segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Em Caruaru, vereadores envolvidos em escândalo tentam voltar para suas atividades

 / Arquivo JC

Arquivo JC

Apesar de já terem obtido uma liminar na Justiça determinando o retorno das atividades, os vereadores envolvidos na Operação Ponto Final, em Caruaru, vão tentar mais uma vez derrubar o afastamento de 180 dias determinado pela Vara da Fazenda Pública do município. Um dos advogados do grupo, Marcelo Cumaru, contou que vai protocolar no Fórum da cidade um pedido de apelação para que a medida seja revisada.

Os advogados já obtiveram na Justiça o deferimento de um pedido de liminar referente à medida cautelar da 4ª Vara Criminal de Caruaru, que determinou o afastamento imediato dos vereadores logo após o caso vir à tona, em 18 de dezembro. Em seguida, a Vara da Fazenda pediu o afastamento de 180 dias. Os advogados dos vereadores recorreram das duas decisões, que estavam sendo analisadas por desembargadores diferentes do Tribunal de Justiça.

Um mês após a prisão do grupo, o desembargador Fausto Campos, responsável por analisar o pedido de afastamento temporário determinou o retorno dos vereadores à Câmara Municipal. No entanto, o juiz da Vara da Fazenda Pública, José Fernando Santos Souza, informou que sua decisão sobre o afastamento de 180 dias estava mantida. Por conta disso, o retorno dos parlamentares ainda não foi possível.

“Vamos entrar com a apelação na Vara da Fazenda para que eles retornem às atividades. Os envolvidos no caso do mensalão foram afastados agora, depois de oito anos, depois que foram julgados na última instância. Esse afastamento é uma desnecessidade”, afirmou Marcelo Cumaru. O advogado também questionou o pedido de prisão decretado, na última quinta-feira, contra cinco, dos dez vereadores acusados.

Na semana passada, a Polícia Civil prendeu dois – Evandro Silva (PMDB) e Val das Rendeiras (PMN) –, dos cinco vereadores. Até o início da noite de ontem, os outros três – Neto (PMN), Val (DEM) e Pastor Jadiel (PROS) – ainda estavam foragidos, segundo informou o delegado responsável pela operação, Erick Lessa. O Disque Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 2 mil para quem tiver informações dos vereadores. A defesa já entrou com pedido habeas corpus e espera que a solicitação seja analisada hoje ou amanhã.

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