Naquela
tarde de 13 de março de 2013 estava em atitude de orante expectativa pela
fumaça branca da chaminé da Capela Sistina.
De repente ela apareceu: Habemus Papam! Entre a fumaça branca e o
anúncio do Papa muitos pensamentos passaram em minha cabeça: quem será? De onde
vem? O que pensa? Não importa é o sucessor de Pedro.
Finalmente
o Cardeal Frances Jean Louis Pierre Tauran faz o esperado anúncio: “Annuntio vobis
gaudium magnum, Habemus Papam, Eminentissimum ac reverendissimum Dominum,
Dominum Georgium Marium Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Bergoglio Qui sibi
nomen imposuit Francisco" (Anuncio-vos
uma grande alegria: temos o Papa! Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor, Senhor Jorge Mario Cardeal Bergoglio, da Santa Igreja
Romana, O qual se impôs o nome de Francisco).
Meu
Deus, um argentino? Ninguém Merece! Passado o susto, o Papa Francisco aparece e
de repente vejo resplandecer na sua figura o Papa João XXIII, o Papa bom. A sua simplicidade e o seu
sorriso lembrou de imediato o Papa João Paulo I, o Papa do sorriso que iluminou
a Igreja no curto período de 33 dias. Nesta hora elevei a Deus um Louvor
repleto de alegria e esperança: “um
grande profeta surgiu entre nós: Deus visitou o seu povo” (Lc 7,16).
As
primeiras palavras do Papa de imediato tocaram os corações tanto dos mais
religiosos quanto dos menos interessados em assuntos e vida de Igreja. É
inesquecível: “peço que rezem ao Senhor para que me
abençoe: a oração do povo, pedindo a bênção do seu bispo”; “Vocês
sabem que o dever de um conclave é dar um bispo a Roma. Parece que os meus
irmãos cardeais foram buscar-me quase até ao fim do mundo. Mas aqui estamos.
Agradeço a vossa hospitalidade. A comunidade diocesana de Roma já tem o seu
bispo. Obrigado”.
Neste primeiro
momento notamos que o Papa traz de volta o conceito já meio esquecido de que
antes de ser o Papa da Igreja Católica no mundo inteiro, ele é o Bispo da
Igreja de Roma aquela que preside na caridade e na comunhão as outras Igrejas.
Por isso é o Papa. Ao mesmo tempo em que pede aos seus diocesanos que rezem por
ele. É o relacionamento esponsal e paternal entre o Bispo e o povo, entre o
Pastor e as Ovelhas.
Tanto nas
audiências, homilias e visitas como a do Brasil na Jornada Mundial da Juventude
vemos que o Papa Francisco tem muito a dizer neste tempo avançado da História.
Para entender o Papa é importante olharmos a Biografia e a espiritualidade de
Francisco de Assis, João XXIII, João Paulo I e Dom Helder Câmara. Ah Helder! Se estivesses aqui com certeza abririas o braço,
naquele jeito característico, e dirias: “Deus
é Pai! Vela Por nós”! Com certeza apresentarias o Pacto das Catacumbas ao Papa e estarias com ele naquela oração
comovente a nossa Negra Mariama, Senhora Aparecida. Imagino como seria a tua
conversa com o Padre José.
Mas lá do Céu onde estás, chama o Papa João XXIII, João Paulo
I e São Francisco e soprem ao ouvido do Papa Francisco aqueles sonhos que vocês
tiveram e que o Espírito Santo com certeza também colocou no coração dele.
Rezemos
pelo Papa. Sejamos a ele obedientes. Sigamos a suas Palavras e Ensinamentos.
Chegou a hora. Teremos “Um Novo Amanhecer
na Igreja”.
Padre Fábio Pereira dos Santos
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