É comum ao final de cada ano que
se faça uma retrospectiva do mesmo, com seus pontos positivos e negativos. Isso
não deve ser exclusividade dos órgãos de imprensa. Associações, autarquias,
empresas e partidos políticos deveriam fazer o mesmo, sempre!
O governo municipal está
divulgando a sua em Venturosa. Como se trata de uma propaganda, é claro que
sempre vai se destacar o que houve de positivo. A oposição deveria fazer o
mesmo, só que na forma de uma autocrítica. O filósofo grego Sócrates dizia que
deveríamos sempre julgar a nós mesmos. Jesus também usou esse conceito ao
aconselhar que antes de reclamar do cisco no olho do outro, deveríamos tirar as
traves que estão nos nossos.
Por meio de emendas parlamentares
a oposição conseguiu trazer algumas obras para Venturosa, como a perfuração de
poços artesianos e a limpeza e ampliação de algumas barragens. Onde está a
divulgação?
Os vereadores da oposição estão
unidos de uma forma que há muito não se via. Mas falta informar ao povo o que
estão fazendo, como estão representando os anseios populares, fiscalizando o
exercício do poder e buscando melhorias para a população. Um informativo seria
oportuno, mas até agora nenhum foi impresso.
2014 é ano eleitoral. E mais uma vez
lideranças da oposição vão buscar projetos individuais e pedir votos para
políticos que não estão comprometidos com o povo de Venturosa. Não vou citar
seus nomes, julgo que o povo é sábio para fazer o seu julgamento. Nessa relação
serão acertados acordos que muitas vezes vão beneficiar apenas cabos eleitorais
e antigos ou futuros candidatos, mas pouca coisa de concreta para a população.
A estratégia usada pela oposição
nos últimos 9 anos foi criticar o governo. O que conseguiu com isso até agora?
A crítica é necessária, mas deve ser acompanhada por um projeto, um plano de
ações que responda aquilo que o povo de Venturosa quer e precisa! Lembro que
uma vez propus a realização de seminários populares para dialogar com amplos
setores sociais. A ideia nunca saiu do papel porque não foi dada por um
político.
Recuso-me a abrir mão da
criticidade. As reformas essenciais devem começar dentro da própria casa. Ou a
oposição aprende a caminhar unida, em torno de um projeto sério, com metas
definidas, ou nunca sairá de onde está. Usando um jargão popular: “É muito
cacique para pouco índio”. Muita gente que quer liderar e vê qualquer um que
queira contribuir como uma ameaça ao seu projeto individual. Isso precisa ser
superado urgentemente.
Essa é a retrospectiva que
proponho. Sei que não vai agradar a muita gente, mas nem sempre a verdade
agrada a todos.
Continuo a crer que a política é
o instrumento mais poderoso para a transformação social, mas a política
verdadeira, aquela com “P” maiúsculo. É essa que desejo ver em Venturosa.
Emerson Luiz
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