domingo, 20 de outubro de 2013

EDUARDO CAMPOS A AS RAPOSAS QUE APOIAM SUA CANDIDATURA



A Reportagem é de Bruna Serra do Jornal do Commercio

Com articulações para montar palanques em todo o Brasil, o governador Eduardo Campos – antes ainda da união com a ex-senadora Marina Silva – teceu alianças com políticos que também estão nos moldes de sua descrição de “raposas”. Em Santa Catarina, seu mais novo parceiro é o ex-governador e ex-senador Jorge Bornhausen (ex-DEM). “Eu votarei nele se vier a ser candidato e tudo indica que sim.” Bornhausen está articulando para que seja no Sul do Brasil o lançamento da candidatura de Campos a presidente.

ex-senador Jorge Bornhausen (ex-DEM)
ex-ministro de Collor e apoiador da Ditadura
O ex-senador, que foi ministro no governo Fernando Collor, começou sua carreira nos idos de 70 militando na Arena. Em 1975 foi nomeado presidente do Banco do Estado de Santa Catarina pelo primo indicado governador biônico do governo Ernesto Geisel.

Recém-filiado ao PSB, outro nome que está adequado ao conceito de raposa é o do ex-senador Heráclito Fortes (ex-DEM), do Piauí. Exerceu seu primeiro mandato de deputado federal em 1978, portanto, há 35 anos. Heráclito Araripe de Sousa, seu avô, já atuava na política chegando a ser deputado estadual no Piauí, em 1935.

ex-senador Heráclito Fortes (ex-DEM), do Piauí.
Usando-se apenas a questão “idade”, outro que poderia entrar no conceito de “raposa” política seria o primeiro vice-presidente do PSB, Roberto Amaral. Bom articulador, o cearense desde os 17 anos atua na política, quando foi nomeado chefe de gabinete do governador Paulo Sarasati. Foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) entre 1961 e 1962 quando fazia parte dos quadros do PCB. Ajudou a refundar o PSB em 1985 e é um dos principais homens da articulação de Eduardo Campos no País.


Até a união com Marina Silva, o presidenciável vinha cortejando o ruralista Ronaldo Caiado (DEM). Ele é conhecido como radical na defesa dos interesses do agronegócio e teve papel importante no veto de diversos pontos do código florestal. Estava praticamente fechado a aliança Caiado-Eduardo em Goiás, mas o “fator Marina” – o ingresso da ex-senadora no PSB – barrou a aliança.

NOTAS DO BLOG

Essa é a cara da "nova política" de Eduardo Campos? Se for, seu combate às raposas parece ser traduzido por alimentá-las bem e mantê-las em suas vistas. A reportagem do Jornal do Commercio esqueceu de mencionar a aliança do governador com o clã dos Martins. Coisa que me causa estranheza é o Jornal ter esquecido da postura do governador durante 07 anos de mandato e só agora começar a expor o que todos em Pernambuco já sabiam. Sinal de novos tempos na liberdade de imprensa?

Ainda tenho mais três perguntas para os leitores do blog:

1 - Será que Marina vai dizer que não soube ou não concorda com as alianças "programáticas" de Eduardo Campos? 

2 - O acordo anunciado por vários blogs de colaboração entre PSB e PSDB num eventual segundo turno ainda vale?

3 - As elites vêem em Eduardo/Mariana a chance de voltarem ao poder. O país quer o "NOVO" modelo PSBDB?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Informando com responsabilidade. Numa democracia é importante poder debater notícia e ter opinião!