sexta-feira, 4 de outubro de 2013

UM RÉQUIEM PARA O SONHO DE MARINA

Por 6 a 1 o TSE barrou a criação da REDE de sustentabilidade. O partido não reuniu as assinaturas necessárias, ou melhor, diz ter reunido e sido prejudicado pelo cancelamento "arbitrário" de 95 mil delas. 

Um fato estranho foi ver a REDE fracassar e o PROS e o SOLIDARIEDADE serem criados, mas antes de julgar é bom refletirmos sobre os "erros" da REDE. 

A ex-senadora Marina Silva descobriu que há grande diferença entre ideologia e prática, principalmente no campo político.

Mesmo sendo a segunda colocada nas intenções de voto para a disputa presidencial e sonhando com um partido "puro" - A REDE - e sem as manchas da "velha política", faltou a Marina e aos seus colaboradores a praticidade e o trato necessários. Ela não soube "ser cordeiro no meio de lobos" nem ser "simples como a pomba e prudente como a serpente".

Foi ingênua ao acreditar que os cartórios eleitorais iriam priorizar a criação do seu partido e mais ingênua ainda ao pensar que o TSE iria contra a relatora do caso, ainda mais após o julgamento do Mensalão. Marina jogou o jogo dos tronos sem conhecimento das regras e o pior: sem dar a devida importância aos jogadores.

Antes do resultado contrário a criação da sigla ela disse "não ter plano B". Como assim? Vai perder o momento em nome da utopia? Caso Marina permaneça na REDE e não dispute vai ver seus votos migrarem para não mais voltar. Quatro anos longe do cenário político é tempo demais para qualquer um.

Todo político sabe que uma nova eleição começa no dia seguinte à anterior. Pelo menos os que conhecem o jogo e os jogadores. Marina construiu seu sonho em cima de um castelo de cartas. Ou ela "acorda" ou viverá uma eterna e irrealizável utopia.

A REDE teria sido boa para o Brasil, talvez ainda possa ser, quem dirá? Eu e muitos amigos colaboramos com a coleta de assinaturas, mas isso serve para mostrar que cada cidadão deve ser o político que tanto espera. Ou isso ou ficamos presos em redes estranhas.


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