domingo, 2 de junho de 2013

De acordo com a revista Forbes a Veja é odiada no Brasil e se envolveu em corrupção

Em ocasião da morte de Roberto Civita, a conceituada revista Forbes publicou matéria sobre o jornalista e a Editora Abril. Nela pode-se ler que a publicação semanal Veja é um dos meios de comunicação mais odiados do Brasil e que se envolveu em corrupção e lavagem de dinheiro:


Apesar de amplamente lida, a publicação é também um dos meios de comunicação mais odiados do Brasil, devido ao seu conteúdo editorial de direita, cheio de lançadores de bombas políticas e sua clara oposição ao atual governo do Partido dos Trabalhadores.
(…)

Mais recentemente, Veja se envolveu em corrupção e em um inquérito de lavagem de dinheiro, que terminou com a prisão em fevereiro de 2012 de Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira (Charlie Waterfall), que supostamente é envolvido em jogos de azar no estado de Goiás.
Um rosto conhecido na política brasileira, Cachoeira também foi uma figura-chave do caso Mensalão. Mas, enquanto vários funcionários públicos foram demitidos, ele saiu livre. O Congresso do Brasil criou uma comissão especial para investigar o assunto, que incluía um calendário de audiências de pelo menos 167 convocações. Um dos editores da Veja foi um dos primeiros na lista.

Informações do blog Vi o mundo.

Tomo a liberdade de postar algumas capas de Veja que, para os que tem memória, justificam o ódio de muitos brasileiros (nos quais eu me incluo) em relação a dileta flor do fáscio brasileiro.

Na época em que a elite apoiava o então desconhecido Fernando Collor



Note que a Veja chama Brizola de dinossauro e o compara a figuras não muito ilustres


Essa última é um achado. Defendendo o interesse dos grandes latifundiários a revista alerta sobre os riscos de faltar terra para o "Brasil que produz" (leia-se aqui a turma do CNA). Leia um trecho da reportagem 'nada' preconceituosa:

Casos assim escandalizam até estudiosos benevolentes, que aceitam a tese dos "índios ressurgidos". "Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente de cultura indígena original", diz o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Declarar-se índio, no entanto, além de fácil, é uma farra. No governo do PT, basta ser reconhecido como índio para ganhar Bolsa Família e cesta básica. O governo gasta 250% mais com a saúde de um índio – verdadeiro ou das Organizações Tabajara – do que com a de um cidadão que (ainda) não decidiu virar índio.


O fato é que Eduardo Viveiros de Castro nunca deu nenhuma entrevista à Veja.

Veja o que o antrópologo disse e que foi publicado em grandes blogs.

Direito de Resposta
Ao Editores da revista Veja:
Na matéria “A farra da antropologia oportunista” (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010), seus autores colocam em minha boca a seguinte afirmação: “Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente cultural original” .
Gostaria de saber quando e a quem eu disse isso, uma vez que (1) nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma. Na verdade, a frase a mim mentirosamente atribuída contradiz o espírito de todas declarações que já tive ocasião de fazer sobre o tema. Assim sendo, cabe perguntar o que mais existiria de “montado” ou de simplesmente inventado na matéria. A qual, se me permitem a opinião, achei repugnante.
Grato pela atenção,
Eduardo Viveiros de Castro
Antropólogo – UFRJ

DÁ PRA ENTENDER PORQUE A VEJA É ODIADA NO BRASIL?

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