Não me recordo do nome do sujeito e
não me arrependo dessa gafe.
Vi o vídeo da Veja com um empresário
narcisista, um que faz tudo para aparecer e quando consegue diz não ser
compreendido e vítima de inveja.
No vídeo ele força um sorriso para
pronunciar essa palavra: Inveja.
Sou fã dos ditados populares.
Um amigo meu me brindou com esse: “Rico
só gosta de pobre para ser bajulado ou
invejado pelo que tem”.
Não quero generalizar, mas boa parte dos poucos que
conheci são assim mesmo. Também conheci pessoas que tem grandes posses e corações ainda maiores, mas elas não são regra, constituem raras e belas exceções.
Mas o pior não são os endinheirados que pensam como o “rei”
das baladas, que se diz capaz de gastar R$ 50.000 numa noite para estar rodeado
de mulheres bonitas. O pior são os que se deixam seduzir por esse mundo irreal
erguido em nome do deus consumo.
O pior tipo de
pessoas é formado por aquelas que desejam ostentar para aparecer, independente
de suas condições econômicas. Entre nós também existem os que compram celulares
caríssimos, roupas “de marca”, bebidas caras apenas para mostrar que podem
usufruir desses bens, mesmo que fiquem endividados por vários meses para isso.
Tenho pena dos súditos desse rei. Os que
desistiram de pensar, de sentir e de experimentar sentimentos verdadeiros à
medida que constroem relacionamentos verdadeiros.
E “rei” pergunta: “Quem não quer andar
num carro de luxo, estar bem vestido, rodeado de mulheres e com bebidas caras?”
Nunca se deve responder uma pergunta com outra, mas me permito essa
indelicadeza: “Quem não quer ser amado pelo que é e não pelo que tem, fazer
verdadeiras amizades e sentir-se feliz independente de estar na balada ou
deitado em sua cama se preparando para dormir”?
Se você está na turma da primeira
pergunta, peço que reveja suas prioridades.
Sei que não é fácil num mundo que é
educado por Pablo, Silvano Salles e o pessoal do camaro amarelo, mas a
felicidade não repousa em objetos ou aparências, ela é construída no decurso da
vida. Felicidade é um direito, mas antes disso é uma conquista.
Os ricos que se coroam “reis” desse
tipo de bobagem não estão preocupados para ajudar ninguém a resolver nada, não
moverão um dedo sequer para que alguém seja menos pobre.
Lembrem do ditado que citei.
Não sintam “inveja” do rei. Agora eu
tenho pena, mas caso assista o vídeo de novo terei nojo.
Emerson Luiz
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