segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Nós queremos mudanças e queremos agora!

Não é preciso uma análise muito profunda para perceber que nosso país se aproxima de um ponto crítico entre o que a sociedade espera e aquilo que seus representantes oferecem.

Ultrapassamos os 190 milhões de habitantes, chegamos ao posto de 5ª economia do planeta e ainda convivemos diante da total falta de serviços públicos de qualidade. Nos faltam educação, saúde, mobilidade, saneamento básico, moradia e emprego, e olhe que a situação melhorou bastante em relação ao que vivíamos dez anos atrás!

O brasileiro voltou a acreditar que ser diferente é possível, teve acesso ao Ensino Superior, ao emprego formal e a alguns itens de conforto. Os programas sociais implantados no governo Lula tiraram milhões da linha de pobreza extrema, mas a mudança tão sonhada ainda não chegou.

O gigante ameaçou acordar em julho, mas apenas bocejou e voltou a roncar um pouco mais alto que o de costume. Nossos políticos se amedrontaram no início, mas como toda babá experiente, já aprenderam como virar o bebê de lado, dar-lhe uma mamadeira e cantarolar algo que lhe seja agradável para que possa pegar novamente no sono.

As reformas e mini-reformas não contemplam os nossos desejos. Somos auto suficientes em petróleo e pagamos caro pelo nosso combustível. Não vemos nossos impostos serem revertidos em melhorias de nossa condição de vida e queremos mudanças. 

Mas de que adiante clamar por mudanças se nós não estivermos dispostos a mudar?

Nossos políticos são um reflexo de nossa sociedade. Do nosso jeitinho, da mania nacional de querer levar vantagem em tudo, de furar fila, ser beneficiado sem esforço algum, de sonegar impostos e de não respeitar os direitos dos outros.

Onde moro é comum ver pessoas silenciarem diante de abusos cometidos por autoridades. Como também é comum aplaudirem corruptos esperando que estes a favoreçam de alguma forma. Não importa se ele lesa o estado em milhões, desde que possa arranjar um emprego para alguém. Não importa que esteja envolvido com pistolagem, desde que suas emendas parlamentares ajudem a calçar uma rua. O governo pode errar, desde que não atrase meu salário!

Esse individualismo equivocado que acompanha boa parte dos brasileiros é o que mantém o sistema de corrupção funcionando à pleno vapor em todo o país. Esse individualismo e o messianismo político partidário. Quando surgem as críticas os apaixonados respondem: "Dá-lhe Dilma!", "É Eduardo Neles!" e outras coisas do tipo. Não lembram quais os deputados e senadores que elegeram, quando lembram não fiscalizam os seus representantes e ainda querem acreditar que uma pessoa tem em suas mãos o divino poder de mudar estruturas apenas com o uso de sua vontade.

Quanta inocência ou quanta hipocrisia?!

Se queremos mudança, nós devemos iniciá-la. Ele deve começar a partir de nossos atos, da nossa postura e da forma que atuaremos na sociedade em que estamos para que ela venha a se tornar aquela que tanto queremos.

Aécio Neves tem chamado o Brasil para conversar. Nada mais demagógico. Mas o contrário seria um belo começo. Que tal indagarmos os políticos: "Como vai me representar?"

Emerson Luiz.
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