quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz ano novo.




Eis que me apresento, recém-nascido, desejado e esperado com um misto de amor e medo. Muitos depositam suas esperanças em mim. Crêem que eu, simples e breve como sou, tenho os elementos necessários para proporcionar as mudanças que todos desejam.
Procuro trazer esperança. Dias melhores, tardes intensas e noites felizes. Gostaria de trazer comigo o fim. Fim da pobreza, da desigualdade, da injustiça, da impunidade,mas, infelizmente, está muito além das minhas forças.
Mas com o meu nascimento, trago algo de grandioso e inigualável: esperança.
Esperança que um mundo melhor é possível, que mais pessoas possam abandonar a linha da pobreza, que o pão abunde, não apenas nas mesas dos que sempre o tiveram, mas que preencha a boca dos pequeninos. Trago comigo o sinal do novo, mas não do completo. Venho ao mundo carente de significado, esperando para ser moldado pela família que me aguarda: a grande família humana.
Sou o ano novo, repleto de possibilidades, frágil como todo recém-nascido e dependente de todos para que possa me desenvolver e crescer em graça e sabedoria.
Para que eu possa desejar tudo o que você desejou só preciso de uma coisa: você.
Ame, sonhe, brinque, sorria, viva! Leia um livro, plante uma arvore, tenha um filho, cante e dance na chuva, diga a noite densa que muitas quer lhe sufocar que ela não pode impedir o mais brilhante amanhecer de sua vida.
Seja solidário, fraterno. Procure consumir menos, cultive o interior. Elogie amigos e colegas de trabalho, as vezes eles também precisam de incentivos. Sinta o perfume das flores e se encante com o som de uma risada, abrace e sinta-se abraçado. Imprima qualidade a sua vida.
Ganhe dinheiro, mas não permita que o dinheiro te ganhe. Diga eu te amo quando tiver vontade e de vez em quando, quebre a rotina. Acorde um pouco mais tarde e tente sentir sua cama, se possível, sinta quem está nela com você.
E que no final de minha existência, possa ficar marcado em sua lembrança como o ano em que você se esforçou para viver e amar, para fazer a diferença em sua história.
Como sei que um ano é pouco tempo e que essas metas não são fáceis, caso não consiga, desde já desejo um feliz ano novo.
Ass. Dois Mil e Dez.

Autor: Emerson Luiz Galindo Almeida.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NATAL

Feliz Natal


Letra
A- A+


Frei Betto *

Adital -
Neste Natal, Deus venha amado, desarmado, disposto a conter as iras do velho Javé e, surrupiado de fadigas, derrame diluvianamente sua misericórdia sobre todos nós, praticantes de pecados inconclusos. Venha patinando pela Via Láctea, um sorriso cósmico estampado no rosto, despido como o Menino na manjedoura, mãos livres de cajado e barba feita, a pedir colo a Maria e afago a José.Traga com ele os eflúvios das bodas de Caná e, a apetitar nossos olhos famintos, guisados de ovelhas e cordeiros acebolados, sêmola com açafrão e ovos batidos com mel e canela. Repita o milagre do vinho a embriagar-nos de mistério, porque núpcias com Deus presente, assim de se deixar até fotografar, obnubila a razão e comove o coração.

Venha neste Natal o Deus jardineiro do Éden, babelicamente plural, disposto a fazer de Ló uma estátua de açúcar. E com a harpa de Davi em mãos, salmodie em nossas janelas as saudades da Babilônia e faça correr leite e mel nos regatos de nosso afeto.

Neste Natal, não farei presépio para o Javé da vingança nem permitirei que o peso de minhas culpas sirva de pedra angular aos alicerces do inferno. Quero Deus porta-estandarte, Pelé divino driblando as artimanhas do demo, acrobata do grande circo místico.
Minha árvore não será enfeitada com castigos e condenações eternas. Nela brilharão as chamas ardentes da noite escura a ensolarar os recônditos do coração. Venha Deus a cavalo, a pé ou andando sobre os mares, mas venha prevenido, arisco e trôpego e, sobretudo, desconfiado, à imagem e semelhança de minha indigência.

Enquanto todos comemoram em ceias pantagruélicas, vomitando farturas, iremos os dois para um canto de esquina e, amigos, dividiremos o pão de confidências inenarráveis. Deus será todo ouvido e eu, de meus pecados, todo olvido, pois não há graça em falar de desgraça num raro momento de graça.

Neste Natal, acolherei Deus no meu quintal, lá onde cultivo hortaliças e legumes, e darei a ele mudas de ora-pro-nóbis, coisa boa de se comer no ensopado de frango. Mostrar-lhe-ei minha coleção de vitupérios e, se quiser, cederei a minha rede para que possa descansar das desditas do mundo.

Se Maria vier junto, vou presenteá-la com rendas e bordados trazidos do sertão nordestino, porque isso de aparecer senhora de muitas devoções exige muda freqüente de trajes e mantos, e muita beleza no trato.

Que venha Deus, mas venha amado, pois ando muito carente de dengos divinos. Não pedirei a ele os cedros do Líbano nem o maná do deserto. Quero apenas o pão ázimo, um copo de vinho e uma tijela de azeite de oliva para abrilhantar os cabelos. Cantarei a ele os cantos de Sião e também um samba-canção. Tocarei pandeiro e bandolim, porque sei das artes divinas: quem pontilha de dourado reluzente o chão escuro do céu, e provoca o cintilar de tantas luzes, faz mais que uma obra, promove um espetáculo. Resta-nos ter olhos para apreciar.

Desejo um Feliz Natal às bordadeiras de sonhos, aos homens que prenham a terra com sementes de vida, às crianças de todas as idades desditosas de maldades, e a todos que decifram nos sons da madrugada o augúrio de promissoras auroras.

Também aos inválidos de espírito apegados ciosamente a seus objetos de culto, aos ensandecidos por seus mudos solilóquios, aos enconchavados no solipsismo férreo que os impede de reconhecer a vida como dádiva insossegável.

Feliz Natal aos caçadores de borboletas azuis, artífices de rupestres enigmas, febris conquistadores a cavalgar, solenes, nos campos férteis de sedutoras esperanças.

Feliz Natal às mulheres dotadas da arte de esculpir a própria beleza e, cheias de encanto, sabem-se guardar no silêncio e caminhar com os pés revestidos de delicadeza. E aos homens tatuados pela voracidade inconsútil, a subjetividade densa a derramar-lhes pela boca, o gesto aplicado e gentil, o olhar altivo iluminado de modéstia.

Feliz Natal aos romeiros da desgraça, peregrinos da indevoção cívica, curvados montanha acima pelo peso incomensurável de seus egos pedregosos. E aos êmulos descrentes de toda fé, fantasmas ao desabrigo do medo, néscios militantes de causas perdidas, enclausurados no labirinto de suas próprias artimanhas.

Feliz Natal a quem voa sem asas, molda em argila insensatez e faz dela jarro repleto de sabedoria, e aos que jamais vomitam impropérios porque sabem que as palavras brotam da mesma fonte que abastece o coração de ternura.

Feliz Natal aos que sobrevoam abismos e plantam gerânios nos canteiros da alma, vozes altissonantes em desertos da solidão, arautos angélicos cavalgando motos no trânsito alucinado de nossas indomesticáveis cobiças.

Feliz Natal aos que se expõem aos relâmpagos da voracidade intelectual e aos confeiteiros de montanhas, aos emperdigados senhores da incondescendência e aos que tecem em letras suas distantes nostalgias.

Feliz Natal a todos que, ao longo deste ano, dedicaram minutos de suas preciosas existências a ler as palavras que, com amor e ardor, teço em artigos e livros. O Menino Deus transborde em seus corações.

Frei Betto é escritor, autor de "A menina e o elefante" (Mercuryo Jovem), entre outros livros.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Rir é o melhor remédio



COMO SE DAR BEM NA VIDA MESMO SENDO UM BOSTA
Audio-book do Casseta e Planeta

Politicamente incorreta, a turma do Casseta & Planeta, o grupo mais irreverente do país, faz aqui uma sátira aos livros de auto-ajuda e ensina vários truques e quebra-galhos que farão você se dar bem na vida!

Se você é um incompetente no trabalho, um perna-de-pau no futebol e um mané com as mulheres, não se desespere: os Doutores Cassetas ensinam como reverter esse quadro.

Sobre os autores: Marcelo Madureira, Beto Silva, Helio de la Peña, Cláudio Manoel , Huber, e Reinaldo Batista do Casseta & Planeta . Grupo humorístico criado com a fusão de duas publicações de humor do Rio de Janeiro: a revista Casseta Popular e o tablóide O Planeta Diário. Eles se apresentam no “Planeta& Casseta urgente” na Tv Globo.

Como se dar bem na vida mesmo sendo um bosta – Casseta e Planeta
Tamanho: 56.8mb Formato: mp3

O link para download está logo abaixo

http://www.megaupload.com/?d=D5YQPX0G

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mensagem aos alunos do Colégio Diocesano Cardeal Arcoverde

Senhores pais, meus ilustres colegas professores e meus amados alunos, boa noite! Não posso esconder a alegria que senti ao ser escolhido para essa difícil tarefa: sintetizar numa fala emoções tão intensas quanto a que cada um de nós vivenciou durante essa caminhada. Assim como aquele que se banhou em um rio e ao sair percebeu que tanto ele quanto o rio sofreram mudanças, nenhum de nós, professor ou aluno, permaneceu o mesmo. Não falo apenas do conhecimento lógico matemático, do funcionamento da incrível máquina humana ou do poder impressionante das palavras! Também não estou me referindo a discussões de geopolítica, de conflitos internacionais ou de eventos que marcaram a história da humanidade, falo de coisas mais profundas e não menos importantes: de sonhos e conquistas, da formação plena dos homens e das mulheres que moldarão de forma decisiva o mundo de amanhã.
Numa sociedade que caminha assustadoramente para o individualismo, cultuando o hedonismo, tantas escolas tem se deixado seduzir por esse modelo de competitividade que esqueceram de sua missão fundamental. Optam por slogans e frases de efeito que mostrem o seu diferencial: se arvoram em “berços de líderes”e “fábrica de feras”, locais onde o sucesso está garantido. Quando adentrei no Colégio Cardeal fiquei tocado com a sua proposta. Nossos alunos tem se destacado nos esportes, em atividades culturais e sendo aprovados em vestibulares cada vez mais concorridos, mas nunca um dos nossos professores ou funcionários abriu a boca para se referir ao colégio como uma fábrica de alunos autômatos, máquinas de responder questionários. O colégio Cardeal apresenta a cada um de nós a mais audaciosa proposta: um projeto de vida!
Um projeto de amor, de respeito a dignidade da pessoa humana e comprometido com uma formação plena, que envolva o conhecimento,a ética e a espiritualidade. E sem dúvida alguma, a mola propulsora desse projeto são vocês, amados alunos e alunas.
Nessa noite, tão singular e cheia de significado, vocês avançam mais um passo de uma longa e exaustiva jornada. O primeiro de muitos outros rumo a realização de seus sonhos. Sei que hoje estão diante de nossos olhos futuros engenheiros, médicos, juízes, pessoas que irão desempenhar bem os seus papéis profissionais, mas desejo acima de tudo ver em vocês hoje futuros pais e mãe amorosos, profetas de um novo tempo, construtores de uma sociedade mais fraterna e que cultive valores interiores e não exteriores belos e desprovidos de essência.
Alguém já disse que o que fazemos hoje ecoa na eternidade. Hoje o futuro se apresenta diante de vocês, talvez com novos medos e novos desafios a serem vencidos. Escolhas nem sempre fáceis, mas o importante é não perder a meta, não esquecer do grandioso projeto de vida do qual todos nós fazemos parte. Confiante que faço minhas as palavras dos meus pares, desejo que Deus possa abençoar cada um e cada uma de vocês, que lhes dê sabedoria em suas escolhas e a capacidade de perseverar no árduo trabalho de converter sonhos em realidades. Ralph Waldo Emerson afirmou que somos aquilo que pensamos ser. Fujam da tentação do querer ser melhor que, abracem o desejo amoroso de ser melhor para os outros, melhores filhos, melhores estudantes, melhores amigos, enfim, grandes seres humanos. Já possuímos ótimos técnicos, nos falta quem ame em demasia. Coragem! O sucesso é resultado de tudo isso aliado ao nosso esforço. Que ao término dessa noite, possamos sair daqui orgulhosos, não apenas pela etapa vencida, mas por fazer e ter feito parte desse grandioso projeto de vida.

domingo, 20 de dezembro de 2009

E Machado transforma a galinha em mosca

Perdo-me a tentativa de ser engraçado com o título do post, mas, não lembrar-me da galinha de La Fontaine ao ler a mosca azul de Machado de Assis foi impossível. O velho bruxo continua a surpreender e reler seus escritos é quase um mandamento.

A mosca azul


Era uma mosca azul, asas de ouro e granada,
Filha da China ou do Indostão.
Que entre as folhas brotou de uma rosa encarnada.
Em certa noite de verão.


E zumbia, e voava, e voava, e zumbia,
Refulgindo ao clarão do sol
E da lua — melhor do que refulgiria
Um brilhante do Grão-Mogol.


Um poleá que a viu, espantado e tristonho,
Um poleá lhe perguntou:
— "Mosca, esse refulgir, que mais parece um sonho,
Dize, quem foi que te ensinou?"


Então ela, voando e revoando, disse:
— "Eu sou a vida, eu sou a flor
Das graças, o padrão da eterna meninice,
E mais a glória, e mais o amor".


E ele deixou-se estar a contemplá-la, mudo
E tranqüilo, como um faquir,
Como alguém que ficou deslembrado de tudo,
Sem comparar, nem refletir.


Entre as asas do inseto a voltear no espaço,
Uma coisa me pareceu
Que surdia, com todo o resplendor de um paço,
Eu vi um rosto que era o seu.


Era ele, era um rei, o rei de Cachemira,
Que tinha sobre o colo nu
Um imenso colar de opala, e uma safira
Tirada ao corpo de Vixnu.


Cem mulheres em flor, cem nairas superfinas,
Aos pés dele, no liso chão,
Espreguiçam sorrindo as suas graças finas,
E todo o amor que têm lhe dão.


Mudos, graves, de pé, cem etíopes feios,
Com grandes leques de avestruz,
Refrescam-lhes de manso os aromados seios.
Voluptuosamente nus.


Vinha a glória depois; — quatorze reis vencidos,
E enfim as páreas triunfais
De trezentas nações, e os parabéns unidos
Das coroas ocidentais.


Mas o melhor de tudo é que no rosto aberto
Das mulheres e dos varões,
Como em água que deixa o fundo descoberto,
Via limpos os corações.


Então ele, estendendo a mão calosa e tosca.
Afeita a só carpintejar,
Com um gesto pegou na fulgurante mosca,
Curioso de a examinar.


Quis vê-la, quis saber a causa do mistério.
E, fechando-a na mão, sorriu
De contente, ao pensar que ali tinha um império,
E para casa se partiu.


Alvoroçado chega, examina, e parece
Que se houve nessa ocupação
Miudamente, como um homem que quisesse
Dissecar a sua ilusão.


Dissecou-a, a tal ponto, e com tal arte, que ela,
Rota, baça, nojenta, vil
Sucumbiu; e com isto esvaiu-se-lhe aquela
Visão fantástica e sutil.


Hoje quando ele aí cai, de áloe e cardamomo
Na cabeça, com ar taful
Dizem que ensandeceu e que não sabe como
Perdeu a sua mosca azul.

Luís Fernando Veríssimo



Ed Mort e Outras Histórias
A Mesa Voadora
Banquete com os Deuses
A Grande Mulher Nua
Sexo na cabeça
Comédias para se Ler na Escola
As Mentiras que os Homens Contam
Todas as Histórias do Analista de Bagé
O Clube dos Anjos: Gula
O Jardim do Diabo: Romance
O Opositor
Orgias
Aventuras da Familia Brasil
Borges e os Orangotangos Eternos
Vozes do Golpe – A Mancha

Todos os livros estão em um único arquivo zipado.
Após extrair, você poderá fazer a leitura individual dos livros.

PARA BAIXAR O ARQUIVO CLICKE NO LINK:


http://www.mediafire.com/?jzgodmlmqjl


Abaixo sinopse dos livros:

A Mesa Voadora

Terceiro livro da série Ver!ssimo, que vai relançar toda a obra do autor, traz 47 crônicas sobre culinária, pratos e gourmets. Com sua bem-humorada verve, mostra como conseguir vencer os obstáculos e chegar ao seu objetivo num buffet, os prazeres de uma boa sopa e como degustar um ovo frito, entre outros temas.

Banquete com os Deuses

São 73 crônicas divertidas, ternas e peculiares sobre a relação de Veríssimo com a arte e a cultura. Traz lembranças do menino sensível e seu deslumbramento diante da magia da grande tela. Confissões de um cinéfilo entusiasta, falando dos filmes, astros e estrelas que marcaram sua vida. Impressões do leitor voraz ao longo de suas aventuras literárias. Devaneios de um amante da música, melodiosos como um bom improviso de jazz. Truffaut, Fellini, Chaplin, Flaubert, Marquês de Sade, Miles Davis, Cartola, Chico Buarque, Chet Baker, Salvador Dali estão citados nos textos saborosos do mestre do humor.

A Grande Mulher Nua

Em 1966 o autor trabalhou no jornal Zero Hora em diversas funções. Em 1969 passou a escrever matéria assinada, quando substitituiu a coluna do Jockyman, na ZH. Em 1970, passou a escrever para o jornal Folha da Manhã, mas retornou para a ZH em 75, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento, em 1975, do livro A Grande Mulher Nua, uma coletânea de seus textos.Esta ilustrada obra reune 56 contos curtos deste período.

Sexo na cabeça

São 45 crônicas do mestre do humor, muitas inéditas, com abordagens divertidas sobre o tema. Mostram que não existe hora nem lugar para pensar naquilo. Revelam os fetiches que acendem grandes paixões, os sussurros açucarados e, em geral, ridículos dos enamorados, os jogos de sedução e tudo que diz respeito aos segredos de alcova do homem contemporâneo em crônicas inteligentes e bem-humoradas.

Comédias para se Ler na Escola

A coletânea de crônicas escolhidas por Ana Maria Machado traz o universo das histórias e personagens de Veríssimo.

As Mentiras que os Homens Contam

Todo mundo mente. Mas, na maioria das vezes, mentimos por necessidade, para proteger os amigos, os familiares, as amantes… Fazemos tudo para poupar as pessoas e proteger as mulheres. As crônicas divertidas retratam o cotidiano dos casais e as pequenas mentiras usadas para evitar a desarmonia no lar.

Todas as Histórias do Analista de Bagé

Divertido, levemente alucinado e com um repertório particular de expressões regionais, o analista mais querido do país informa que já nasceu “mais atrapalhado do que cachorro em procissão. Era para ser garçom num restaurante francês, mas acabou num divã à moda dos pampas – com muito chimarrão e espora. A combinação entre psicanálise e o jeito de ser “desta gente de fronteira resultou no crème de la crème do humor nacional.
O leitor vai se divertir com as histórias estapafúrdias e as revelações íntimas deste histriônico psicanalista politicamente incorreto, sem noções mínimas de ética.
Antes de sumir no mundo deu sua primeira e única entrevista que tem o efeito de uma verdadeira bomba ao revelar o seu método de atuação profissional. As informações sobre o seu paradeiro são desencontradas. Alguns dizem que ele morreu, outros que se aposentou. Nem o autor sabe. Seja em Bagé, Rio ou Paris, o analista deixou suas máximas. Complexo de Édipo, por exemplo, dá mais do que pereba de criança. Mania de perseguição é pura frescura, e frigidez feminina resolve-se num amasso… com o próprio, é claro. Para angústias existenciais, a infalível técnica do joelhaço.

O Clube dos Anjos: Gula
Dez amigos reúnem-se desde a adolescência em jantares mensais. São 21 anos em nome dos prazeres da mesa, bebendo e comendo bem. Um certo dia, no entanto, surge um novo cozinheiro com receitas incomparáveis, dando à história nuances de suspense. Um júri formado por profissionais de bibliotecas de Nova York colocou este livro de Veríssimo na lista dos 25 melhores livros da Literatura Mundial.

O Jardim do Diabo: Romance

Primeiro romance escrito por Luis Fernando Veríssimo, Jardim do Diabo: Romance foi publicado em 1988 e é obra cultuada por seus leitores. Inteiramente revisto pelo autor, este thriller bem humorado e inteligente volta em nova edição, atendendo à expectativa dos seus muitos fãs. Uma mulher é encontrada esfaqueada em seu quarto – na parede, escritas com sangue da vítima, palavras em grego. É isso que o inspetor Macieira conta a Estevão, um escritor de histórias policiais, sempre assinadas com um pseudônimo americano. O inspetor Macieira vai atrás de Estevão por um detalhe – a cena do crime é exatamente igual à descrita por ele em seu último romance. O assassinato, no entanto, ocorreu antes de o livro ser lançado. A partir dessa visita, os dias monótonos de Estevão começam a ser invadidos por seus personagens. Vida e ficção passam então a disputar um jogo fascinante de que o leitor é a grande testemunha.

O Opositor

Quarto volume da coleção Cinco Dedos de Prosa, O Opositor é narrado com o humor inteligente que consagrou Luís Fernando Veríssimo como um dos mais importantes autores do Brasil. Cada vez mais habilidoso nas suas crônicas diárias, publicadas em vários jornais do país, neste livro Veríssimo apresenta uma novela de suspense – engenhosa, alegórica, irresistível. Um jornalista de São Paulo vai a Manaus fazer uma reportagem sobre plantas alucinógenas – e em pouco tempo , e sem se dar conta, vai imergir num abismo, um enredo de suspense, de onde talvez só possa sair quando chegar a um afluente de um afluente de um afluente de um afluente do rio Negro. Entre xícaras estonteantes de chauasca e carícias não menos desconcertantes de Serena – a mulher metade dinamarquesa, metade índia, que teve os dois polegares decepados – o nosso herói vai descobrir na Amazônia prazeres insuspeitados. Já seduzido pelos encantos de Serena, ele conhece Jósef Teodor, o Polaco – o motivo que faltava para que peça ao jornal mais tempo para realizar sua pesquisa em Manaus. Muito alto, de cabelos desalinhados em chamas, Polaco há anos não sai do bar nem larga a cadeira que elegeu como pátria. É naquele bar, uma metáfora divertida do Brasil, que o narrador vai ouvir pela a primeira vez a história misteriosa de Polaco. Ele seria um dos Opositores, ou Apagadores, ligados ao grupo Meierhoff, o mais poderoso do mundo. A eles, os Opositores, cabia liquidar quem ameaçasse a supremacia do grupo.

Orgias

Luis Fernando Verissimo mergulha nas tentações e prazeres humanos e ensina: perder o controle é preciso e saudável!
Se civilização é autocontrole, orgia é a festa ao contrário, a festa do excesso, a euforia sem limite protocolar. Bem, existem orgias e orgias – e é desses vários patamares de prazer e tentações que Luis Fernando Verissimo fala neste livro.
A chegada do reveillon e a sucessão de festas de fim de ano são orgiásticas, a seu modo, quando revertem a posição que normalmente todos ocupam, nos escritórios, para se encenarem como festas em que é preciso desreprimir, festejar, de igual para igual, o ano que se foi e o que virá – quando evidentemente seremos melhores, marcaremos a ida ao dentista e vamos parar de fumar. Enquanto isso, a festa pré-final de ano ganha seu caráter libertário e, às vezes, libertino também.
Bebida, dança, comida – com fartura. Acontece assim também no carnaval, em que a troca do dia pela noite é apenas um indício a mais de uma certa loucura coletiva, uma inversão de papéis e sinais. Neste caso, mesmo que você não esteja na orgia da avenida, desfilando com os peitos nus, todas as imagens do samba e da festa vão te assaltar – e ninguém é assaltado impunemente.
Os anjos de nossa vida, nossas queridas crianças, sabem, e como, fazer uma bela orgia – experimente deixá-las à vontade numa festa de aniversário, e neste cenário podem se parecer até com os tais anões besuntados, que Verissimo aposta terem sido obrigatórios nas primeiras orgias romanas. As gregas eram em homenagem ao deus Dionísio, e também se caracterizavam pela perda generalizada de controle.

Aventuras da Familia Brasil

Inspirado nas famílias de classe média brasileiras, Aventuras da Família Brasil traz histórias em quadrinhos desenhadas pelo escritor Luis Fernando Veríssimo. Um pai trabalhador, mas que tem a profissão ignorada, uma mãe dona-de-casa, uma filha mais velha, um filho adolescente, um neto pequeno e uma neta de colo, compõem essa família com muito humor, apesar das dificuldades e aventuras pelas quais têm que passar. Por meio dos traços e palavras de Veríssimo, que faz jus a fama de calado e observador, as situações mais complicadas – que todo mundo, ou quase todo mundo, já viveu dentro de casa – se tornam as mais engraçadas, os momentos mais constrangedores viram uma comédia aos olhos do leitor. As minuciosidades do dia-a-dia de uma família de verdade é expressado com traços simples, palavras curtas e rápidas, e falam dos momentos mais diversos; sejam eles driblar problemas financeiros, definir ética comportamental ou explicar para os mais novos como funcionava o mundo na época em que ainda não havia computadores. Tudo isso sem deixar de lado seu incomparável senso de humor, é claro. Os quadrinhos Aventuras da Família Brasil são publicados até os dias de hoje nos principais jornais brasileiros.
O octogenário Aristide Leonides, dono de grande fortuna, é envenenado em sua mansão, onde vivia com toda a família – sua esposa, cinqüenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e uma cunhada. Qualquer um poderia tê-lo matado. O único motivo evidente é a fortuna deixada como herança. Mas parece pouco provável que alguém se dispusesse a sujar as mãos por causa do testamento de um velho em idade já tão avançada. Charles Hayward não tem como não se envolver na história: Sir Arthur Hayward, seu pai, é o comissário-assistente da Scotland Yard responsável pelo caso; e Sophia, com quem pretende se casar, é uma das netas da vítima. Portanto, Charles tem seus motivos para tentar solucionar o mistério.

Borges e os Orangotangos Eternos

Ganhador, pelo júri popular, de melhor livro de ficção do Jabuti 2001! Um solitário homem de meia idade vai a Buenos Aires encontrar-se com seu ídolo, o escritor Jorge Luís Borges. Após este encontro, crimes estranhos começam a ocorrer envolvendo demônios arcanos e a cabala. Devido a eles, a humanidade corre o risco de ser destruída.

Vozes do Golpe – A Mancha

Originalmente parte do livro Vozes do Golpe (Carlos Heitor Cony & Luís Fernando Veríssimo & Zuenir Ventura & Moacyr Scliar).
Luiz Fernando Veríssimo compõe em A Mancha uma narrativa de ficção ao mesmo tempo divertida e dolorosa. É a história de Rogério, uma homem de meia-idade, ex-prisioneiro do regime militar. Por obra do acaso ele descobre, anos depois, ao ver uma mancha no carpete de um imóvel que pretende comprar, a sala em que havia sido torturado.

sábado, 19 de dezembro de 2009

UM PONTO FINAL




Tivemos nosso tempo
Nosso momento na história
Um amor que podia ter nascido
Hoje só existe na memória

Dois corações num momento
Passos dados rumo ao firmamento
Coisas que ficaram para trás
Não há como recuperar o tempo
E certas coisas não voltam jamais

A vida nos da o direito
Da escolha de cada dia
Não impõe sabedoria
Nem avisa o defeito
De quem se dedica ao imperfeito

Então há quem confunda
Libertário e libertino
E num momento repentino
Escolha o que faz mal
Querendo o prazer que abunda

Escolhas feitas
Caminho traçado
Cristal quebrado
E alianças desfeitas
Nada disso é consertado

Segue teu caminho
Não implore meu carinho
Você fez o seu destino
cada degrau dele foi por ti galgado
E eu, por mais que você lamente, faço parte do passado.

A Gaga - canção lúdica com Marximino Bezerra

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

DICAS DE LEITURA




CREPÚSCULO

Crepúsculo poderia ser como qualquer outra história não fosse um elemento irresistível: o objeto da paixão da protagonista é um vampiro. Assim, soma-se a paixão um perigo sobrenatural temperado com muito suspense, e o resultado é uma leitura de tirar o fôlego - um romance repleto das angústias e incertezas da juventude - o arrebatamento, a atração, a ansiedade que antecede cada palavra, cada gesto, e todos os medos.

O amor entre vampiro e mortal não é uma idéia nova, mas Meyer soube como poucos explorar essa mitologia, acrescendo a seres imortais os temores adolescentes.

Um ótimo passatempo para as férias!

Clique no link ou imagem abaixo para efetuar o DOWNLOAD
[livrosparatodos.net].Stephenie.Meyer.Serie.Crespusculo.01.Crepusculo(.doc).rar

ETERNAMENTE VINICIUS

A carta que não foi mandada

Paris, outono de 73
Estou no nosso bar mais uma vez
E escrevo pra dizer
Que é a mesma taça e a mesma luz
Brilhando no champanhe em vários tons azuis
No espelho em frente eu sou mais um freguês
Um homem que já foi feliz, talvez
E vejo que em seu rosto correm lágrimas de dor
Saudades, certamente, de algum grande amor

Mas ao vê-lo assim tão triste e só
Sou eu que estou chorando
Lágrimas iguais
E, a vida é assim, o tempo passa
E fica relembrando
Canções do amor demais
Sim, será mais um, mais um qualquer
Que vem de vez em quando
E olha para trás
É, existe sempre uma mulher
Pra se ficar pensando
Nem sei... nem lembro mais

Vinicius de Moraes

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dica de Leitura




"Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais
suavidade que qualquer outra criatura sobre a Terra. A partir do momento em que
deixa o ninho começa a procurar um espinheiro, e só descansa quando o encontra.
Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e
mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e solta um canto mais belo
que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a
existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o
melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento... Pelo menos é o que diz a
lenda."

Assim começa um dos mais belos romances que li.

Tudo começa quando Paddy Cleary leva a esposa, Fiona, e os sete filhos do casal para uma enorme fazenda de criação de carneiros, no início do século XX. Então padre Ralph de Bricassart conhece Maggie criança ainda e se encanta con ela, o que leva passar a vida no dilema de seguir na vida religiosa ou abandoná-la e viver plenamente seu amor por Maggie.

CLIQUE NO LINK OU IMAGEM ABAIXO PARA LER O LIVRO EM SEU COMPUTADOR
BOA LEITURA!

Para abrir o arquivo você precisa do WINRAR ou um programa similar.


http://www.mediafire.com/?zdmmyjyfndj

PERÓLAS

"Há poucos mistérios nessa vida". Foi o que disse certa vez um sábio anônimo. Talvez pelo avanço da ciência, talvez pela perca da nossa ingenuidade, mas o fato é que realemente os grandes mistérios vem sumindo. Encontramos água na Lua. Isso mesmo: água na Lua!!! Mas mesmo diante do avanço tecnológico, os grandes mistérios persistem. Ainda não conseguimos mapear o humor feminino, descobrir po porque das mães sempre detestarem as melhore namoradas e o que nos mantém em empregos mediócres impedindo que o mundo reconheça nossa humildade e imensa genialidade!

Um desses mistérios é a potência inspiradora de uma mesa de bar. Tenho para mim que a teoria da relatividade nasceu numa conversa entre amigos regada com chopp. Não só a teoria da relatividade. Darwin deve ter observado o formato das gotas de água que escorriam pela parte externa do seu copo e chegado a conclusão que as coisas evoluem do básico para o complexo. O avião então.... Dumont estava imaginando como levar alguém as alturas!

E foi numa dessas mesas inspiradoras que ouvi a seguinte peróla:
_ Sempre me perguntei o que estava mais distante, a Lua ou o Japão. Agora sei a resposta: A Lua está bem mais próxima de mim!
Quando indagado sobre como chegou a esse raciocínio meu ébrio amigo respondeu:
- Daqui eu posso ver a Lua. Estais avistando o Japão?

domingo, 6 de dezembro de 2009

Somos o que pensamos




Os alquimistas afirmavam que o homem era capaz de transformar chumbo em ouro. Numa linguagem metafórica podemos dizer que esse milagre é a transformação das coisas pobres em coisas nobres. Somos capazes de operar maravilhas se assim acreditarmos. Cada ser humano é um milagre único que jamais se repetirá, e nesse milagre infinito da vida, somos convidados a sermos co-autores da existência e autores de nossa história individual.
Deus nos dotou de livre-arbítrio e nos legou a terra, nos convidando a ser participantes do seu sonho de um Reino de paz, amor e justiça. Nos deu a fé capaz de transpor as montanhas, e mesmo assim, não nos abandonou.
No tesouro de nossa consciência, somos capazes de alterar a realidade a nossa volta. “Pensamento positivo atrai coisas positivas”. Nós imprimimos nosso reflexo naquilo que está a nossa volta, seja de forma consciente ou inconsciente, somos nós os arquitetos de muitas das nossas vitórias e muitos dos nossos fracassos.
As vezes, mudar de perspectiva é o primeiro passo para a solução de um grande problema. É por isso que muitos se afastam da tela quando querem admirar de forma plena a obra de determinado autor.
Se somos o que pensamos, porque deixar que os problemas nos vençam? Por que permitir que as dificuldades minem a nossa capacidade de superação? “A fé remove montanhas”. Disse uma vez um sábio que “uma jornada de mil quilômetros começa com o primeiro passo”. Que tal darmos o próximo passo para a felicidade de mãos dadas?

DÁDIVA



Por todas as vezes
E por cada momento
Por cada palavra
E cada pensamento
Por cada ação
Em cada vão momento

Por ter permanecido
Mesmo quando não a queria ao meu lado
E quando diziam impossível
Ter em mim acreditado
Por tudo o que não foi
E por cada ato consumado

Pela nossa vida
Pelo nosso passado
Pela esperança
Pelo sorriso apaixonado
Por tudo nessa vida
Muito obrigado

Você foi o presente
Por Deus enviado
O sol resplandecente
Que pôs fim ao dia nublado
Você restituiu a vida
E lhe deu significado

E por tudo isso
E pelo não falado
Você é dádiva
É milagre vivenciado
Você é meu futuro
Meu presente e meu passado.

sábado, 5 de dezembro de 2009

CARRIE A ESTRANHA



Mais uma dica de leitura!

Até 1972, Stephen King ainda era um professor cujo salário mal dava para sustentar a mulher, Tabitha, e os dois filhos. Nas horas vagas, escrevia histórias de suspense, sempre rejeitadas pelas editoras. Foi então que finalizou mais uma obra. Em seguida, porém, desiludido com o mercado editorial, King arremessou-a pela janela. Foi Tabitha quem o convenceu de recuperar os originais e tentar outra vez. Enviado a um editor, o livro foi aceito. Nascia CARRIE, A ESTRANHA, obra que lança Stephen King no cenário literário mundial.

CARRIE narra a atormentada adolescência de uma jovem problemática, perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar a vida como as garotas de sua idade. Só que Carrie guarda um segredo: quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente. Aos 16 anos, desajustada socialmente, Carrie prepara sua vingança contra todos os que a prejudicaram. A vendeta vem à tona de forma tão furiosa e amedrontadora que até hoje permanece como exemplo de uma das mais chocantes e inovadoras narrativas de terror de todos os tempos.

Com tantos ingredientes de suspense, CARRIE logo se transformou num enorme sucesso internacional e passou a integrar a mitologia americana. Ao ser transportado para as telas, em 1976, pelas mãos de Brian de Palma, teve a atriz Sissy Spacek e John Travolta em seus papéis principais.

Stephen King é um ícone da cultura contemporânea. Popular, sua obra constitui um dos fenômenos de massa de nossa época. Muitas de suas histórias viraram clássicos do cinema, como três das novelas de As Quatro Estações: "Primavera eterna – Rita Hayworth e a redenção de Shawshank", que inspirou Um sonho de liberdade, "Verão da corrupção – Aluno inteligente", nas telas, O aprendiz e "Outono da inocência – O corpo", transformado em Conta comigo.

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Stephen King - Carrie.doc

CONSCIÊNCIA NÊGA

Esse pequeno texto teatral foi encenado por alunas do Curso Normal da Escola Quitéria Wanderley Simões. Posto aqui para que outros possam valer-se desse texto (desde que citem o autor).

(O cenário é uma sala de casa de família. Um sofá, TV, centro, e um rádio ligado em algum forró. Marilza, a empregada negra, canta e dança enquanto cuida de seus afazeres)
Entra Dona Laura a patroa
DONA LAURA: Eu a pago para ser doméstica, não para ensaiar para a próxima Micareta!
MARILZA: Desculpa Dona Laura! É que arrumar a casa no silêncio é tão chato! (tenta disfarçar dançando) Quem canta seus males espanta, não é?
DONA LAURA: Será? O mal da conta de luz eu só posso espantar se você não desperdiçar com coisas inúteis! Sua classe não fala tanto em preservar o meio ambiente? Então contribua para evitar outro apagão!
MARILZA: Dona Laura... era só uma musicasinha.... nem era de trio.... era forró...
DONA LAURA: Coisa de má qualidade não tem distinção! Vocês que nunca tiveram educação de qualidade, não tem modos, pensam que isso é arte ou até chamam de música! Nunca foram aos salões de Paris, nem aprenderam a apreciar música clássica, admirar uma tela de Picasso ou Renoir! Não podem nem escutar uma lata batendo que fica se remexendo igual pinto no lixo! Típico de vocês! Agora termine a limpeza e cuide de seus outros afazeres!
Sai Dona Laura e Marilza começa a chorar. Se recosta numa cadeira e adormece. (Silêncio prolongado para dar a idéia de sonho, depois uma música instrumental para a entrada de Roque)
Roque: Ó pai ó! Foi humilhada e vai dormir! (fala alto) Levanta mulher!
MARILZA: Meu amor! Como você entrou aqui? O que veio fazer?
ROQUE: Calma minha nêga, eu não sou teu namorado não, sou tua consciência!
MARILZA: Oxe! E porque tu veio igualzinho a Roque?
ROQUE: Era para você prestar atenção no que tenho para mostrar.
MARILZA: E acha que sou assim caidinha por Roque é? Isso não é muito machismo não?
ROQUE: É sim, e foi por isso que escolhi essa forma! Para que você se desse conta do preconceito, tomasse consciência e agisse!
MARILZA: Mas eu sou só uma empregada, nem terminei os estudos, o que posso fazer? Dona Laura mesmo disse, eu não tenho nem gosto, só desgosto!
ROQUE: (Sendo irônico) “Dona Laura”? Ela pode possuir essa casa, mas não possui você! E você pode fazer muita coisa sim, bem mais do que imagina.
Roque puxa duas cadeiras e as coloca lado a lado, senta e bate indicando que Marilza se sente ao seu lado.
ROQUE: Vamos assistir aos fantasmas do passado?
MARILZA: Ui Roque! Eu não gosto de fantasmas!
ROQUE: Mas esses não fazem mal, é como ver televisão, só que ao vivo.
Entram os fantasmas. (Nessa hora pode-se fazer muitas adaptações... as falas podem ser proferidas por todos ao mesmo tempo ou pode se montar um jogral, ou ainda, distribuí-las com mais atores do que os que aqui são indicados).
FANTASMA 1: Somos aqueles que vieram do passado.
FANTASMA 2: Aqueles que presenciaram as lutas.
FANTASMA 3: Aqueles que deram suas vidas para que outros tivessem vida!
TODOS: Somos o espírito da consciência negra! Somos o espírito de um povo!
FANTASMA 1: Eu estive com os que vieram da África, presos e vendidos aos brancos por seu próprio povo. Atravessei o oceano em condições desumanas, vendo muitos morrerem e serem atirados ao mar. Fomos torturados e ameaçados, expostos nus no pelourinho, vendidos pelo Nordeste e fomos proibidos de praticar nossa cultura e religião, mas não perdemos o desejo de liberdade!
FANTASMA 2: Eu estive com aqueles que fizeram Palmares! Vi Zumbi motivar outros a construir uma sociedade fraterna e livre, e testemunhei o preconceito e o ódio contra aqueles que ousaram sonhar. Palmares foi destruída: o sonho de um mundo melhor não!
FANTASMA 3: Eu estive presente quando a lei áurea foi assinada, estive com os que cantaram e dançaram uma falsa liberdade, pois saíram da senzala, mas não foram tratados como cidadãos! Ouvi Luther King proclamar corajosamente que tinha um sonho! Um sonho de uma sociedade onde um homem não fosse descriminado pela cor de sua pele, onde brancos e negros possuíssem os mesmos direitos, um sonho de liberdade!
TODOS: Somos testemunhas da história! Somos parte da consciência de um povo! E desejamos um mundo de iguais!
Saem os fantasmas do passado.
MARILZA: Eita Roque! Quanta coisa para o povo ser livre. Agora porque ele disse falsa liberdade?
ROQUE: Espere que a novela ainda não acabou. (Ele aponta para os que entram)
Aqui se tenta representar as minorias hoje:
Ator 1: Eu sempre desejei ser médico, mas não pude estudar porque tinha de ajudar em casa. Hoje sou zelador, e quando tento ler alguém diz que é melhor eu cuidar do meu serviço.
Ator 2: Eu queria ser dentista, mas quando tentei prestar vestibular alguém da firma disse que eu devia ser auxiliar de enfermagem. Não podia sonhar com coisas impossíveis.
Ator 3: Eu gosto muito de dançar, e uma vez, tentei fazer um curso de balé. Quando cheguei para a matrícula a responsável disse que estava ali para ensinar arte e não a dançar samba ou pagode.
Ator 4: Eu queria ser ator, mas sempre que consigo um papel é para bandido de morro, zelador, motorista, ambulante, ou qualquer coisa que remeta a pobreza e a falta de instrução. Me dizem que o preconceito no Brasil acabou, então porque sempre tenho que retratar meus pares assim?
Ator 5: Uma vez fui agredido por seguranças porque estava dentro do meu carro. Acharam que eu estava roubando porque sou negro e estava em um Cross Fox! Depois o dono do Shopping disse que houve um mal entendido. Eu era exceção a regra.
TODOS: Somos a consciência de um povo! Queremos um mundo mais justo, um mundo onde ninguém seja julgado pela sua cor, convicção, religião ou pelo valor dentro de sua carteira!
Saem
MARILZA: E o que eu posso fazer Roque? Eu preciso de emprego.
ROQUE: Você precisa de emprego, mas não está limitada a isso. Veja o fim da novela!
A atriz escolhida para isso deve ser mais velha e no seu figurino preservar alguns elementos iguais as vestes de MARILZA.
MULHER: Eu sou você num amanhã possível. Estudei em cursos noturnos, em projetos como o TRAVESSIA e o EJA, e conclui o Ensino Médio. Me dediquei com muito esforço e consegui uma ótima nota no ENEM, fui a primeira da minha família a fazer curso superior. Hoje atuo onde sonhei, sou uma profissional realizada, mas não parei de lutar. Não sou exceção a regra, mas luto para que o que é de direito seja feito direito. Disse não ao preconceito dos outros e ao que havia em mim. Sou parte da consciência de um povo e luto para que todos tomem consciência disso. Meu nome é MARILZA, sou livre e continuo sonhando com a liberdade.
Sai a atriz e ROQUE E MARILZA LEVANTAM. Roque devolve as cadeiras aonde estavam antes.
MARILZA: Quer dizer que eu vou conseguir vencer Roque?
ROQUE: Você viu uma possibilidade. O futuro é uma folha em branco onde escrevemos um pouquinho a cada dia! Ele é reflexo das nossas decisões e ações. Decida se vai passar o resto da vida aceitando preconceito e estereótipos ou se vai ser autora da sua própria história.
Marilza se senta no mesmo lugar aonde adormecera e Roque a beija na testa. Sai Roque e entra Dona Laura
DONA LAURA: Era só o que faltava! Eu não te pago para dormir (cutuca Marilza). Acorde sua negra!
MARILZA: Sou negra sim e com orgulho. Agora a senhora sabe que posso lhe processar por racismo? Não só por racismo, mas por me explorar, não assinar minha carteira nem pagar meus direitos?
DONA LAURA: O que é isso Marilza, eu que te ajeito tanto...
MARILZA: Fazendo com que eu trabalhe de domingo a domingo? Deixando eu dormir num quartinho da cozinha? Me dando uma roupa de dez reais comprada na feira no dia do meu aniversário? O tempo da senzala acabou Laura. A senhora pode ser dona da casa mas não é minha dona não!
DONA LAURA: Assim você me ofende...
MARILZA: Como a senhora fez há pouco comigo? “Típico da minha classe”, não foi assim que disse? Até parece que é uma mulher viajada, vai ao piscinão e pensa que foi ver o Sena em Paris. Nunca foi a um museu e quer dizer que aprecia Picasso e Zé não sei das quantas. A senhora é como tantas outras que come rapadura e arrota caviar, mas para mim chega! Vou estudar e seguir meus sonhos, não vou dizer que vou ser alguém porque eu já sou alguém, Sou Marilza Silva, negra com orgulho, e a partir de hoje, uma nêga da consciência!
Tira o lenço que envolvia a cabeça, atira no chão e sai
Entram todos os participantes e encenam ou dublam a música PROTESTO do Olodum

Olodum
Composição: Tatau

Força e pudor
Liberdade ao povo do Pelô
Mãe que é mãe no parto sente dor
E lá vou eu

Declara a nação,
Pelourinho contra a prostituição
Faz protesto, manifestação
E lá vou eu

Aqui se expandiu
E o terror já domina o brasil
Faz denúncia olodum Pelourinho
E lá vou eu

Brasil liderança
Força e elite da poluição
Em destaque o terror, Cubatão
E lá vou eu

Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu

Brasil nordestópia
Na bahia existe etiópia
Pro nordeste o país vira as costas
E lá vou eu

Nós somos capazes
Pelourinho a verdade nos trás
Monumento caboclo da paz
E lá vou eu

Io io io io io
La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu

Desmound tutu
Contra o apartaid lá na África do Sul
Vem saudando o Nelson Mandela
O olodum

Io io io io io

La la la la la la la
Io io io io io
La la la la la la la
E lá vou eu


Aqui a turma pode fazer sua mensagem

FIM

O iluminado de Stephen King

Olá, pessoal. Como muitos já estão de férias decidi postar algumas sugestões de leitura. Não, não são livros didáticos ou paradidáticos, mas coisas que servem para passar o tempo sem muito compromisso. Para os fãs de histórias de terror, e histórias de terror de verdade, recomendo o bom e velho Stephen "Carrie: a estranha, A torre negra, A hora do vampiro" King. Sua narrativa é ótima, envolvente e realista.

Abaixo segue o link para o e-book "O Iluminado". Boa Leitura!

domingo, 22 de novembro de 2009

O SEMEADOR DE SONHOS




Andou sozinho por muito tempo e aprendeu a ouvir com atenção aquilo que os outros diziam. Não que ele fosse ausente de palavras, mas soube que havia um motivo quando Deus dotou o ser humano de um par de orelhas e apenas uma boca. Ele ouviu e aprendeu, e enquanto caminhou sozinho, conheceu a si mesmo e ao mundo que o cercava. Houve dias em que a solidão pesou como uma rocha contra seu peito, noutros, era a liberdade que precisava para curar suas feridas. E foi assim até que pode iniciar a semeadura.
Por onde andou falou a linguagem que aprendera com o seu coração e o coração da humanidade. Falou de perdão e de amor, da possibilidade de um mundo fraterno e justo, da igualdade inerente a cada ser da espécie humana, grande e amada família de Deus.
Seus sonhos eram os sonhos da aurora da criação. Por onde passou procurou motivar virtudes e nunca se prendeu a normas e preconceitos. Onde muitos acusavam ele compreendia e exortava, onde muitos tentavam construir prisões ele abria portas e construía pontes.
Não buscou a glória, não se corrompeu nem se eximiu do anuncio do seu sonho de amor e liberdade. E por viver plenamente a vida, denunciar as injustiças e semear o mais belo sonho já nutrido à humanidade, foi silenciado ao custo de sua vida.
Sua mensagem venceu a morte e atravessou dois milênios. Não deixemos que se perca em nosso egoísmo.

CASA VELHA




Elevada com barro e madeira
Chão batido no forró
A tinta quase por derradeira
Depois poucos móveis e bater o pó
Casa velha da estrada
Casa velha, meu coração dá um nó
Casa de alpendre
Arrumada
Casa da minha avó

A casa é grande, a gente amistosa
Alpendre na varanda
Plantas, flores e sombra gostosa
Duas janelas, uma porta aberta
Compõe a paisagem frondosa
Casa velha da estrada
Sua história é gloriosa

Na frente um grande pé de mulungu
No terreiro árvores e criação
Galinha, guiné, e na parede a gaiola
Perto tem curral de gado e de guarda um cachorro bão
De noite antes de dormir se reza o terço
Dedicado a Maria com amor e devoção
Casa velha da estrada
Faz doer meu coração

Casa velha sem camas nos quartos
Onde todo mundo dormia na rede
Sempre acordando cedinho
Buscando água de cacimba para saciar a sede
Sentados na mesa grande de madeira
Numa alegria que não se mede
Falando de boca cheia
Aquilo que o peito pede

Casa velha de cantoria
Forró, festa e reunião
Do namoro escondido
Das cartas de sim ou não
Na glória de minha vida
Foste minha grande paixão

Agora estás mudada
O tempo te levou a cor
Acabaram-se tuas festas
Os terços em louvor
Mas enquanto este coração bater
Serás meu primeiro e eterno amor!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Educador na vida

* A Cícero Moreno

Veio ele na aurora dos sonhos, vencendo obstáculos impostos pela vida. Com a coragem típica dos que dedicam a vida a uma causa. Acreditando no inacreditável foi capaz de ver um castelo sobre as nuvens e iniciou a única jornada possível para alcançá-lo: construiu sólidos alicerces na terra. Semeador de sonhos, confiou naqueles em que poucos confiariam e fez de estranhos uma família unida e amorosa. Compôs para si e para o mundo onde vive uma bela e rara sinfonia de amor. Pai amoroso, marido dedicado, motivador de sonhos e transformador da realidade: educador por excelência. Não foi aprisionado por quatro paredes nem cercado por carteiras, foi ladeado por colunas firmes e compartilhou da sua vida com os mais jovens. Não confundiu o seu papel e quis ser pai da multidão, mas foi fraterno e compreensivo como os lidere ternos que a humanidade necessita.
De ti aprendi muito do pouco que sei. Por isso tenho o orgulho de te dedicar essas linhas,
Meu professor na escola da vida!

Manifesto do ser romântico

Inspirado em Thiago de Melo

Fica decretado
Que a partir deste dia
É a todos facultado
O amor a poesia

A partir de hoje
Ouça-se a suave melodia
Que a todos deve encantar
Como encanta a cotovia

A partir de hoje
E não mais se adia
Deve-se amar a simplicidade
E sentir essa real alegria

Alegria por viver
Por existir onde antes não se existia
Por poder repensar a vida
Sem se entregar a melancolia

A partir de hoje
Fica proibido a apatia
Diante do milagre maravilhoso
Que é o dia-a-dia

Que sem mais demora
Se possa amar com rebeldia
Sem ter medo de se entregar
A essa chama que queimava e não ardia

Que arda o coração
Livre de toda invídia
Que se ame com tudo o que pode
Numa plena alegria

Que se entenda que nessa vida
A falsidade torna a existência doentia
E que apenas quem ama
Pode dizer que foi feliz no derradeiro dia

quarta-feira, 18 de novembro de 2009




Preciso de você,
Seja como for
Seja como amante
Amiga ou eterno amor

Preciso de você
Como o orvalho da flor,
Presente, exultante
Nos dias de frio ou de calor

Preciso de você
Com fé e pudor
Casta ou provocante
Com seus beijos em fervor

Preciso de você
Como a vida de calor
Como um trovão distante
Que anuncia da tempestade o furor

Preciso de você
Para aferir valor
A jornada desse caminhante
Que sem teus passos perde o sabor

Enfim, preciso de você
Como quem não precisa de mais nada
Pois com você meu amor
Já tenho em mim a parte desejada.

OPERÁRIOS INÚTEIS



Na escuridão da estrada vislumbro faróis de esperança. Fachos de luz que iluminam o caminho, numa majestosa alegoria de vida. Mesmo a escuridão mais densa é finita, sendo quebrantada por luzes passageiras que prefiguram em si a luz derradeira da esperança, da liberdade, da vida plena que vence a morte.
Luzes no caminho, vozes no deserto, sinais a orientar aqueles que buscam o caminho. Sinais finitos, semelhantes aos círculos gerados pela pedra que arremessamos no meio do lago, pequenos no inicio e maiores no fim.
As luzes da estrada lá estão não para ofuscarem os outros com seu brilho, mas para salvaguardar os caminhantes, aqueles que sabem do caminho e aqueles que estão no caminho mesmo desconhecendo o lugar para onde querem ir. Luzes operárias inúteis, pois ao fim da noite nada fizeram além da sua função, mas ao mesmo tempo, luzes inúteis imprescindíveis, pois não há como sem elas atravessar a escuridão sem riscos de se perder enquanto aguardamos o sol do novo e perpetuo grande Dia.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

LEÃO DA ILHA PEDE ANULAMENTO DA PARTIDA NO PALESTRA ITÁLIA

Reproduzo aqui notícia do msn esportes:


Sport pedirá anulação do jogo com o Palmeiras
Silvio Guimarães diz que erro foi absurdo e reclama de descaso com nordestinos

Elmo Resende Cunha foi afastado pela CBF

Alessandro da Mata
SÃO PAULO

Entre em contato


O Sport pedirá nesta sexta-feira a anulação do jogo contra o Palmeiras, sob a alegação de erro de direito do árbitro Elmo Resende Cunha, de Goiás. Segundos antes do gol de Danilo, o juiz apitou paralisando a jogada. Mas fez de conta que nada havia acontecido e confirmou o empate por 2 a 2 nesta quarta-feira, no Palestra Itália.

- O que aconteceu foi um absurdo. O lance foi legal, mas ele errou. Quero ver se agora vai adiantar acionarmos a Justiça - esbravejou o presidente Silvio Guimarães.

CBF afasta Elmo Cunha até o fim do Brasileirão

O departamento jurídico do Sport busca imagens da partida para sustentar a tese de desconhecimento da regra por parte do árbitro. Esse é o único caso em que a partida pode ser impugnada e repetida, de acordo com o previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Diretoria do Sport bate cabeça sobre anulação

A representação já está sendo formulada e será remetida ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Assim que chegar, em dois dias a procuradoria deve se pronunciar.

O Sport tem dúvidas de que o pedido será acatado. Isso por conta do que chamam de má vontade da CBF e dos órgãos submetidos a ela. O STJD é remunerado pela entidade.

- Reclamamos por meio de ofício do Paulo César de Oliveira. Mas colocaram ele para apitar o nosso jogo subsequente, contra o Atlético-MG. Eu peguei um baita gancho por falar mal do Simon. E até agora não fizeram nada contra o Belluzzo - argumenta Silvio Guimarães.

Para o vice-presidente, suspenso, Guilherme Beltrão, o melhor seria apenas uma reclamação formal. Dada a forma com a qual o clube foi tratado ao longo do Brasileiro.

- É sempre igual. O povo daqui de cima não tem vez. Nos consideram menores que os outros - chia.

A Comissão de Arbitragem da CBF já decidiu afastar o árbitro Elmo Resende Cunha até o fim da competição. O motivo alegado é "falha técnica".

Por fim, Elmo Cunha dá gol para Diego Souza
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Não é novidade a postura preconceituosa que a CBF adota com os times do Nordeste, tão pouco é novo o descaso dos órgãos midiáticos, que tentaram omitir ou divulgaram de forma banal a atitude do árbitro, frisando apenas que um dos jogadores do Sport dava posição para que o gol não fosse impedido. O que se trata não é de um gol impedido ou não, mas de um árbitro que paralisou intencionalmente a defesa do time pernambucano para que o Palmeiras pudesse marcar, conseguir o empate e se manter na liderança.
O caso foi tão vergonhoso que o árbitro da partida não registrou na súmula a reclamação (e agressividade) de toda a defesa do Sport e errou o nome do autor do gol do Palmeiras.
A CBF divulgou nesta quinta-feira a súmula do árbitro no empate por 2 a 2 entre Palmeiras e Sport, na última quarta-feira, no Parque Antarctica, e nela, além do crédito errado do gol, não consta nenhum relato do polêmico lance. Elmo também errou o tempo do gol, já que colocou que foi aos 42min do segundo tempo, sendo que o lance foi três minutos antes.
O campeonato Brasileiro talvez não possa mais ser chamado de campeonato esportivo, tendo em vista o lobb e a manipulação perceptível de alguns resultados. Quem sabe não devamos chamá-lo de "campeonato sulista com transmissão nacional"?
P.S. Ainda estou indignado com tudo isso!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

BELA VENTUROSA



A jovem chama-se Cristiane, tem 20 anos e 1,70 de altura. O seu signo é o de Touro,
o símbolo da produtividade e persistência, do ritmo lento e decidido, que transparece um pouco da sua personalidade. Decidida a realizar seus sonhos, a jovem reside atualmente na cidade de Caruaru.
Dentre as coisas que ela desaprova esta a inveja, sentimento nutrido por pessoas negativas e que acaba por prejudicar muito o desenvolvimento pessoal.
Cristiane, com sua beleza e simpatia, ilustra a primeira postagem do BELA VENTUROSA neste novo endereço!




quarta-feira, 11 de novembro de 2009


Essa é de lascar o cano!!!

Os amigos perdoem-me a franqueza: nunca fui fã do Arthur Virgílio. Não aprovei a cruzada pelo fim da CPMF - único imposto livre de fraudes por parte do contribuinte - e pelo discurso dúbio do senador. Num primeiro momento - Governo FHC - a CPMF era a salvação para os cofres públicos e a saúde do país. Num segundo - Governo Lula -, a CPMF era a violação dos direitos do povo e um sinal de opressão para com os despossuídos. Bem, mas não escrevo essas linhas para tratar da vida política do Senador Arthur Virgílio. Nessa vida, temos de reconhecer quando alguém usa do bom senso e aponta erros grotescos por parte de autoridades ou funcionários públicos. Reproduzo aqui uma nova divulgada pela Agência Senado (cligue aqui para ler o original: http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=97255&codAplicativo=2&codEditoria=2):

Arthur Virgílio critica multa a rapaz que matou cobra para se defender

A notícia de que um rapaz matou uma cobra que o havia atacado e, em seguida, foi multado em R$ 800 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi tema do pronunciamento do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) nesta terça-feira (10). Ele afirmou que "essa história, ocorrida no Amazonas, é grotesca e acaba por ridicularizar a causa ambiental".

- O rapaz, então, para economizar 800 reais, deveria ter morrido - ironizou o parlamentar, destacando que a cobra em questão é a sucuriju, conhecida por seu tamanho e por matar suas vítimas por esmagamento.

Arthur Virgílio disse ainda que o Ibama precisa identificar quem foi o funcionário que cobrou a multa, para demiti-lo. Para ele, o caso "é um exagero que mistura arbitrariedade com o ridículo, sendo atroz para a vida do caboclo humilde do estado". Além disso, frisou que "o instituto tem missão mais nobre a cumprir".

O senador pelo Amazonas declarou ainda que "são gestos como esses que fazem do Ibama uma entidade pouco apreciada no estado, pois ela funciona como se fosse uma falange fascista". Por meio de apartes, ele recebeu o apoio dos senadores Jefferson Praia (PDT-AM), Cristovam Buarque (PDT-DF), José Agripino (DEM-RN), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Ponto posítivo para o Sr. Arthur Virgílio! Queria ver se a cobra tivesse matado o sujeito. O fiscal ia lá obrigá-la a pagar multa? E quanto vale a vida de um ser humano comum para os fisciais dos diversos órgãos públicos de nosso país?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Menina de Doze Anos - Poeta Marximino Bezerra


Os Estatutos do Homem - Thiago de Mello

Artigo I

Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II

Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III

Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV

Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único: O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino.

Artigo V

Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.

Artigo VI

Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII

Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII

Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX

Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X

Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.

Artigo XI

Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII

Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.

Artigo XIII

Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.

Artigo Final

Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.

Santiago do Chile, abril de 1964

domingo, 8 de novembro de 2009

Venturosa

Venturosa cidade de interior.
Não que o progresso não tenha chegado,
já temos “asfalto”, internet, celular
e muita confusão,
nosso comércio cresce
junto com a população,
tanta casa reformada,
tantas em construção.
Venturosa
que uns dizem ter nascido de uma fazenda,
outras de um lugar de pouso,
Venturosa
fruto da fé e do trabalho do povo.
Venturosa é poesia,
como os cabelos de Maria,
a balançar pelo vento,
bonita como a morena faceira,
feliz e dançadeira,
fonte de contentamento.
Mas Venturosa
Para onde vai nesse caminho
Perdendo tua razão?
Teu Ipanema era antes um sorriso,
agora é preocupação,
pois Venturosa cresce,
mas não sem complicação.
O Ipanema
morrendo vítima do descaso,
o povo que joga lixo,
o esgoto poluído,
envenenando tuas águas,
tornando-as pretas como um tacho.
Rio dos bois e Campo Grande
vão no mesmo caminho,
não há preocupação,
a água vai se poluindo.
Não percebe a população
a construção de um cruel destino?
A Ingazeira afamada,
barragem infinda.
Com o desmatamento dos leitos
dos rios está quase entupida!
E nossa Pedra Furada?
Cenário de deslumbramento,
beleza sem igual!
Pelo descaso da nossa gente,
coberta com tinta e cal!
Pinturas dos nossos antepassados,
milhares de anos de passado,
coberta sem compaixão,
e no lugar da história,
um monte de pichação!
Nossas festas tão belas
caindo no esquecimento.
Abandonamos o pastoril,
a Paixão de Cristo,
para festejar no cimento,
ouvir música safada,
ver dançarina quase pelada
e esquecer a tradição.
Pouco a pouco somem as fogueiras,
deixamos de dançar quadrilha,
assar milho na brasa,
as velhas simpatias,
pra saber se casa ou não,
escolhemos o “progresso”
esbagaçando nosso coração!
O filho não pede a benção
A mulher não respeita o marido
Até o mais simples namoro
Tem de ser colorido
Quanto mais a mostra
Se diz mais bonito

Onde está a poesia?
A cantoria de pé-de-parede?
Esquecemos de como é gostoso
Dormir numa rede
Jantar na mesa grande
Na maior união
Hoje se como em pé
Ou no quarto
Cada um pro seu lado
Todo mundo de frente pra televisão
Foram embora as serenatas
Cabelos amarrado em fita
Foi-se o tempo do cinema
Das serestas do clubinho
De andar de mão dada
Roubar beijo rapidinho
Guardando no coração
Agora é festa na quadra
Avião, saia rodada
E só a pegação

Tenho saudade do tempo
Em que sonhar era possível
De correr na chuva
Tomar banho de rio
De ver a rua enfeitada
Fogueira em frente da calçada
Quadrilha, pastoril
Do leilão, da cavalhada
Dos jogos no campo do Vec
Das corridas de prado no domingo
Como eras arrumada
Igual a namorada
Nos dias de cheiro em flor
Venturosa adorada
Cidade do meu amor
Desejo que cresças sem medida
Tenha progresso e oportunidade
Mas que cresças da forma certa
Sem perder tua identidade
Pois um progresso sem consciência
Que destrói a tradição
Gera violência
Pobreza e corrupção
Cresça em sabedoria
Se tornando melhor cidade
Cresce em conseqüência
Da tua maturidade
Não esquece das coisas simples
Do que te fez cidade!

sábado, 7 de novembro de 2009

Simbora pro passado ou me torne a esperança

Desculpe o erro de português
Meus leitores intelectuais
Mas prefiro o matutês
Para palavras rimais

Quero ir para o passado
Já que lá era mais fácil
Nada era complicado
Era cheiro a afago
Riso e colo macio

Quero o passado de volta
A brincadeira de criança
Assoviar, brincar de roda
Andar de cavalo de pau
Pintar de verde a esperança

Quero o abraço de vovó
Brincar de bacondê
Barra bendeira
Anel e fita
Quero o beijo de Anita
Primeiro e derradeiro
Festa de aniversário
Lamber colher de brigadeiro

Quero o sete de setembro
Meias brancas e sapatilhas
As fanfarras na rua
Em junho as quadrilhas
Quero retroceder no tempo
Andar em lombo de jumento
Achando que é cavalo
Quero correr de braços abertos
Voando sem sair do chão
Quero de volta a inocência
Que teimam em tirar do meu coração

Talvez não seja seguro voltar
Porque vou querer descometer
Os erros que cometi
E se não tivesse errado até doer
Não poderia dizer que aprendi
Então vencendo a saudade
Não quero mais tornar a ser criança
Que eu permaneça com essa idade
Mas só me torne a esperança.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

SONETO DO AMIGO

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

ÉTICA É FUNDAMENTAL



Parafraseando o imortal poeta Vinicius de Moraes, que versou sobre a necessidade da beleza na vida, inicio esse artigo solicitando que aqueles que não concordam me perdoem, mas na política ética é fundamental.
A discussão sobre ética e política não é nova. Desde os fundamentos da ciência política, Maquiavel afirmou que “os fins justificariam os meios”. Outros pensadores lançaram outras pedras no alicerce do pensamento político. Montesquieu defendeu a tripartição dos poderes em três esferas harmônicas e independentes entre si. O filósofo havia entendido que “apenas o poder limita o poder”. Jean-Jacques Rousseau, já no século dezoito afirmou que “a soberania reside no povo”, soberania essa que expressaria a vontade da maioria por meio do voto.
Muitas revoluções ocorreram e muito sangue foi derramado ao longo dos séculos para que os Estados se transformassem em democracias e que o povo pudesse expressar sua vontade. A história da nossa América Latina é marcada por lutas contra as mais diversas opressões. As ditaduras foram vencidas e o povo foi as ruas pelo sagrado direito de decidir sua vida e sua história. O Brasil foi palco de movimentos estudantis, movimentos pela reforma agrária e pelo voto direto para a escolha do presidente. O povo brasileiro marchou junto, de cara pintada, para depor um presidente corrupto, e num só sentimento sentiu a felicidade da vitória.
Já se passaram alguns anos, desde que saímos as ruas para exigir uma postura ética de nossos políticos. Os casos de desvios, fraudes, mau uso do dinheiro público e os infelizes exemplos de vários homens públicos que usaram de sua influência para assegurar vantagens pessoais ou favorecer a quem bem desejaram, de políticos que confundiram o público com o privado, que enriqueceram ilicitamente e que são acusados ou culpados de graves atentados contra a vida parecem ter minado nossa capacidade de indignação. É como que tudo fosse permitido porque sempre foi assim!
A Igreja Católica tem uma bela caminhada ao lado dos movimentos populares, tendo na voz dos seus mártires e profetas modernos o anúncio do Reino de Deus, que deve ser vivido, mesmo que de forma embrionária, já neste mundo. Os muitos justos que animados pelo mesmo Espírito de verdade e justiça que animou Hélder, Romero, Stang, e tantos outros deram suas vidas por sonhar os mesmos sonhos de libertação. É nossa responsabilidade legar ao mundo não uma ideologia evangélica, mas a prática concreta do evangelho anunciado por Jesus.
Nós cristãos temos um compromisso com o Reino, somos servos e servas do Deus da vida, libertador dos oprimidos e que deseja que todos e todas tenham vida, e vida em plenitude.
Sonhar os mesmos sonhos de Jesus exige de nós uma postura ética condizente com os valores do Reino. O modelo de sociedade injusto adotado para assegurar o crescimento econômico incentivando o consumismo, a concorrência desleal e o lucro sem medidas têm gerado graves problemas sociais. O pragmatismo do nosso povo tem permitido a ascensão de políticos pragmáticos e demagogos, defensores de suas próprias causas e dos desejos daqueles que financiam suas campanhas. Políticos que esquecem representar o povo e aprovam leis que vão de encontro à vontade popular, e que algumas vezes, chegam a prejudicar o povo, suprimindo seus direitos.
É chegada a hora de mais uma vez caminharmos juntos e exigirmos uma nova postura daqueles que são eleitos pela vontade majoritária do nosso povo. É hora de dar um basta no círculo vicioso da manipulação de divisas públicas e do empobrecimento das massas para assegurar os privilégios ofertados a uma minoria.
Um importante passo já foi dado. O projeto de lei que exige do candidato uma ficha limpa para disputar um cargo eletivo é um início tímido, mas é um início! A CNBB inicia essa jornada com o apoio da sociedade civil e nós, leigos e leigas, devemos fazer a nossa parte. Há um adágio popular que afirma que “cada povo tem o governo que merece”. Nosso povo merece governos justos. Nossas crianças merecem escolas com merenda de qualidade e professores capacitados, nossos jovens merecem condições de ingressarem no mercado de trabalho, mas não só isso, pois nem só de pão vive o homem. A juventude merece condições de desenvolver plenamente suas capacidades físicas, intelectuais e espirituais, sendo respeitada na beleza de sua diversidade. Nossos idosos e doentes merecem gozar de um serviço de saúde que realmente atenda as suas necessidades e não apenas combata,e de forma precária, os sintomas das várias doenças que nossa sociedade é acometida. Um candidato que não esteja sendo processado por uma má administração ou crimes de natureza política é o mínimo que todo o nosso povo merece.
Mesmo em meio as dificuldades encontradas, “nós, que somos Igreja, “devemos caminhar com a certeza que vai raiar o dia em que o povo dançará de alegria sobre os escombros da tirania e da opressão”.
Colaboremos então com o abaixo assinado a favor dos candidatos ficha-limpa, sabendo que este é apenas um primeiro passo tímido, e audacioso, de uma longa e necessária caminhada para a construção de um Reino de paz, justiça e amor.
Emerson Luiz Galindo Almeida - Professor especialista em programação do Ensino de História e membro da Equipe Diocesana de Coordenação de Pastoral.