O prefeito de Afogados da Ingazeira - no Sertão - e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e aliado de Eduardo Campos, José Patriota (PSB), teve o mandato cassado por decisão da juíza da 66ª zona eleitoral, Maria da Conceição Godoi, mas deve recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE).
A juíza decidiu também pela perda do mandato da vice-prefeita, Lúcia Moura (PTC), e do presidente da Câmara, vereador Augusto Martins (PTB). Os três são citados em uma ação movida pela ex-prefeita Giza Simões (PSDB) - que disputou a eleição 2012 e faleceu este ano, após um transplante de medula.
Giza denunciou a compra de votos pela campanha do adversário. O processo continuou sendo tocado pelo Ministério Público Eleitoral.
O caso começou quando uma mulher identificada apenas como Janaína foi detida no dia da eleição transportando eleitores sem autorização. No veículo, havia uma agenda com nomes de pessoas que teriam vendido seus votos aos três políticos citados na ação. "Dos seis eleitores que constavam na agenda e foram ouvidos na investigação, apenas dois disseram que receberam dinheiro, mas nenhuma citou Patriota, o vice ou Augusto Martins. Uma, aliás, disse que já ia votar em Patriota e outra disse que não votaria. Não há nada que vincule o prefeito à compra de votos", argumentou o advogado do socialista, Walber Agra.
Patriota se disse confiante de que o TRE-PE reformulará a determinação. (Com informações do JC online)
Infelizmente o que se assiste é comum em todos os municípios brasileiros, o que diferencia esse caso de tantos outros é o rigor do judiciário. Quando juízes e promotores esquecem que a justiça "é cega" acabam de forma desproporcional e auxiliando determinados grupos e pessoas. Provas cabais são desqualificadas e depoimentos de testemunhas oculares praticamente ignorados. O caso do mensalão gera polêmica, Dirceu foi julgado e condenado sem nenhuma prova concreta porque Joaquim Barbosa aceitou a tese do "domínio do fato", Dirceu tinha de saber do que ocorria! José Serra está sendo blindado no caso das propinas do metrô de São Paulo. Dois pesos e duas medidas. Já acompanhei julgamentos de políticos de perto e vi que nem sempre lei é justiça, muitas vezes ela depende da interpretação do magistrado. Não emito opinião sobre o caso de Patriota ou de qualquer outro prefeito, mas ficaria feliz em poder ver, nem que fosse por um dia, a lei ser aplicada de forma igual para todos.
Emerson Luiz
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