. Temos ilhas de excelência cercados por oceano de miséria, falta de oportunidades, violência e perseguição. Prefeitos que preferem ser vassalos do Rei a exigir, de fato, melhorias para os seus municípios. O pernambucano do interior sofre com saúde precária, segurança deficiente e com os mandos e desmandos de pequenas aristocracias familiares. Números são produzidos e maquiados para gerar bons índices enquanto professores, policiais e profissionais de saúde clamam por melhores condições e dia após dia sofrem com o assédio moral dos que coíbem suas falas.
É esse o modelo que Marina admira e apoia para ser implantado em todo Brasil. Ela mesma já mostrou que não entende de democracia, ao menos em sua forma prática. Ao proferir uma palestra para alunos em uma universidade em Pernambuco não permitiu que lhe fosse feita qualquer pergunta. Ela foi exibir seu dom de oradora, não ser questionada sobre nada. No roda vida, onde os jornalistas não podiam permanecer calados ela disse que ainda não estava informada sobre seu próprio projeto para economia do Brasil.
Ela realmente aprendeu bem. Só resta dizer com quem aprendeu.
Suas atitudes e falas tem igualhado Marina a todos os outros que ela diz combater. Ela não apresenta nada de novo, abaixo da casca está o neoliberalismo travestido de verde, o fundamentalismo seco e o discurso vazio de ideais. Alguns podem até sair de sua boca, mas são como o sino que retine. Ali não há amor pelas conquistas populares.
Ver tudo isso hoje justifica o título desse artigo.
Marina Silva foi uma das minhas grandes decepções.
Emerson Luiz
Na verdade ela nunca me enganou. Carrega consigo a influência religiosa arraigada e intolerante. Como uma pessoa tendenciosa quer gerir um país como o Brasil que apresenta uma enorme faceta de seguimentos religiosos, culturais, e também de gêneros. Na fala dela fica explícito o preconceito contra os homossexuais.
ResponderExcluirResumindo o Brasil é um estado LAICO. Então, religiosos de qualquer denominação deveriam manter-se fora dessas decisões, ou ao assumirem Cargos Públicos, lembrarem-se que legislam para a coletividade e não para sua própria denominação.