Pernambuco 247 - A proposta de criação do Conselho Municipal de Políticas Públicas para a População Lésbica, Gay, Bissexual e Transexual (LGBT) foi criticada pelo líder do PMDB na Câmara dos Vereadores do Recife, André Ferreira (PMDB). De acordo com o parlamentar, a criação do Conselho faria com que a militância homossexual “mamasse” no dinheiro público, criando mais despesas para o município. As críticas do vereador se referem principalmente ao artigo 9º do Projeto de Lei, encaminhado pelo vereador e correligionário Jayme Asfora (PMDB), que prevê que a Secretaria de Desenvolvimento Social forneça as condições para a implantação do Conselho, incluindo espaço e recursos financeiros.
“Direito eles já têm, já são reconhecidos. Agora, eles querem dinheiro, privilégios, dinheiro público, para ficar mamando aí e viajando, passeando e dizendo que está ligado ao movimento LGBT”, disparou Ferreira, que é um dos principais nomes da bancada evangélica na Casa, durante entrevista, nesta quinta-feira (13) à Rádio JC News. “Existe um pequeno grupo de ativistas que vive na teta do governo, querendo ganhar dinheiro do governo pra fazer esses movimentos”, acrescentou.
Ferreira afirmou que discursará pesadamente contra o projeto na próxima segunda-feira (17), uma vez que a bancada evangélica possui 11 votos e tem se posicionado contra a criação do Conselho. “Hoje nós temos o Conselho da Criança e do Adolescente e outros conselhos tão mais importantes que não têm o privilégio que esse conselho vai ter”, disparou o peemedebista. "Vamos destinar dinheiro público, dinheiro nosso, pra esse pessoal ficar fazendo festa, ficar se movimentando e viajando! Esse projeto como está aí é ruim para a sociedade", criticou.
Jayme Asfora negou que os homossexuais tenham os mesmos direitos dos heterossexuais, apesar de terem os mesmos deveres. “Eles pagam o mesmo IPTU, têm os mesmos deveres, mas não são tão bem atendidos quando procuram um serviço público”, afirmou. “É o avanço da igualdade, da liberdade”, defendeu o parlamentar. Caso seja criado, o Conselho terá dez representantes da sociedade civil e outros dez membros da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR).
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