sábado, 8 de junho de 2013

Todos nascem livres e iguais. Na Finlândia

Do Tijolaço - que graças a Deus voltou

8 de Jun de 2013 | 05:58
Interessantíssima a matéria publicada esta semana pela BBC sobre o kit maternidade distribuído na Finlândia. O país tem um dos 20 melhores índices de desenvolvimento humano do mundo e é o melhor em educação, que é quase toda pública.
Mas a grande maioria dos bebês recém-nascidos dorme em caixas de papelão, como esta da foto.
A caixa é onde vem os artigos do “kit-maternidade” que todas as mães recebem do Governo, gratuitamente.
Na década de 1930, quando a Finlândia era muito pobre, começou a distribuição das caixas para famílias de baixa renda. Mas, em 1949, a prática passou para todas as mães. independente de classe social.
Hoje, a caixa – que contém  macacões, um saco de dormir, roupas de inverno, produtos de banho para o bebê, assim como fraldas, roupas de cama, um pequeno colchão e até brinquedos – é de recebimento opcional, e pode ser trocada por uma ajuda financeira de R$ 390. Mas 95% das mães preferem a caixa.
A mortalidade infantil, que era, antes da caixa, de 65 por mil crianças, hoje é de 2,9 por mil, segundo o Banco Mundial.
Além de conter todo o essencial para os primeiros dias para o bebê, a caixa mudou o hábito dos pais dormissem na mesma cama com o bebê, o que aumenta muito o risco de morte súbita de recém-nascidos.
A partir de um certo momento, ela deixou de conter mamadeiras e chupetas, para incentivar o aleitamento materno.
E tornou-se, 75 anos depois de criada, um símbolo da igualdade de todas as crianças finlandesas.
No Brasil, a elite e uma classe média preconceituosa acham que políticas públicas de igualdade são “coisa de pobre”, “de segunda categoria”.
E se  o Governo  implantasse uma caixa assim, eram capazes de dizer que é para os pobres abandonarem os filhos na porta dos outros, como dizem que o Bolsa-Família é para quem não quer trabalhar.
 Por: Fernando Brito

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