sábado, 30 de janeiro de 2010

Palmas à Cristóvam Buarque


Recebi por e-mail do amigo Marcelo Vasconcelos e publico aqui como forma de divilgação.


Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!

Bom dia, boa noite



Bom dia!

Ao escrever essas linhas desejo a você o entusiasmo necessário para iniciar sua jornada, pois como dizem os antigos: “o primeiro passo é sempre o mais difícil”. Desejo, ainda, que seu entusiasmo seja marcada pela fé, para que mesmo quando parecer perdido no caminho, lembre do seu objetivo e do lugar aonde deseja chegar.

A fé é importante, pois ela nos permite enxergar o que ainda não vemos e tomar posse do que ainda não chegou as nossas mãos. Tenha fé em Deus, na vida, e principalmente, tenha um pouco de fé em você mesmo.

Procure nutrir a esperança em dias melhores. Lembre que a hora mais escura da noite é aquela que precede a alvorada, e que as vezes temos de ser testados para aprender a valorizar aquilo que já possuímos, sem perder de vista o sonho que brota sincero do nosso coração.

Dê valor aos amigos. Eles podem se juntar a nós durante a caminhada e nem sempre estar procurando o mesmo destino, mas sempre tem algo para compartilhar, aprender e ensinar. Quem encontra amigos encontra tesouros. E ao encontrá-los procure entender que nem sempre vão caminhar ou olhar na mesma direção. E se conseguir compreender que os amigos hão de mudar, nunca precisará mudar de amigos, pois novas amizades devem acrescentar valores a vida, não substituir os antigos.

Durante a jornada, procure não fazer inimigos, contratempos e conflitos às vezes são inevitáveis, mas podemos escolher tudo o que semeamos no vasto e fértil terreno do coração. No caminho se perde tanto quando se ganha. Então é necessário aprender a tratar da mesma forma a vitória e a derrota: as duas trazem aprendizados.

Entre reis e plebeus, homens de bens e falsários não devemos esquecer quem somos nem perder a dignidade. Não vicie seus olhos às jóias e riquezas sob o risco de não aprender a ver os milagres diários: a beleza dos lírios, do voar dos pássaros, ou do orvalho que molhas as campinas. Tenha sede de conhecer o mundo, mas também procure conhecer a si mesmo.

Ame, reze, sonhe, caminhe, dance. Viva de forma intensa sua lenda pessoal. Seja a estrela da grande história que é a sua vida, sabendo que todos estamos juntos nesse maravilhoso palco da existência e que cada um tem um papel único e especial a desempenhar!

E no final de tudo, desse dia, dessa jornada ou dessa vida, desejo que possa olhar para trás e ver o quão foi belo e maravilhoso, e poder sorrir com tudo o que ainda se pode fazer e experimentar aqui e adiante.



Boa noite.


Emerson Luiz Galindo Almeida -

Foto: Edilma Gonçalves

sábado, 23 de janeiro de 2010

Quereres

Medo de Amar - Chico canta Vinicius

O Soneto de Dorian

Ele tomou o bloco de notas e começou a escrever. Estava sentado, como de costume, no banco próximo a figueira, de onde podia avistar os transeuntes que caminhavam no parque. Buscava inspiração para um soneto, quem sabe uma pequena canção.
Olhou as folhas que se desprendiam das árvores e bailavam rumo ao solo. O desenho das sombras das árvores que se mesclavam com as sombras das pessoas e formavam novas imagens, deixando a imaginação livre como as pranchas roshark. Ouviu o cantar dos pássaros e o som daqueles que corriam e caminhavam preocupados com a estética ou a saúde, ou quem sabe: ambos.
Observou tudo isso, mas não viu beleza. As vezes ocorre, pensou, buscamos tanto o belo e o contamos de tal forma que nos viciamos e ficamos anestesiados. Perdemos o contato com o milagre diário.
Foi então que a viu de longe, caminhando como quem baila, graciosamente, seguindo o ritmo de uma canção inaudível, mas perceptível ao espírito. Cabelos soltos, movimentados por uma leve brisa, e um sorriso capaz de ofuscar o brilho do sol. E enquanto ela se aproximava, ele foi capaz de se encantar com tudo a sua volta, desde folhas caindo ao caminhar de um casal de velhos. E quando ela o beijou, como fazia nesses encontros matutinos, sorriu para si mesmo. O amor é a mais poderosa força que temos, e a que menos exploramos. Ele escreveria o soneto, mas não naquele momento.
A vida é curta. O mundo não vai lembrar dos meus sonetos, mas lembrarei que amei e fui amado nesta vida e além, e isso é mais do que se pode sonhar.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Essa tal modernidade



Em companhia de milhões
Curto minha solidão
Em flashes, pixels
Dedos, toques de botão

Não, não botão
Minúsculas e leves teclas
A singrar horizontes infinitos
Gerar códigos, colorir telas

Estou nessa rede
Onde viver não é preciso
Mas sem a beleza do poeta
Digo que navegar é preciso


É preciso ser moderno
Ter acesso a informação
Milhões de amigos virtuais
Madrugadas de solidão

E quanto mais me preencho
De saber superficial
Desaprendo como escrever
Para tc de maneira lgl

E essa tal modernidade
Que para mim já é passado
Não tocou meu coração
Que já é automatizado.

Matuto no Cinema

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

E tudo que precisamos é amor



All You Need Is Love
Tudo O Que Você Precisa É De Amor

Love, love, love
Amor, amor, amor
Love, love, love
Amor, amor, amor
Love, love, love
Amor, amor, amor
There's nothing you can do that can't be done
Não há nada que você possa fazer que não possa ser feito
Nothing you can sing that can't be sung
Nada que você possa cantar que não possa ser cantado
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
Nada que você possa dizer, mas você pode aprender como jogar o jogo
It's easy
É fácil
There's nothing you can make that can't be made
Nada que você possa fazer que não se possa fazer
No one you can save that can't be saved
Ninguém a quem você possa salvar que não possa ser salvo
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
Nada que você pode fazer, mas você pode aprender como ser com o tempo
It's easy
É fácil
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love, love
Tudo o que você precisa é de amor, amor
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
Love, love, love
Amor, amor, amor
Love, love, love
Amor, amor, amor
Love, love, love
Amor, amor, amor
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love, love
Tudo o que você precisa é de amor, amor
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
There's nothing you can know that isn't known
Não há nada que você possa saber que não possa ser conhecido
Nothing you can see that isn't shown
Nada que você possa ver que não possa ser visto
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
Nenhum lugar onde você possa estar que não seja onde você quer estar
It's easy É fácil
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love, love
Tudo o que você precisa é de amor, amor
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor
All you need is love, love
Tudo o que você precisa é de amor, amor
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa
(She loves you yeah, yeah, yeah!)
(Ela te ama, yeah yeah yeah!)

Nu


Desnudo-me diante de ti
com temor
sem pressa
cheio de pudor

Deixo cair as vezes
camisa tecida, algodão
que de olhar baixo
abro botão a botão

Tiro a roupa
e ainda vestido
inteiro, todo de mim
orgulhoso de ter resistido

Mas não há como manter
essa vestimenta artificial
pois vestido de mim
não sou eu, afinal

Estou vestido de homem
trabalhador, profissional
sujeito saudável,
sedutor fatal

Essa figura criada
caricatura de mim
moldada pelas tendências
imitando prata, ouro, marfim

Mas diante de você
e de tudo que sinto
me dispo dela também
e assim não mais minto

Dispo-me para você,
sem orgulho ou preconceito
sem frases prontas
religião sem preceito

Dispo-me para você
e de mim me abandono
dispo-me para você
e assim me encontro

  • Imagem: The Spirit of both - Máquina KONICA MINOLTA - Modelo MAXXUM 7D
  • Disponível no site Olhares.com

Fanatismo





Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !


Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !


"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !


E, olhos postos em ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."


Livro de Soror Saudade (1923)