domingo, 22 de novembro de 2009

O SEMEADOR DE SONHOS




Andou sozinho por muito tempo e aprendeu a ouvir com atenção aquilo que os outros diziam. Não que ele fosse ausente de palavras, mas soube que havia um motivo quando Deus dotou o ser humano de um par de orelhas e apenas uma boca. Ele ouviu e aprendeu, e enquanto caminhou sozinho, conheceu a si mesmo e ao mundo que o cercava. Houve dias em que a solidão pesou como uma rocha contra seu peito, noutros, era a liberdade que precisava para curar suas feridas. E foi assim até que pode iniciar a semeadura.
Por onde andou falou a linguagem que aprendera com o seu coração e o coração da humanidade. Falou de perdão e de amor, da possibilidade de um mundo fraterno e justo, da igualdade inerente a cada ser da espécie humana, grande e amada família de Deus.
Seus sonhos eram os sonhos da aurora da criação. Por onde passou procurou motivar virtudes e nunca se prendeu a normas e preconceitos. Onde muitos acusavam ele compreendia e exortava, onde muitos tentavam construir prisões ele abria portas e construía pontes.
Não buscou a glória, não se corrompeu nem se eximiu do anuncio do seu sonho de amor e liberdade. E por viver plenamente a vida, denunciar as injustiças e semear o mais belo sonho já nutrido à humanidade, foi silenciado ao custo de sua vida.
Sua mensagem venceu a morte e atravessou dois milênios. Não deixemos que se perca em nosso egoísmo.

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