sábado, 28 de fevereiro de 2015

SER A FAVOR DO IMPEACHMENT DE DILMA, HOJE, É SER CONTRA A DEMOCRACIA

A palavra impeachment tem se tornado comum outra vez no dia a dia dos brasileiros após uma selvagem campanha de desinformação dos nossos ditos grandes jornais e canais de televisão. 

Há muito tempo que o povo desse país não sentia tão acentuada a divisão direita e esquerda como agora, e há muito também não era vítima tão constante de boatos, inverdades, falácias e aportes tendenciosos de uma mídia que divulga seus ideais elitistas como no presente momento.

O governo Dilma tem cometido erros em escalas crescentes, mas o maior deles é o silencio obsequioso a que se impôs nos primeiros meses de 2015. Dilma se viu forçada a ceder ao mercado, a crise hídrica pode virar energética se o país não economizar, então mais reajustes vem aí. Empresários se passam por caminhoneiros  e paralisam estradas, políticos da oposição clamam pelo golpe, estão imunes aos próprios escândalos pois a imprensa não deseja divulga-los. 

Há apenas um alvo: Lula. O caminho até ele é destruir o PT e criminalizar todos que defendam o partido ou o governo.

A oposição teme sua volta em 2018, então vale tudo para impedi-lo. Ou se forjam provas contra ele ou se aposta no desgaste de sua imagem e do seu partido.

O brasileiro, que historicamente tem dificuldades para se assumir como responsável pelos resultados que experiencia em sua vida, agora culpa exclusivamente o governo federal pelo contexto em que se encontra. Sim, o governo federal é culpado pela falta de água, ausência de chuvas, crise econômica mundial e pelo consumismo da sociedade que se endividou sem antes pensar se poderia pagar pelos bens de consumo que estava adquirindo.

Os erros cometidos por governadores e prefeitos são ignorados ou por desconhecimento ou por cinismo conivente. Os deputados e senadores fichas sujas eleitos pelos revoltados nada devem temer deles, porque eles não os fiscalizam, não os cobram por nada. Talvez seja por isso que as excelências aprovam compra de passagens aéreas para suas esposas com o nosso dinheiro sem o menor constrangimento.

Dilma errou ao esconder o jogo. Errou ao reajustar a gasolina duas vezes, e errou de forma grotesca em não usar a televisão para explicar os motivos que a levaram a isso. Enquanto ela se cala Aécio, FHC, Mendonça Filho, Cássio Cunha Lima e os jornais que lhes servem de palco esbravejam desonestidade intelectual e inflam os ânimos do povo. E com a popularidade em baixa e uma oposição articulada como há muito não se via, Dilma permite que o golpe se instale.

Nada a liga aos casos de corrupção de que membros do PT foram acusados. Não cometeu crime algum, nada fez para se tornar a grande vilã pelo mau momento que atravessamos. O mundo está em recessão, países mais ricos estão sofrendo ainda mais que o Brasil, mas essa pauta não será abordada por nenhum grande jornal. A eles interessa o quanto pior, melhor.

O PMDB dos fundamentalistas, latifundiários e opositores das conquistas sociais já se mobiliza afastado de Dilma. Se coloca no papel de quem pode assumir a tocha. O que o partido de Kátia Abreu tem para oferecer de bom ao brasileiro que mudou de vida desde que Lula assumiu o poder em 2002? O PSDB que engavetou CPI’s e viu todos os crimes em que se envolveu prescreverem sem serem julgados já afirmou que não sabe o que sobraria da Caixa e do BB em um governo seu, mas tem certeza que a Petrobrás deve ser privatizada. É essa a alternativa dada ao Brasil com um impeachment de Dilma. Um governo do PMDB com o PSDB como coadjuvante faminto, onde todos sofreriam ainda mais nas mãos de especuladores e oportunistas.

O discurso do ódio a ser transformado em prática.


O impeachment de Dilma é perigoso para a nossa democracia. Esse movimento surge não por crimes cometidos pela presidente eleita. 

Ele nasce do choro dos que não sabem perder uma eleição e é mantido pelo ódio preconceituoso dos egoístas que pensam apenas em si e dos que não conseguem pensar por si.  

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

LULA PARTICIPA DE ATO EM DEFESA DA PETROBRAS E MANDA RECADO AOS GOLPISTAS: "SE QUEREM GUERRA, EU TAMBÉM SEI LUTAR"


O ex-presidente Lula disse, nesta terça-feira (24), que está pronto para ir para as ruas "defender a Petrobras, defender a reforma política e a democracia". Segundo ele, "começamos uma luta e essa luta vai demorar". O ex-presidente participou do ato em defesa da Petrobras, que ocorreu na sede da ABI, no Rio de Janeiro.
"Sou filho de uma mulher analfabeta. de um pai analfabeto. E o mais importante legado que minha mãe deixou foi o direito de eu andar de cabeça erguida e ninguém vai fazer eu baixar a cabeça neste país. Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também", desafiou.
Durante o ato, Lula comparou o atual momento político pelo qual passa o país com o período imediatamente posterior à instalação da ditadura militar no Brasil, em 1964.
"Percebo que eles continuam fazendo hoje o que sempre fizeram antes. A ideia básica é criminalizar antes, tornar bandido antes, antes de ser investigado e julgado. É criminalizado pela imprensa e começa o processo pela sentença. O problema sério é que se eu conto uma inverdade muitas vezes, ela vira verdade para milhões de pessoas. A tal da teoria do domínio do fato, eu não tenho que saber se você cometeu um crime, mas se você é o chefe, então você cometeu. É um pressuposto", afirmou. "No caso da Petrobras, se parte do pressuposto de que tem que acabar com a Petrobras e criminalizar a política", disse.
"Tem algo acontecendo neste país. Acabamos de ver a famosa Primavera Árabe, ver o ex-presidente do Egito ser derrubado, depois eleger alguém, depois derrubar e agora os militares estão lá. Sabemos o que aconteceu na Líbia. O Iraque está afundado em violência. E estamos vendo no Brasil a criminalização da ascensão social de uma camada da população brasileira. A elite não se conforma com a ascensão dos mais pobres", afirmou. 
"Eu fui o presidente que mais visitei a Petrobras, sou o presidente que tenho orgulho de em 2002 ter feito minha campanha defendendo a Petrobras, a indústria naval brasileira e o conteúdo nacional. Talvez tenha sido o presidente que mais inaugurou plataformas. Tenho orgulho de ter participado do centro de estudos da Petrobras", afirmou. "Tenho orgulho da maior capitalização do capitalismo mundial, que foi a capitalização da Petrobras, que se tornou uma das empresas mais importantes do mundo. Que vergonha eu posso ter se no meio de uma família de 86 mil pessoas, se uma pessoa comete um erro, uma 'caca". Não podemos jogar a Petrobras fora por causa de meia dúzia de pessoas ou 50 pessoas", ressalvou. Em seu discurso, Lula também defendeu a política de conteúdo nacional e o modelo de partilha. 
"Nossa companheira Dilma tem que deixar a Petrobras para a Petrobras, as investigações para o ministro da Justiça. A Dilma tem que lembrar que ganhou eleição, levantar a cabeça e cuidar do país. Ela não pode dar trela. Nós ganhamos as eleições e parece que temos vergonha de ter ganhado", afirmou. "Vamos defender a Petrobras, que significa defender a democracia", disse. 
O ex-presidente também fez críticas à imprensa. "Quero dizer a imprensa que cheguei duas vezes à Presidência sem ela. A imprensa só tem um papel que é de informar corretamente", afirmou. O ato foi organizado pela CUT e pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), com a presença de representantes do movimento sindical, advogados, jornalistas e intelectuais. 
Na parte externa do prédio da ABI, antes do evento começar, houve confusão entre manifestantes. Abaixo matéria da Agência Brasil:
Polícia intervém para conter violência entre manifestantes no centro do Rio
Policiais militares precisaram intervir para conter a violência entre manifestantes em um ato em defesa da Petrobras, no centro do Rio. A confusão começou quando sindicalistas usando camisetas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) rechaçaram com agressividade outro grupo de ativistas que protestavam contra a corrupção na estatal.
Sindicalistas e petroleiros que participavam de ato em defesa da Petrobras na Associação Brasileira de Imprensa entram em confronto com manifestantes que protestavam contra a corrupção na estatal.
O confronto aconteceu em frente à sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), onde foi marcado um ato em defesa da Petrobras, com as presenças de acadêmicos, artistas e lideranças políticas, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por causa da confusão, a Rua Araújo Porto Alegre teve de ser interditada, causando um grande engarrafamento no trânsito naquela região do centro da cidade.
Os policiais militares formaram um cordão de isolamento entre o grupo de sindicalistas e o de ativistas contrários, e que tiveram suas faixas retiradas à força. Várias brigas foram registradas, e até profissionais de imprensa foram hostilizados pelos sindicalistas, que, inclusive, arrancaram o crachá de um cinegrafista da TV Brasil.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

EM CARTA ABERTA FUNCIONÁRIA DA PETROBRAS DESMASCARA A GLOBO


247 - Depois de ter sua imagem usada numa reportagem do jornal O Globo que (adivinhem) denegria a Petrobras (leia aqui), a petroleira Michelle Daher Vieira respondeu à altura: publicou uma carta aberta em que critica o entreguismo das Organizações Globo e pede ainda a democratização da mídia.
O desabafo foi publicado em primeira mão no Tijolaço, de Fernando Brito. Confira, abaixo, a carta aberta de Michelle:
Antes de tudo, gostaria de deixar bem claro que não estou falando em nome da Petrobras, nem em nome dos organizadores do movimento “Sou Petrobras”, nem em nome de ninguém que aparece nas fotos da matéria. Falo, exclusivamente, em meu nome e escrevo esta carta porque apareço em uma das fotos que ilustram a reportagem publicada no jornal O Globo do dia 15 de fevereiro, intitulada “Nova Rotina de Medo e Tensão”.
Fico imaginando como a dita jornalista sabe tão detalhadamente a respeito do nosso cotidiano de trabalho para escrever com tanta propriedade, como se tudo fosse a mais pura verdade, e afirmar com tamanha certeza de que vivemos uma rotina de medo, assombrados por boatos de demissões, que passamos o dia em silêncio na ponta das cadeiras atualizando os e-mails apreensivos a cada clique, que trabalhamos tensos com medo de receber e-mails com represálias, assim criando uma ideia, para quem lê, a respeito de como é o clima no dia a dia de trabalho dentro da Petrobras como se a mesma o estivesse vivendo.
Acho que tanta criatividade só pode ser baseada na própria realidade de trabalho da Letícia, que em sua rotina passa por todas estas experiências de terror e a utiliza para descrever a nossa como se vivêssemos a mesma experiência. Ameaças de demissão assombram o jornal em que ela trabalha, já tendo vários colegas sendo demitidos[1], a rotina de e-mails com represálias e determinando que tipo de informação deve ser publicada ou escondida devem ser rotina em seu trabalho[2], sempre na intenção de desinformar a população e transmitir só o que interessa, mantendo a população refém de informações mentirosas e distorcidas.
Fico impressionada com o conteúdo da matéria e não posso deixar de pensar como a Letícia não tem vergonha de a ter escrito e assinado. Com tantas coisas sérias acontecendo em nosso país ela está preocupada com o andar onde fica localizada a máquina que faz o café que nós tomamos e com a marca do papel higiênico que usamos. Mas dá para entender o porque disto, fica claro para quem lê o seu texto com um mínimo de senso crítico: o conteúdo é o que menos importa, o negócio do jornal é falar mal, é dar uma conotação negativa, denegrir a empresa na sua jornada diária de linchamento público da Petrobras. Não é de hoje que as Organizações Globo tem objetivo muito bem definido[3] em relação à Petrobras: entregar um patrimônio que pertence à população brasileira à interesses privados internacionais. É a este propósito que a Leticia Fernandes serve quando escreve sua matéria.
Leticia, não te vejo, nem você nem O Globo, se escandalizado com outros casos tão ou mais graves quanto o da Petrobras. O único escândalo que me lembro ter ganho as mesma proporção histérica nas páginas deste jornal foi o da AP 470, por que? Por que não revelam as provas escondidas no Inquérito 2474[4] e não foi falado nisto? Por que não leio nas páginas do jornal, onde você trabalha, sobre o escândalo do HSBC[5]? Quem são os protegidos? Por que o silêncio sobre a dívida da sonegação[6] da Globo que é tanto dinheiro, ou mais, do que os partidos “receberam” da corrupção na Petrobras? Por que não é divulgado que as investigações em torno do helicoca[7] foram paralisadas, abafadas e arquivadas, afinal o transporte de quase 500 quilos de cocaína deveria ser um escândalo, não? E o dinheiro usado para construção de certos aeroportos em fazendas privadas em Minas Gerais [8]? Afinal este dinheiro também veio dos cofres públicos e desviados do povo. Já está tudo esclarecido sobre isto? Por que não se fala mais nada? E o caso Alstom[9], por que as delações não valem? Por que não há um estardalhaço em torno deste assunto uma vez que foi surrupiado dos cofres públicos vultosas quantias em dinheiro? Por que você e seu jornal não se escandalizam com a prescrição e impunidade dos envolvidos no caso do Banestado[10] e a participação do famoso doleiro neste caso? Onde estão as manchetes sobre o desgoverno no Estado do Paraná[11]? Deixo estas perguntas como sugestão e matérias para você escrever já que anda tão sem assunto que precisou dar destaque sobre o cafezinho e o papel higiênico dos funcionários da Petrobras.
A você, Leticia, te escrevo para dizer que tenho muito orgulho de trabalhar na Petrobras, que farei o que estiver ao meu alcance para que uma empresa suja e golpista como a que você trabalha não atinja seu objetivo. Já você não deve ter tanto orgulho de trabalhar onde trabalha, que além de cercear o trabalho de seus jornalistas determinando “as verdades” que devem publicar, apoiou a Ditadura no Brasil[12], cresceu e chegou onde está graças a este apoio. Ao contrário da Petrobras, a empresa que você se esforça para denegrir a imagem, que chegou ao seu gigantismo graças a muito trabalho, pesquisa, desenvolvimento de tecnologia própria e trazendo desenvolvimento para todo o Brasil.
Quanto às demissões que estão ocorrendo, é muito triste que tantas pessoas percam seu trabalho, mas são funcionários de empresas prestadoras de serviço e não da Petrobras. Você não pode culpar a Petrobras por todas as mazelas do país, e nem esperar que ela sustente o Brasil, ou você não sabe que não existe estabilidade no trabalho no mundo dos negócios? Não sabe que todo negócio tem seu risco? Você culpa a Petrobras por tanta gente ter aberto negócios próximos onde haveria empreendimentos da empresa, mas a culpa disto é do mal planejamento de quem investiu. Todo planejamento para se abrir um negócio deveria conter os riscos envolvidos bem detalhados, sendo que o maior deles era não ficar pronta a unidade da Petrobras, que só pode ser culpada de ter planejado mal o seu próprio negócio, não o de terceiros. Imputar à Petrobras o fracasso de terceiros é de uma enorme desonestidade intelectual.
Quando fui posar para a foto, que aparece na reportagem, minha intenção não era apenas defender os empregados da injustiça e hostilidades que vem sofrendo sendo questionados sobre sua honestidade, porque quem faz isto só me dá pena pela demonstração de ignorância. Minha intenção era mostrar que a Petrobras é um patrimônio brasileiro, maior que tudo isto que está acontecendo, que não pode ser destruída por bandidos confessos que posam neste jornal como heróis, por juízes que agem por vaidade e estrelismos apoiados pelo estardalhaço e holofotes que vocês dão a eles, pelo mercado que só quer lucrar com especulação e nunca constrói nada de concreto e por um jornal repulsivo como O Globo que não tem compromisso com a verdade nem com o Brasil.
Por fim, digo que cada vez fica ainda mais evidente a necessidade de uma democratização da mídia, que proporcionará acesso a uma diversidade de informação maior à população que atualmente é refém de uma mídia que não tem respeito com o seu leitor e manipula a notícia em prol de seus interesses, no qual tudo que publica praticamente não é contestado por não haver outros veículos que o possa contradizer devido à concentração que hoje existe. Para não perder um poder deste tamanho vocês urram contra a reforma, que se faz cada vez mais urgente, dizendo ser censura ou contra a liberdade de imprensa, mas não é nada além de aplicar o que já está escrito na Constituição Federal[12], sendo a concentração de poder que algumas famílias, como a Marinho detém, totalmente inconstitucional.
Sendo assim, deixo registrado a minha repugnância em relação à matéria por você escrita, utilizando para ilustrá-la uma foto na qual eu estou presente com uma intenção radicalmente oposta a que ela foi utilizada por você.
[12] CF/88
Diz o artigo 220 da Carta, no inciso II do parágrafo 3°:
II – estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Já o parágrafo 5° diz:
Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
E o artigo 221. por sua vez, prescreve:
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

VERDE, VERMELHO, AMARELO OU A SUPERAÇÃO DAS CORES?



Ouço os mais variados rumores quando o assunto é a política venturosense. Se falam em divisões, rachas e uma possível terceira candidatura. O que há de concreto até o momento? Nada!

A indústria de boatos é coisa normal no processo político de Venturosa. Muitas vezes é usada para sondar a força de nomes para disputar uma eleição ou sentir como determinada ação seria recebida pelo eleitorado em geral. Alguns boateiros são profissionais e folclóricos na cidade. Hoje muitos se preparam para um possível racha entre as forças governistas, racha no qual esse blogueiro não apostaria suas fichas, diga-se de passagem.

A oposição mais uma vez perde tempo precioso. Não lançou um nome sequer na praça, nem por meios oficiais nem por quem divulgue boatos. Até agora não se sabe se os candidatos serão Lemos, Donizete ou se indicarão outro nome. Os eleitores tradicionais dos partidos oposicionistas estão como ovelhas sem pastor. O grupo político permanece desunido e repetindo os mesmos erros que lhe renderam sucessivas derrotas. Onde está o projeto político da oposição? 

Em política não se pode jogar habituado a ser escalado para o banco de reservas.

Ou se veste a camisa e parte com tudo para se marcar gols ou comprova a máxima futebolística: “quem não faz, leva!”

O que percebo é que uma parte cada vez maior da população não está mais se preocupando com cores. Tanto faz ser verde, amarelo, azul, vermelho, laranja ou um arco-íris completo. 

As pessoas querem políticos que as representem, que atuem junto a elas e ouçam as suas necessidades. Vejam o caso do vereador Nelcimar, o que tem o eleitorado mais fiel e sempre lidera as pesquisas de opinião pública e intenção de votos. O segredo dele? O contato direto com seus eleitores.

Como observador da política municipal, torço pela superação das cores. Espero o debate dos grandes projetos e a apresentação de candidaturas mais populares, isso para o legislativo e para o executivo municipais. É preciso renovar os quadros e as propostas.
E o leitor pode se perguntar: Quem serão os candidatos?

Eu sugiro a pergunta: Qual o melhor projeto de governo para a nossa cidade? É nessa resposta que deveríamos depositar os nossos votos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Impeachment de Dilma e as cebolas do Egito. O Brasil se tornou uma nação que tem saudade dos seus opressores?


O Impeachment de Dilma e as cebolas do Egito. O Brasil se tornou uma nação que tem saudade dos seus opressores?

Vejo crescer nas redes sociais o compartilhamento de mensagens favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff. Muitas vezes as pessoas que compartilham esses memes (muitas vezes desrespeitosos) imaginam que no caso da renúncia da presidente eleita, o senador derrotado Aécio Neves seria sagrado o novo governante do Brasil. Eles não sabem quem é Michel Temer nem qual a função de um vice-presidente. O princípio jurídico de que todo cidadão pode ser considerado inocente até que haja provas em contrário não se aplica à Dilma! Acusaram Dilma, então, para eles, só pode ser verdade!

Dilma estaria por trás da seca em São Paulo, dos ataques terroristas do 11 de setembro, das bombas de Hiroshima e Nagasaki e, claro, de todos os erros cometidos no Brasil desde que Cabral aportou nessas terras e das pragas do Egito! Os escândalos de FHC e sua compra de votos para a reeleição, os desvios do metrô de São Paulo, as privatizações criminosas que enriqueceram políticos do PSDB, isso nada afetou o Brasil, afinal, não eram escândalos do PT, de Lula ou Dilma!

Perdoem-me pela ironia, mas as vezes ela se faz preciso para acordar os que ainda dormem. O que estamos vendo não é a indignação contra os erros de membros do PT, é uma tentativa de golpe de Estado. Três famílias controlam mais de 60% de nossa mídia e escolhem o que é pauta dos jornais e como o povo deve ser informado. As contas de brasileiros na suíça, provavelmente produto de desvios e sonegações não está na pauta dos grandes jornais. A greve de trinta mil servidores do Paraná, um estado quebrado pela gestão do tucano Beto Richa, também não.


Os que estão embarcando nessa onda golpista se assemelham com aqueles que marcharam pela família e apoiaram o golpe militar de 1964. Mas indo mais atrás na história humana, vejo-os compartilhar do mesmo complexo de parte do povo hebreu após saírem do Egito. Não, não vou comparar Lula a Moisés nem Dilma a Aarão e o PT está longe de ser uma entidade religiosa. Mas tal qual o povo hebreu, o povo brasileiro experimentou a liberdade na letra e na prática, teve acesso a escolas, universidades, emprego, renda e bens de consumo. Pôde viajar, empreender e começar a andar de cabeça erguida. Foi um dos últimos povos do planeta a sentir os efeitos da greve crise econômica mundial e isto foi o suficiente para sentir saudade das cebolas que comiam quando eram escravos de Faraó.

Doze anos longe das correntes neoliberais que condenavam a nação à fome crônica, desemprego e analfabetismo, duras realidades que faziam a madame sentir-se melhor por poder comprar produtos exclusivos e tratar seus empregados como as sinhás faziam com os escravizados em suas senzalas.
Há casos piores. Vejo pessoas com menos de trinta anos pedindo a volta da ditadura! Preferem viver em um regime ditatorial a encarar que seu direito de escolha não é maior que o de outrem e que o projeto que defendiam não saiu-se vitorioso. Não querem o debate, querem o “direito” de torturar e calar que pensa diferente. E ainda chamam de burros os que argumentam em sentido contrário.

Não podemos regredir, ter saudades dos maus tempos e desejar as cebolas e as chicotadas nas costas dadas por Faraó. Já passa da hora dos brasileiros reagirem as flores do fascismo que têm brotado em nosso jardim. Devemos sair às ruas não para negar a política e apoiar um golpe, mas para, pacificamente, defender a democracia.

Emerson Luiz

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

LAFAETE VAZ, FILHO DE VENTUROSA, COLABORA COM MATÉRIA DO GLOBO ESPORTE


EMBORA ESSE NÃO SEJA UM BLOG ESPORTIVO, tenho a alegria de republicar matéria do Globo Esporte.com por se tratar de uma colaboração do amigo Lafaete Vaz para o site. O jovem venturosense hoje reside em Caruaru e já atua no meio jornalístico. Filho do poeta Lafaete Vaz , o jovem Lafaete traz as letras e o dom de se comunicar impresso em seu dna e tem orgulhado e muito a cidade. Parabéns Lafaete!

Tradição dos papangus une carnaval e futebol no interior de Pernambuco.

Partida de futebol dos papangus é realizada há 14 anos na cidade de Bezerros, no Agreste do estado. Estádio Municipal recebe centenas de torcedores para o jogo

Por Bezerros, PE
times papangus (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)Times de Papangus unidos antes de a bola rolar no Estádio Tenente Luiz Gonzaga (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)
Já imaginou encontrar carnaval e futebol, duas das maiores paixões dos brasileiros, em um só lugar? Não estamos falando dos jogadores que aproveitaram as folgas para festejar nos desfiles das escolas de samba ou em trios elétricos. Mas de uma partida "oficial", que mistura a cultura popular e o esporte em pleno feriado. É o "futebol dos papangus", realizado há 14 anos no interior de Pernambuco.
A cidade de Bezerros, no Agreste, localizada a 107 km da capital Recife, é conhecida por ter um dos carnavais mais procurados do estado. Os homens mascarados e com roupas que cobrem todo o corpo saem correndo pela cidade, fazendo brincadeiras e animando a festa de momo desde o século XIX. São os papangus. Agora, mais de 100 anos depois, eles também correm atrás de uma bola ao som de muito frevo.
A partida tem as regras de um confronto oficial. Onze da cada lado, uniformes diferentes, técnicos, arbitragem, campo com medida padrão, entre outras semelhanças do futebol profissional. A única diferença são as máscaras. Todos os participantes do jogo são obrigados a utilizar o adereço. O organizador do evento, José Carlos da Silva, diz que a festa surgiu porque não havia nenhuma comemoração na terça-feira pela manhã.
- O evento surgiu em um dia em que a festa só ia começar às 15h. Sentíamos um vazio na parte da manhã. Aí Juntamos um grupo e jogamos logo cedo. Deu certo. Agora, todos os anos, fazemos o carnaval desportista, depois todo mundo vai pro frevo para confraternizar. Graças a Deus, virou um sucesso. 
jogador papangu (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)Seu Antonio se refrescando durante o intervalo do jogo (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)
A partida deste ano foi realizada entre o XV de Novembro e o América, dois times amadores do município. A música era o combustível dos atletas, o frevo não parou de tocar nenhum momento. Mas, dentro das quatro linhas, foram muitos lances engraçados. Antônio dos Santos, de 45 anos, joga desde a primeira edição da festa e fala sobre a brincadeira.
- Sempre que recebo o convite, venho jogar. É uma satisfação muito grande brincar aqui com meus amigos. Torna-se um encontro feliz e uma grande confraternização depois da partida.  
O jogo terminou 3 a 2 para o XV de novembro, mas quem realmente venceu foram os quase 3 mil torcedores que saíram de casa para assistir ao jogo no Estádio Municipal Tenente Luiz Gonzaga. O riso e a alegria permaneceram nas arquibancadas durante o duelo. A edição de 2015 homenageou Antônio Valmir e Sebastião Gomes, dois baluartes do futebol local.
*Lafaete Vaz colaborou, sob a supervisão de Vital Florêncio.
papangus disputando bola (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)Papangus disputando bola durante o jogo entre América e XV de novembro (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ao contrário do que diz Barbosão, Cardozo acerta ao lidar com advogados da Lava Jato.


do blog de KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acertou ao se reunir com advogados das empresas acusadas na Operação Lava Jato. É uma atitude correta e que deve ser feita com transparência.
Nesse sentido, é um exagero o pedido de demissão de Cardozo feito numa rede social pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Numa democracia, Barbosa tem o direito de emitir a sua opinião, mesmo que ela seja exagerada.
Barbosa comentou reportagens que mostraram que Cardozo recebeu advogados das empresas acusadas na Operação Lava Jato. Exemplo: representantes da Odebrecht.
É tarefa de um ministro da Justiça receber advogados, ainda mais de uma grande empresa citada na operação Lava Jato. Cardozo chefia a Polícia Federal, órgão do Ministério da Justiça e que faz parte da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Até hoje, Cardozo tem recebido mais críticas do PT e de colegas do governo por dar liberdade à Polícia Federal do que por uma eventual intromissão na investigação.
O ministro tem agido corretamente ao não tentar controlar a Polícia Federal. Receber advogados de uma empreiteira não é crime. Um ministro da Justiça tem de estar informado sobre o que acontece na sua área. O fundamental é dar transparência a esses encontros. Deixar claro na agenda oficial que recebeu tais pessoas, para evitar suspeitas e teorias da conspiração.
É legítimo o governo se preocupar com os efeitos econômicos da Lava Jato. Na semana passada, funcionários de uma obra interrompida pela Petrobras fecharam a ponte Rio-Niterói. Uma grande empreiteira demitiu boa parte de seu pessoal de escritório. As empresas devem responder por seus erros, com as multas e a responsabilidade penal devidas.
Mas a simples destruição das companhias não interessa ao país. É preciso ter uma visão equilibrada dos fatos e de suas consequências. Desmantelar um setor da economia vai resultar em desemprego desnecessário.
*
Qualquer intervenção indevida tentada pelo governo se tornaria pública rapidamente. Não duraria o segredo de um eventual acordão por baixo dos panos. O escândalo é grave demais para ser tratado na sombra.
O correto é o governo tratar com transparência a sua preocupação com os efeitos econômicos da Lava Jato e com a sobrevivência das empresas. Um acordo teria de envolver o Executivo, a Justiça, o Ministério Público e o TCU (Tribunal de Contas).
Sobre a versão de que Cardozo teria dito que depois do Carnaval poderia haver uma guinada na Lava Jato, isso se deve à expectativa em relação à manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A presidente Dilma Rousseff tem a esperança de que Janot, ao eventualmente acusar uma fornada de políticos, divida os desgastes da Lava Jato. Janot também fará o primeiro grande filtro do trabalho do juiz Sergio Moro.
Ao longo da Lava Jato, houve vazamentos e divulgação oficial de alguns depoimentos. Temos uma visão parcial dos fatos. Com Janot, saberemos quais políticos com foro privilegiado poderão responder a inquérito ou processo no Supremo Tribunal Federal. Nos bastidores, há rumores de que nomes de peso da oposição também estariam na lista de Janot. O escândalo não feriria apenas partidos governistas. Será preciso aguardar o fim da Carnaval para matar a curiosidade.

FOLIÕES ENTERRAM O GOLPE DA GLOBO E DE FHC. "IMPÍTIMAN É MEU ZOVO" GANHA O MUNDO


Do Ceará 247 - A irreverência do brasileiro solapou o movimento golpista que começou há duas semanas, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lançou, em artigo, o movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, com direito a parecer do jurista Ives Gandra Martins.
Veio do Ceará a resposta mais adequada a esse movimento, com a frase 'Impítiman é meu zovo'. Um cartaz com essa expressão invadiu uma reportagem da TV Globo e quem a explica é o fotógrafo cearense Carlos Medeiros.
"Meu zovo é uma expressão corriqueira aqui no Ceará", diz ele. "A gente fala isso quando alguma coisa não tem credibilidade, não vai acontecer".
Segundo Medeiros, a frase consagrada no Carnaval é a reação ao golpe midiático, liderado por veículos como a Globo. "Se tiverem coragem de sair as ruas pedindo impeachment, o contragolpe é todo mundo na rua com o cartaz impítiman é meu zovo", diz ele.
A frase gerou centenas de memes na internet. Assista, aqui, ao vídeo preparado por Carlos Medeiros para explicar um pouco do cearês.