quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Do jeito que a coisa vai, oposição em Venturosa nunca será governo!


Conversando com amigos de Venturosa, inevitavelmente tocamos no assunto. Quis saber deles: "Como está a oposição?". 

Elogiaram a representatividade da maioria dos vereadores eleitos, mas acham que um já se prepara para abandonar o navio.

Sentem a falta do contato com suas lideranças, da presença delas em seu dia-a-dia. Mas quando perguntei sobre qual era o grande projeto da oposição para a cidade, ninguém soube responder! 

Como assim? Eu explico, não para os leitores, mas para nossos políticos. Um partido tem que se propor a fazer algo pela população, ele precisa de um projeto, de uma bandeira. Não basta apontar possíveis erros e criticar as falhas que ocorrem em um governo, é preciso traduzir em ações concretas o que o povo deseja e precisa.

É preciso, também, renovar o quadro de lideranças, dialogar com a juventude e formar novas forças vivas e dinâmicas. O povo de Venturosa deseja de seus representantes o contato direto e não promessas feitas de quatro em quatro anos.

Uma vez disse a pessoas próximas e entusiastas: "O problema desse grupo é que tem muito cacique e pouco índio". Muitos querem exercer liderança sem que para isso tenham se colocado à serviço, boicotam ideias que não foram dadas por eles, perseguem os que poderiam somar forças e são individualistas ao extremo. Não têm visão de conjunto e outra grande falha: não sabem acolher novas correntes em seu meio.

Considero os quase 43% dos votos alcançados no último pleito algo histórico, tendo em vista tudo o que expus acima. Hoje o partido vermelho, como é chamado em Venturosa, tem um quadro natural para a próxima eleição, representado por José Lemos, e uniu algumas de suas tendências, mas ainda falta todo o resto!

Tem gente perto dele que tem verdadeira compulsão por fotos no facebook. Se engana pensando que é respeitado politicamente por estar perto de algumas autoridades e está esquecendo dos aspectos mais importantes da vida política. Mas não rezar a missa para quem se acha mais sabido que o vigário.

O homem mais político de Venturosa trabalha de forma incessante e incansável desde o primeiro dia em que deixou o gabinete, visita eleitores e lideranças e frequenta as comunidades que o elegeram regularmente. Mostra que está aí, vivo e forte, e se puder disputar a eleição, estará lá de novo.

Ou a oposição de Venturosa aprende a fortalecer seus vínculos com sua base, dialogar com a juventude e construir um projeto viável para Venturosa ou vai viver nessa eterna briga interna, onde cada um enxerga apenas o seu lado e os seus desejos pessoais.

Vai virar o PT de Pernambuco. Sempre perdendo para ele mesmo!

Emerson Luiz


2 comentários:

  1. O problema é que do nosso lado (vermelho) ninguém faz nada e todo mundo quer aparecer, enquanto que no lado de lá (verde/amarelo) todos fazem alguma coisa, inclusive, tem gente que articula nos bastidores pra que tudo dê certo. Ninguém do nosso lado consegue ser "bastidores" porque todo mundo quer aparecer e ser o dono do partido. É a minha opinião. Não temos liderança. Eles tem.

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  2. O Partido Vermelho tem muita gente boa. Na Cãmara vemos Dedê, Nelcimar e João Henrique, por exemplo. Um professor como Cirzirnandes e jovens que querem algo diferente. Só que as lideranças tem que ver que tem de mudar seu jeito. Concordo com tudo o que foi dito.

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