quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Secretário de saúde fica no cargo, mas sonho de ser governador vai pelo ralo

Não vou questionar o ato  que suspendeu a decisão  do juiz Roberto Wanderley, que ordenava o afastamento do secretário de saúde Antônio Figueira do seu cargo, mas convivi tempo demais com políticos para aprender que justiça e aplicação da lei nem sempre se encaixam, principalmente no que diz respeito as nossas excelências.

O fato concreto é que Antônio Figueira fica no cargo, mesmo cabendo recurso da decisão.

Mas mesmo no cargo Figueira saiu perdendo. Ele era um dos nomes cotados por Eduardo Campos para sucedê-lo no governo do estado de Pernambuco. Campos via com bons olhos o trabalho de Figueira e muitos acreditam que ele poderia, de fato, ser a escolha do governador.

Agora ele sofreu um arranhão na imagem que poderá (e será) usado caso ele venha a concorrer ao Palácio do Campo das Princesas. Pelo desenrolar das coisas, em 2014 poderemos assistir uma disputa entre Armando Monteiro (PTB), Fernando B. Coelho (PSB) e João Paulo (PT) pelo comando do executivo. A pretensão do PT em lançar candidato próprio é legítima pela história de lutas do partido, não se pode questionar isso, mas estrategicamente pode ser a decisão errada. Caso o PT de Pernambuco seja pressionado pelo PT nacional, veremos outra catástrofe, como foi o caso da eleição do Recife. 

Parece que o Partido dos Trabalhadores adora ser derrotado por ele mesmo. Seria bom que os petistas procurassem ler Maquiavel e Sun Tzu. 

Esse conselho também vale para os grupos de oposição de Venturosa.

Emerson Luiz

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