domingo, 16 de fevereiro de 2014

REFLEXÃO DE DOMINGO

Jesus a seus discípulos: 20“Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. (Mt 5,20)

Os fariseus cultuavam uma fé exterior, cheia de preceitos e leis e orgulhavam-se em cumprir com todos eles, mas em seu interior muitos eram cruéis, gananciosos e invejosos, tanto que o próprio Jesus certa vez os chamou de "serpentes". Os Mestres dos fariseus muitas vezes obrigavam os mais simples a cumprirem com tradições extremamente difíceis enquanto estes não as obedeciam ou simplesmente as ignoravam, "sepulcros caiados, belos por fora e podres por dentro". E quando a necessidade de alguém se colocava no caminho dessa tradição mais humana que divina, estes defendiam o cumprimento da lei que seguiam.

Jesus colocou o homem no centro do plano salvífico de Deus. "Deus faz o sábado para o homem", a Lei podia ser resumida em "Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo". Jesus nos ensinou a perfeita Lei, a lei do amor que nos permite a liberdade e a justiça e que se opõe ao legalismo sem misericórdia dos fariseus.

Quando Jesus nos fala que se nossa justiça não for maior que a dos mestres da lei e a dos fariseus ele nos diz claramente que devemos viver o que professamos, deixar que o seu Santo Espírito habite em nós e nos transforme em novas criaturas, filhos e filhas de Deus. "Os demônios também creem", disse.

A fé e a prática devem caminhar juntas, uma dará testemunho da outra. Devemos nos abster em julgar, para não sermos hipócritas como os fariseus que mandavam que se tirasse "o cisco no olho do irmão sem a ver a trava que estava no deles", que "filtravam um pelo e deixavam passar um camelo".

Muitas vezes fazemos isso em nossa vida pessoal. Os defeitos e falhas dos outros nos parecem enormes, imperdoáveis, enquanto os nossos são escondidos e quando descobertos, procuramos sempre algo ou alguém para culpar por nossas transgressões. Nosso julgamento é distorcido e, talvez por instinto, se adeque ao que desejamos mais do que a verdadeira justiça.

Muitas vezes não percebemos que a ostentação, o luxo e o amor ao dinheiro são pecados graves, as vezes gerando a idolatria, pois o acúmulo de riquezas acaba sendo o centro da vida, tomando o lugar de Deus.

"A mesa tão grande vazia de amor e da paz. Aonde há o luxo de alguns, alegria não há jamais", disse o poeta.

Deus nos convida à mudança, nos quer salvar a todos e iniciar já aqui o se Reino de justiça. Ele depende de nossa escolha para isso.

Vamos refletir sempre sobre nossos atos e nossas palavras diante da luz do Evangelho de Jesus.

Que nossa justiça possa se espelhar naquela praticada pelo Filho de Deus.

E que nossa conversão seja um processo diário, uma luta, um "bom combate na fé".

Uma semana abençoada a todos e que Deus permaneça sempre conosco.

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