Quem informa é o JC dessa terça-feira:
Numa palestra permeada por clichês e frases de efeito – “é preciso acabar com a política de longo prazo, para alongar o prazo dos políticos” –, a ex-senadora Marina Silva saiu do auditório da Faculdade de Administração da Universidade de Pernambuco (UPE), na noite desta segunda (14), sem responder uma única pergunta dos estudantes. Antes dela, falou o aliado Sérgio Xavier.
Falando, na palestra, sobre o que define como crise civilizatória, a ex-senadora pontuou como os maiores problemas do mundo atualmente a falta de princípios éticos, as dificuldades sociais, econômicas e ambientais com “uma crise profunda de valores”.
“A transformação que o mundo precisa não é algo que pode ser feito por uma pessoa, um partido ou um grupo. Precisamos fazer tudo ao mesmo tempo, agora”, disse ela lançando mão de um trecho da música dos Titãs.
Quem te viu quem te vê, Marina!
No mundo acadêmico é um ritual quase litúrgico que o palestrante responda as perguntas dos estudantes e professores que o assistem e ouvem com atenção (e educação) suas ideias. No meio dessa crise ética Marina dá um exemplo de sua atuação política. "Suas perguntas não importam enquanto não forem fabricadas por nós". Do que ela tinha medo em meio a universitários? Ficar numa saia justa? Ser questionada sobre os financiadores do projeto do PSB, das alianças que precisarão ser forjadas para que tenham chance de concorrer com Dilma, de sua mudança de postura em relação ao agronegócio?
A transformação que o mundo precisa, Marina, tem que ser feita com gestos concretos, não com palavras desprovidas de ação. Lembro de Luíza Erundina que desfez a chapa com Haddad quando Lula errou ao pedir o apoio de Maluf. Os princípios dela vinham em primeiro plano.
Fui um dos apoiadores da REDE que acreditava na nova política de Marina. Hoje seria um dos estudantes que ela desrespeita e não deixa que a questionem sobre nada.
É, Marina, você se pintou!
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