Do insulto racista ao adesivo sexista: o Brasil fascista nasce diante dos nossos olhos.
Dois péssimos exemplos que o Brasil deixará para os que olharem para o ano de 2015 daqui há uma década: os comentários racistas contra a jornalista Maju Coutinho e os adesivos sexistas de carros com a presidente Dilma Rousseff.
Na internet pessoas xingam a jornalista por ser negra. Uma chegou a dizer que 'em pleno século 2015' tem negros na tv. Não vou falar do atestado de imbecilidade que a frase já lhe transmite, mas de como as redes sociais também deram voz ao ódio que muitos julgavam não existir em nosso país.
No mesmo dia vi o adesivo horrível com uma montagem da presidente Dilma e um corpo de uma mulher nua e de pernas abertas. Ele foi fixado em alguns carros como 'protesto' contra o aumento no preço de combustíveis.
Isso não é protesto, é baixaria. É irracionalismo puro, machismo barato e crime contra a dignidade não apenas de Dilma, mas de todas as mulheres.
Os dois exemplos mostram o quanto a nossa sociedade está retrocedendo. O ódio está sendo cultivado no Brasil. Amo o meu país, mas sinto uma imensa vergonha dessas pessoas, uma grande tristeza por todo o mal que está sendo potencializado pelas redes sociais e canais de tv.
Hoje se aplaude a redução arbitrária da maioridade penal, o insulto a uma jornalista negra e a uma mulher de setenta anos que preside o Brasil.
O que virá depois?
Como disse Luther King: o que mais me preocupa é o silêncio dos bons. Ou começamos a nos opor a isso ou em pouco tempo seremos reféns, se não do medo, do ódio.
Emerson Luiz
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