A política vem
das antigas pólis gregas. De todas as definições do termo, a que mais gosto é a
de uma organização em prol do bem comum, que envolve projetos que melhorem a
vida das pessoas e permita que desenvolvam as suas potencialidades. Penso que o
gestor público deve sempre exercitar a arte do ‘saber cuidar’ das pessoas.
Político, antes de gostar de ser político, deve gostar de gente!
Leio sobre política
venturosense e não encontro nada de novo sob o sol. Procuro nas entrelinhas: a
quem interessa a nota? Prefiro deixar a resposta no ar para que cada um possa
chegar à sua própria conclusão. O que desejo mesmo é falar de algo urgente,
inadiável, que é a necessidade de enxergar novos horizontes.
Precisamos de
pessoas que ocupem os espaços da política e o façam de forma consciente, indo
além de cores, bandeiras e partidos. Como disse, pessoas motivadas pelo bem
comum, que tenham em seu coração o desejo sadio de ajudar a cuidar de gente,
semear futuros, derrubar muros e construir pontes. Pessoas que saibam que se
opor a ideias não é só opor a indivíduos, que a discordância deve ser aceita
como natural e não tratada como um mal a ser combatido, perseguido e extirpado
da comunidade. Precisa-se, urgentemente, de pessoas que queiram ocupar espaços
na política, mas não para terem vantagens pessoais. Precisamos de políticos que
queiram servir e não serem servidos, que entendam que seus cargos existem não
para lhe darem privilégios diante do povo, mas obrigações para com ele.
O desejo de
mudança que Venturosa deveria ter era esse. As eleições municipais ainda estão
distantes e aqueles que desejam disputar o cargo deveriam se preocupar primeiro
no que podem fazer pelo povo. Não se pode negar o que foi feito até aqui nem se
render a um pessimismo acrítico d dizer que nada foi bom, isso não é se opor a
um projeto ou apontar um caminho. Isso é a velha política arraigada nas
estruturas do ser.
A cada dia
tenho mais ojeriza por política partidária. Ela cega às pessoas e nubla o
sentido.
Quem vai ser o
candidato a prefeito? É a pergunta errada a se fazer agora. E de uma pergunta
errada dificilmente sairá uma resposta correta. A pergunta correta seria: o que se pode fazer
para melhorar políticas públicas de saúde, educação, trabalho e renda? E a
partir daí conhecer o que pensa cada um, quais os projetos e as condições de torna-lo
reais para nossa gente.
Não sou
partidário. Das vezes que me envolvi com política o fiz por acreditar em
pessoas ou projetos, venci tanto quanto perdi e cada experiência me trouxe
aprendizado que procuro compartilhar sempre que possível. E hoje, mais que
cores, precisamos de projetos e de renovação. E quando falo renovação não é
alternância de poder entre os grupos existentes. Falo de uma nova postura, uma
nova mentalidade diante dos muitos desafios a serem vencidos. Vote em quem você
votar, pense nisso: a política deve ser exercida para o bem de todos. A
qualidade do seu político reflete sua qualidade de eleitor. O resto é conversa.
Emerson Luiz
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