terça-feira, 28 de julho de 2015

COLUNA DE TERÇA SOBRE O JORNAL DA FEIRA, BOATOS SOBRE ALIANÇAS POLÍTICAS E AS ELEIÇÕES DE 2016 EM VENTUROSA.



O JORNAL E ALGUNS  EQUÍVOCOS - Nem só de silêncios vive o homem. Hoje, terça-feira, os feirantes e a população em geral receberam exemplares do jornal impresso A Notícia, assinado pelos editores Flávio J Jardim e Pedro Benigno. O jornal estampa notícias dos municípios de Pesqueira, Sanharó, Alagoinha e Venturosa, muitas delas de tom claramente político. Nada contra, afinal, política sem polêmica é a arma das elites. Mas deve-se ler com cuidado as notícias.

O jornal cita fartamente esse blog e as opiniões dos seus leitores. Houve erros nessas menções, como ter atribuído a esse blog uma entrevista com o ex-prefeito Dr. Eudes. A entrevista com Eudes foi publicada pelo blog Venturosense, do amigo Francis Airon, e o blog reproduziu um trecho da matéria, citando devidamente o autor. O ex-prefeito Eudes Tenório nunca concedeu entrevista a esse blog, mas caso queira fazê-lo, será tratado com o mesmo respeito e terá o mesmo espaço dedicado a outras lideranças políticas que já nos honraram com suas opiniões. Outro ponto que foi omitido na matéria jornalística foi que os pontos citados foram elaborados após o blog sondar várias opiniões. No demais, fico satisfeito em ver que o material aqui produzido possui credibilidade para ser citado em um jornal de circulação regional.

AS CORES DO JORNAL E ESPECULAÇÕES. Muitos interpretaram as cores usadas na página dedicada a Venturosa como um sinal de uma nova aliança política entre o partido amarelo e o vermelho. Um tom rubro substituiu o tradicional verde. Ficam dúvidas se foi apenas uma opção tipográfica ou um recado, mas é cedo para discutir alianças. O próprio Ernandes afirmou no jornal que “2016 só em 2016”, como tanto falava o falecido governador Eduardo Campos.  

Alguns já falam em Ernandes candidato majoritário com um vice do partido vermelho. Bem, isso é colocar o carro na frente dos bois. Ainda não houve nenhuma declaração oficial de rompimento ou adesão e a especulação só favorece a quem gosta de trabalhar com ela. Em política poucas coisas são piores que um fogo amigo vindo de um inimigo.

Tem gente que é especialista em "queimar" candidaturas com boatos falsos, que de tão repetidos ganham tons de verdade.

Numa coisa o jornal acerta, nas próximas eleições o voto do eleitor de oposição será decisivo. E cada voto conta. 


O DISCURSO DE DEMONIZAR O VERMELHO DEVE CADUCAR EM 2016. Durante mais de dez anos o discurso político do governo foi a demonização do grupo vermelho, apontado como responsável por todas as mazelas do município de Venturosa. Uma administração problemática do ex-prefeito Albino virou mote de várias campanhas, mas chegou a hora dessa estratégia caducar. É só o eleitor perceber que o ex-prefeito Eudes e boa parte dos seus primeiros tenentes vieram como dissidentes do grupo vermelho e formaram o grupo verde. Nos oito anos de Eudes muitos mudaram de grupo, uns saindo do governo e indo para a oposição e outros da oposição se tornando ferrenhos governistas. Não há grupo “puro sangue” em Venturosa.

Imaginem a cena hipotética: Determinado político X sai de partido Y para grupo Z. Lá ele detona o partido em que foi filiado e eleito a vida toda. Alguém pode dizer: “pior que cuspir no prato que comeu é comer no prato que cuspiu”.

O eleitor, partidário ou não, merece respeito por parte dos políticos. É dele o poder que é concedido às excelências, que o exercem de forma temporária. O povo além de ser respeitado, merece a fidelidade por parte daquele que elegeu. Fidelidade não a uma cor, mas as ideias que ventilou, as promessas que foram feitas e a uma forma ética e responsável de fazer política. 

Por que digo isso? Esse partidarismo de cores, tão acirrado, impede que Venturosa discuta algo de fundamental importância: o projeto político para 2016, elaborado de forma a atender as necessidades da cidade, levar dignidade para as pessoas e qualidade de vida para todas as regiões do município. Isso só é possível se pararmos de focar em cores para cobrar dos candidatos propostas concretas para a cidade.

Um político pode mudar de partido, mas não pode mudar de essência. Pode mudar de legenda, mas nunca pode abandonar o amor ao povo e a vontade de servir a esse.


Independente dos candidatos serem Ernandes, Eudes, Lemos, Lula, Aécio, Dilma ou qualquer um, 2016 vem aí e deve ser tratado com seriedade. Deixem de lado as cores! Cidades não são arco-íris.

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