segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ARTIGO ESPECIAL SOBRE A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA NO BRASIL - Anderson Oliveira Silva

Após a repercussão de que o Senador Cristovam Buarque pretende liderar a política de legalização do uso de maconha no Brasil, convidei amigos que atuam nas mais diversas áreas para escreverem sobre o tema. O objetivo é informar e debater a partir de várias visões, permitindo aos leitores desse blog o acesso ao amplo argumento para que este possa fundamentar sua opinião.

O primeiro artigo é escrito por Anderson Oliveira Silva, servidor público do estado da Paraíba com formação superior em Biologia. 

Desejo a todos uma ótima leitura!

Emerson Luiz



Por quê legalizar o uso da maconha no Brasil?

O que poderia ser visto como positivo ou negativo para toda a nação em um ponto de vista atual e realista?

Anderson Oliveira Silva

                
Seguindo a “onda” do “vamos legalizar”, o Senador Cristovam Buarque quer liderar a marcha de legalização da Maconha (Cannabis sativa) no Brasil. Na América Latina o Uruguai aderiu recentemente à legalização (produção, distribuição e venda, sob controle do Estado). Na Europa tem-se a Holanda, Portugal, entre outros. Na América do Norte os Estados Unidos da América tem a abertura de compra da erva como medicamento. Em todos esses casos existe o controle do Estado. Se lá pode, por que no Brasil não?
                O ponto vai muito além do que a pergunta. Poder não seria o ponto a ser questionado, mas sim: deveria? Para um assunto como este deve-se olhar de um modo que englobe Saúde, Educação, Segurança, Economia, dentre outros. Não se trata apenas de permitir que a maconha seja utilizada por quem queira (mesmo tendo a proibição para menores, como no caso das drogas já legalizadas), mas sim em que pode afetar aos demais, assim como o uso do álcool e do cigarro o fazem.
                Do ponto de vista da saúde, já é comprovado que a marijuana tem o dobro de substâncias cancerígenas que o cigarro possui. Logo não é correta a afirmação que faria menos mal que o cigarro, principalmente se fosse possível o seu consumo diário. Também causa diminuição da produção de testosterona, bronquite, pode induzir um estado de amotivação e esquizofrenia. Por outro lado não se pode negar que o uso da planta é de relevância no tratamento de câncer e de pessoas infectadas pelo vírus HIV em estágio avançado, pois proporcionam um aumento do apetite (conhecido pelos usuários da maconha por “larica”). Notadamente nesses casos de tratamento, a utilização é para protelar a condição de vida do paciente, sendo usado em casos extremos dada a condição da concentração de substâncias nocivas da planta.
                Embora se possa ouvir relatos e mais relatos de pessoas bem sucedidas que sempre fizeram uso da referida droga, e que estas nunca foram afetadas negativamente por isso, tem-se também o relato diário da condição contrária. Não é condição necessária ser usuário da maconha e ser um fracassado, como também não é certeza de sucesso o seu uso. Um dos efeitos causados é a perda da memória recente, logo para um estudante pode não ser muito favorável o uso, ou até para alguém que necessite dessa com mais assiduidade. Claro que não se pode generalizar os efeitos, mas também não pode ser ignorado. Também, como o álcool, reduz reflexos, o que no trânsito, por exemplo, seria mas um agravante.
               

                


Há quem defenda a legalização por conta de diminuição do tráfico. Mas ao analisar bem esse ponto de vista, o que se faria relativo às outras drogas? Não abalaria tanto assim o tráfico, e também, no ponto de vista econômico (como por exemplo a aplicação de impostos, tendo o Estado controle sobre estes) apenas poderia ser tido como vantagem se os ganhos obtidos suprissem os males acarretados. Porém, a corrupção não o permitiria, haja vista que os impostos advindos com a venda de cigarros e de bebidas alcoólicas não supre as necessidades hospitalares que estes acarretam.

                Na atual realidade do País, o Brasil não apresenta ter um plano de reparo aos prejuízos que o uso da droga possa vir a causar. Sua legalização pode acarretar em danos aos usuários como também a que não fará uso, tais como as de uso permitido. Logo, legalizar faria uma nivelação pelo mais prejudicial. O uso da maconha pra tratamento de pacientes em caso terminal, ajudando-os assim a terem um aumento de vida para (com avanço da tecnologia) assim aumentar as chances de uma possível descoberta de cura, é algo bastante aceitável, pois o bem mais importante existente em nosso ordenamento jurídico é a vida. Em relação aos outros fatores, fica a pergunta: Atualmente, por que legalizar o uso da maconha no Brasil?

http://www.saudeemmovimento.com.br/profissionais/pesquisa/drogas/macolha.htm

Um comentário:

  1. concordo com todas as palavras ditas, o brasil realmente não está preparado para algo tão sério assim. legalizar a venda desta droga não é resolver o problema, é apenas um jeito de piora-lo e deixar de se preocupar cm ele. Parabéns pelo artigo, Anderson Oliveira

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