A mídia tem das suas. Escolhe o que vira notícia e aponta a direção para onde acha que leitores, ouvintes ou telespectadores devem direcionar seus pensamentos.
O Jornal do Commercio, de Pernambuco, não foge a essa regra.
Estampou em suas capaz que Eduardo tem mais que Dilma. Em letras pequenas apontou que era aprovação de governo. Mas os grandes números da capa sugeriam que ele batia em intenções de voto.
Hoje o mesmo jornal distorce declarações do ex-presidente Lula , que disse admirar a postura de Sarney em relação a constituinte. Sarney era presidente na época da elaboração da Constituição e não atrapalhou os trabalhos nem tentou conduzir o processo. Lula elogiou a postura de Sarney e admitiu um mea culpa em relação ao radicalismo do PT na época. Coisa que só grandes homens conseguem fazer: elogiar acertos alheios e admitir os próprios erros.
Mas o JC, o mesmo que publica elogios à Eduardo Campos e a Fernando Bezerra Coelho, o mesmo que fecha os olhos para muitos dramas do estado de Pernambuco, compara a figura dos dois homens de forma grotesca numa charge. O jornal quer passar a imagem que Lula quer copiar o estilo político de Sarney.
Me pergunto porque o jornal não dá o mesmo tratamento a Marina e Eduardo e suas alianças. Ou os bornhausens, heráclitos, inocêncios e martins são diferentes dos sarney's em postura e visão de país?
Eduardo diz que 2014 só em 2014. Até parece.
Jornais no Brasil são um partido político à parte.
Quem quiser se iludir que se iluda.
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