O incidente aconteceu nesta quinta-feira (13 de junho). Ao lado do Prefeito do Recife, Geraldo Júlio, o governador Eduardo Campos anunciou a construção de duas UPA's e se deparou com alguns moradores da Campina do Barreto, Zona Norte, Insatisfeitos com problemas na saúde e habitação, que aproveitaram da situação para realizar um pequeno protesto improvisado.
No meio do discurso do secretário de saúde do estado, uma das moradoras teria dito:
_ De quê adianta UPA se não tem médico?
Claro que funcionários da prefeitura tentaram intervir de imediato e acalmar os ânimos. Não deu muito certo. Quem teve que usar da maestria foi o governador que agendou uma reunião da equipe da prefeitura com os moradores na escola de Água Fria.
Esse evento foi notícia dos principais jornais do estado e de vários blogs.
Mas o que muitos não dizem é que esse deve ser o primeiro de muitos protestos.
O governador passeia em céu de brigadeiro porque soube atrair o apoio da maioria dos prefeitos de Pernambuco, mas isso não quer dizer que o silêncio da população se traduza em apoio à sua gestão. Em breve ele verá se tem realmente 80% de aprovação em Pernambuco.
Em Venturosa e Alagoinha muitos se queixam das péssimas condições de PE 217 que foi praticamente abandonada na gestão do PSB em Pernambuco.
Além disso vários setores do funcionalismo desaprovam o modelo de gestão do PSB e se mantém em silêncio por medo de represálias, mas nos bastidores a voz é una: "Não o queremos como presidente".
Alguns grupos de minorias, como os povos indígenas e quilombolas, têm se sentido desprezados nesse final de mandato, sem contar os que foram atingidos pela seca e são mantidos reféns dos coronéis dos pipas.
Já elogiei a habilidade do governador. Sua pretensão ao planalto é legítima, embora eu a encare prematura, mas é bom que se comece a pensar que esse protesto improvisado não foi o último que ele poderá assistir.
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