domingo, 17 de novembro de 2013

Henrique Pizzolato: Fugiu da condenação ou foi em busca de um julgamento justo?

Hoje a mídia nativa taxa o ex presidente do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, como um criminoso em fuga e que deve ser perseguido pela Interpol em solo italiano. Condenado junto com o ex ministro José Dirceu e o ex presidente do PT, José Genoíno, na ação penal 470, nacionalmente conhecido como "mensalão", Henrique Pizzolato viajou para a Itália antes que a justiça decretasse sua prisão. Como tem dupla cidadania ele espera encontrar um julgamento justo na Europa.

Como assim um julgamento justo? Será a pergunta de muitos. Esse blog defende mensaleiros? De forma alguma. Mas acredito que a justiça deve ser imparcial. Não foram exibidas provas concretas do envolvimento de muitos dos condenados pela Ação Penal 470, a tese do domínio do fato utilizada por Barbosa foi questionada por grandes juristas do país, a pressão midiática e egocentrismo de alguns ministros atuaram para que esse julgamento fosse transformado em um espetáculo para os olhos incautos. Muitos se sentem vingados por verem que poderosos podem ser presos, mas há os "furos" no processo, na execução das penas que mais pareceu um show pago pela globo (em minúsculo como protesto) que a ação da justiça brasileira. José Dirceu foi condenado a cumprir regime semiaberto e está trancado há dois, sendo privado de direitos pelo próprio STF.

Dirceu, Genoíno e outros foram presos antes da apreciação dos embargos infringentes e foram criminalizados pela imprensa brasileira nos últimos anos, imprensa essa que emprega o filho de um dos magistrados do Supremo. Pode se negar que estes réus já foram julgados e condenados previamente pelos formadores de opinião? Pode se negar que casos semelhantes são encobertos pela mesma imprensa e ignorados pelo mesmo Supremo? Onde estão os condenados do Mensalão Mineiro? O escândalo no metrô de São Paulo continua aí, e os principais suspeitos, Serra e Alckmin, continuam imunes a críticas.

A condenação de Pizzolato no caso “mensalão” é fortemente contestada por vários do Judiciário. Ele foi sentenciado pela acusação de ter desviado R$73 milhões do Banco do Brasil, mas uma auditoria da própria instituição demonstrou que esses recursos não saíram dos cofres públicos, mas que pertenciam a uma empresa privada, a Visanet.

O processo negou aos envolvidos um segundo grau de jurisdição, já que foi julgado pelo próprio Supremo. O detalhe na questão de Pizzolato é que ele não possuía mandato.

Henrique Pizzolato afirma não ter fugido da justiça. ao contrário, diz ter ido procurá-la.

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