terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A nova política de Eduardo Campos nasceu mofada

A primeira pesquisa de opinião pública sobre as eleições presidenciais apresentam a estagnação de Dilma e Eduardo Campos. Ela permanece em sua zona de conforto, 43% dos votos. Eduardo ainda patina próximo aos 10% (9,9). A que se deve isso? Primeiramente à incapacidade das oposições de traduzirem a mudança que o brasileiro deseja para esse país.

Aécio Neves representa o velho confronto polarizado com o PT, a recessão dos governos FHC, a fala das elites e o distanciamento das camadas populares. 

Eduardo Campos é a esquerda mais à direita que o país já viu. É desconhecido de boa parte do eleitorado brasileiro, era aliado do PT até poucos meses atrás e em busca de apresentar uma nova política tem se aliado a setores tradicionais da oligarquia nacional. O fato político apresentado por Eduardo Campo foi sua aliança com Marina Silva. O discurso de Eduardo é mais arrojado que o de Aécio, sua forma de administrar, em alguns aspectos, é mais dinâmica, mas em outros reproduz a mesma truculência.

Junto a Eduardo Campos se aglomeram velhos coronéis, latifundiários e oligarcas antigos. Sua fala, embora apaixonada e até coerente, soa como um mais do mesmo que cansou o Brasil. O mais do mesmo que agrada banqueiros, ruralistas e setores da direita. O que Eduardo pode fazer de novo para a população mais pobre do Brasil? Ninguém sabe. 

O modelo de gestão de Dilma foi, a grosso modo, a continuidade do governo Lula, sem o carisma do ex-presidente, claro. Milhões da famílias viram seus filhos ingressarem em faculdades, puderam deixar o aluguel para ter sua casa própria e têm esperança que o país continua a avançar. Numa eleição onde a mudança não agrada a pesquisa registra o sentimento nacional: é melhor deixar como está

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