quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conselhos de quem se vai

Estou chegando ao fim da minha vida e é necessário não deixar assuntos pendentes. Sei que ainda continuarei a existir na memória de muitos por algum tempo. Ao falarem de mim será inevitável o uso das palavras “bom” e “mau”. Mas o que posso fazer? Ninguém, por mais que se esforce, consegue agradar a todos. Esforcei-me para realizar coisas grandiosas, resolver problemas, apontar soluções, mas descobri que uma vida é curta e que o tempo passa depressa.


Nessa carta testamento (desculpe, mas não vejo outro modo de chamá-la) tenho para legar alguns conselhos:

• Tenha metas em sua vida, mas não deixe que elas ditem rigorosamente o seu modo de viver. É importante saber aonde se quer chegar, e às vezes reconhecer que não se precisa ir até onde se quer para ser feliz.

• Reconheça que o tempo é injusto: não para nem retrocede.

• Reconheça que o tempo é cruel: parece mais lento quando sofremos e rápido demais quando estamos felizes.

• Saiba ver o hoje como ele é: um presente! Administre seu tempo, ganhe dinheiro e não deixe que ele ganhe você. Dê conforto a sua família mas não pense que isso substitui a necessidade que ela tem de você.

• Consuma menos, durma mais, caminhe e se possível admire uma paisagem que ache bonita. Precisamos sentir que vivemos para valorizar o milagre que é nossa existência.

• Ame sem muitas restrições. Verdadeiros amores são raros demais para se perderem em nossos preconceitos estéticos, econômicos, religiosos e raciais.

• Seja um ótimo amigo e terá bons amigos. Não seja amigo de ninguém e cultive a semente da solidão que te fará ainda mais triste em datas especiais e nas noites de inverno.

• Pare um tempo e reflita sobre quem é você. É preciso se conhecer para compreender os outros e o espaço que ocupamos no mundo.

• Sorria, chore, cante, dance e ame na ordem que te fizer feliz. Não há modelos pré fabricados e não aceite que ninguém (principalmente eu) queira dizer como você deve ser feliz. Mas aceite uma verdade: você pode e deve ser feliz.



Por fim, quero deixar a você meu bem mais precioso: meu filho. Ele nascerá no instante da minha morte. Embora possua possibilidades gigantescas ele precisará de todo o apoio para se tornar o que pode ser. Não estarei mais presente para acompanhar seu crescimento, mas você pode fazer dele aquilo que desejar. Confio que tirará coisas boas do bom tesouro do seu coração e saberá espalhar felicidade para sentir-se feliz.

Que Deus o abençoe e o ilumine nessa tarefa, pois Dois Mil e Onze depende apenas de você!

Fraternalmente,

Dois Mil e Dez

Autor: Emerson Luiz Galindo Almeida

retrospectiva 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

RUMO A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE



Secretário gaúcho defende prova para avaliar professores

Governo do RS coordena mais de 2.600 escolas, com 1,2 milhão de estudantes

Letícia Casado, do R7

Para o secretário de Educação do Rio Grande do Sul, Ervino Deon, novo governo deveria criar avaliação para professores do Estado
O novo governo do Rio Grande do Sul, que será encabeçado pelo PT (Partido dos Trabalhadores) em 2011, terá como desafio melhorar a qualidade do sistema de ensino, que já teve o acesso universalizado. A avaliação é do atual secretário da Educação gaúcho, Ervino Deon. Ele concedeu entrevista ao R7 sobre os desafios no Estado.
É necessário que haja um "pacto político" para a evolução na educação, afirma o secretário. Todos os setores - sindicatos, professores, governantes e partidos - deveriam criar uma agenda mínima na área.
Deon também considera que é importante criar uma prova nos moldes da adotada pelo Estado de São Paulo, que avaliar o desempenho dos professores. Os mais bem colocados deveriam receber benefícios, como bônus salarial, na opinião do secretário.
Hoje, 2.600 escolas públicas são comandadas pelo governo gaúcho. Nelas, estudam 1,2 milhão de alunos.
R7 - Qual o desafio para o próximo governo na área da educação?
Ervino - O grande desafio é melhorar a qualidade do sistema de ensino. Não há dificuldade em número de ofertas de vagas. Mas também é preciso fazer mudanças estruturais no sistema: pensar em novos concursos para professores, em plano de carreira e no piso salarial. É preciso mexer no que está aí para dar mais benefícios aos alunos.
Temos que atender a classe dos professores, mas os interesses deles precisam estar casados com o interesse da sociedade. Há menos de 20 anos havia 50%, 55% de criancas fora da sala de aula, em todo o país. Foi feita a busca pela universalização, conseguimos maior adesão e jogamos todo mundo dentro da escola. Agora, precisamos melhorar a qualidade do que temos [nos colégios].
R7 - O RS teve impasses com a realização de concursos para professores, durante a gestão Yeda Crusius?

Ervino - É preciso encontrar um caminho para premiar os melhores. Tivemos que cancelar o concurso de 2006, e depois não fizemos mais. O corporativismo está na escola, e é preciso ter atenção com a avaliação do estágio probatório. É necessário que haja mudanças, e isso só será possível com um pacto político.
Além disso, o concurso em si não dá orientação de quem é o melhor em cada área. Seria necessário fazer provas específicas de cada matéria.
R7 - E por que isso não foi feito na sua gestão? Por exemplo, uma mudança no edital dos concursos?
Ervino: O sindicato dos professores é muito forte no Rio Grande do Sul. E a oposição também. Não houve apoio. Fazer apenas um concurso para selecionar docentes é muito simples: é montar um edital e pronto. Por isso não se fez no ano passado [uma prova para avaliar os professores].

Vai chegar o momento de ser feito, e espero que o [novo] governo consiga promover mudanças. A avaliação do professor tem que ser implantada, senão nivela por baixo, acomoda o professorado.
R7 - Um modelo de avaliação como o de SP?
Ervino: Isso mesmo. Se não implantar a gratificação por desempenho, que premia quem mais se preocupa em ensinar bem, não vamos avançar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

COM INFLAÇÃO EM ALTA GOVERNO COMEMORA NOVAS CÉDULAS DE REAL

Reprodução / Banco Central
Primeiros modelos a circular serão de R$ 50 e R$ 100, informou BC; cerimônia marca lançamento da nova família do real nesta segunda (13)

Fonte: G1

O Banco Central informou nesta sexta-feira (10) que a segunda família de cédulas do real começará a circular na próxima segunda-feira (13). Os primeiros modelos em circulação serão as notas de R$ 50 e R$ 100.

As novas notas entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais, sendo que as cédulas atuais continuarão valendo e somente serão retiradas de circulação em decorrência do desgaste natural, informou o Banco Central. As novas notas custam cerca de 25% a mais do que os modelos antigos, segundo informações da autoridade monetária.

Na nova cédula de R$ 100, permanece a garoupa de um lado e a efígie da República, do outro. Na nota nota de R$ 50, continuam a onça pintada e efígie da República. Os animais, porém, estão na posição horizontal. No modelo atual, aparecem na posição vertical. As mudanças são tecnológicas e de design, mas o BC afirmou que todos os animais representados nas notas atuais continuarão a figurar nas novas versões.

Segundo a autoridade monetária, as novas cédulas também atenderão a uma demanda dos deficientes visuais, que tinham dificuldades em identificar os valores nas notas atualmente em circulação. "Com tamanhos diferenciados e marcas táteis em relevo aprimoradas em relação às atuais, a nova família de cédulas facilitará a vida dessa importante parcela da população", informou a instituição.

Quando foi anunciado o projeto da segunda família de cédulas do real, em fevereiro deste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que os novos modelos seguiriam um padrão internacional que dificultará a falsificação. Segundo disse ele na ocasião, os novos modelos de notas também auxiliam na "internacionalização" da moeda brasileira.