NO Evangelho deste domingo (Lc 18,1-8) Jesus nos lembra que é preciso orar sempre para estar em comunhão com Deus. Ele nos conta a parábola de um juiz injusto que não teme nem a Deus nem aos homens, mas que é importunado constantemente por uma senhora que lhe pede justiça à sua causa. Essa senhora era viúva. As viúvas são mostradas na Bíblia como mulheres frágeis e que não devem ser perseguidas ou injustiçadas, elas são semelhantes aos órfãos na cultura hebraica.
O juiz não podia ser cruel com a viúva e sua insistência acabou por irritá-lo tanto que ele cedeu as suas súplicas.
"Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5 Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!’”
E JESUS NOS INTERPELA: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7 E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?
Não fará Deus justiça a seus filhos que clamam por ele dia e noite? Não há outra forma de se aproximar de Deus senão pela oração, pela busca de seguir seus caminhos, pensar seus pensamentos e sonhar os seus sonhos. Quem ora é como quem edifica a casa sobre a rocha, se torna capaz de resistir as tempestades. É prudente como a virgem que não deixou faltar óleo em sua lâmpada na espera da chegada do cortejo do noivo e fiel como o servo que multiplicou os talentos na espera do retorno do seu Senhor.
A ciência já prova que orar faz bem, que muda a frequência de nossos pensamentos e contribui para a cura e a recuperação de diversos quadros clínicos. Vidas são transformadas pela força da oração, histórias são modificadas. A mãe de Santo Agostinho chorou e rezou por ele anos a fio até alcançar a sua conversão. Deus é pai e um justo juiz que deseja fazer justiça aos seus filhos. A fé nos coloca em contato com Deus e influi no curso de nossa existência.
O próprio Jesus nos ensinou que a fé pode transportar montanhas, ou seja, nenhum obstáculo é impossível de ser superado quando temos fé. Mas é ele mesmo que encerra sua reflexão com uma pergunta contundente:
8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”
Guardaremos a fé? Não essa fé de mercado que muitos têm, uma fé elitista, preconceituosa, desumana que busca a benção e não o Deus da benção. Uma fé cega e distorcida onde só se é filho de Deus com posses, carros, salários altíssimos e ostentação de riqueza como sinal de benção. Falo da fé evangélica, da partilha, da comunhão, do acolhimento e da atitude de amar o próximo como a si mesmo, pois nele também está Deus. Essa é a fé que devemos crer e exercer. Jesus nos encontrará com ela quando vier a nós?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Informando com responsabilidade. Numa democracia é importante poder debater notícia e ter opinião!