sábado, 28 de setembro de 2013

PISO NACIONAL DOS PROFESSORES: GOVERNADORES CONTRA REAJUSTE. CNTE BUSCA MEIO TERMO. ENTENDA O QUE ESTÁ ACONTECENDO



O assunto é polêmico e continuará sendo enquanto nossos políticos não perceberem que dinheiro em educação não é gasto, é investimento! Governadores e prefeitos, antes de eleitos, prometeram (e prometerão) valorizar a educação. Pessoalmente não sei como farão isso se tudo o que sabem é olhar para as verbas e não investir de forma racional.

Pensam em tijolos, tinta, seus nomes em belas placas e eventos que divulguem suas ações. Esquecem que professor é gente, que precisa de respeito, autonomia, formação (de qualidade) e bons salários.

Os mais jovens fogem da profissão. Os que estão na ativa desejam sair para outras áreas profissionais. Os bons professores saem da rede pública aos montes deixando uma lacuna que a longo prazo produzirá um sério dano a esse país.

TODOS OS GOVERNADORES ASSINARAM UM DOCUMENTO PEDINDO A REDUÇÃO DO REAJUSTE. Sim, os mesmos que sempre aumentam os próprios salários quando iniciam os seus mandatos de forma vergonhosa. Os mesmos que negociam apoio, nomeiam parentes para cargos importantes, favorecem empresas e usam dos recursos públicos em próprio proveito na maioria das vezes.

E tudo o que escrevi sobre as excelências estaduais pode ser também atribuído às municipais, com a diferença que os prefeitos as vezes atuam como pequenos coronéis, perseguindo opositores de forma cruel.

Nós professores pagamos por nossa desarticulação política. Nossos sindicatos muitas vezes são pelegos do governo e só fazem oposição quando suas mesas diretoras são tratadas como oposição.

Mas para que possamos entender o que está acontecendo reproduzo aqui matéria da Folha de São Paulo sobre o tema.

Vale a pena ser lida e compartilhada com os colegas professores.

Emerson Luiz



Governadores se unem por reajuste menor do piso de docentes


FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Com a previsão de um alto reajuste do piso nacional dos professores da educação básica, os governadores se uniram para sugerir uma nova fórmula de correção dos salários.
Cálculos preliminares do governo federal apontam um aumento de 19% em 2014, mais do que o dobro do que os 7,97% concedidos à categoria no início deste ano. Hoje, nenhum docente pode receber menos do que R$ 1.567.
Documento assinado pelos 27 governadores foi entregue ao Executivo, na semana retrasada, com uma nova sugestão de cálculo.
Segundo a Folha apurou, se aplicado já no ano que vem, o índice seria reduzido a 7,7%.
Há ainda uma proposta defendida pela CNTE, entidade que representa os trabalhadores da educação básica. Nesse caso, ficaria em torno de 10%.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
MESA E CONSENSO
A movimentação deu origem a uma mesa de negociação, organizada pelo Ministério da Educação, para tratar do tema: o objetivo é chegar a um consenso sobre uma nova fórmula de reajuste, a ser aprovada pelo Congresso.
Para prefeitos e governadores, o modelo atual é "imprevisível" e "insustentável".
Isso porque ele segue a variação do gasto por aluno no Fundeb (fundo para a educação básica) --que depende do volume de impostos a ele destinados-- e do número de alunos da rede pública do ensino fundamental.
Neste ano, há expectativa do crescimento da arrecadação, enquanto ocorre redução de alunos nessa etapa do ensino. Resultado: previsão de reajuste forte em 2014.
PLANO NACIONAL
A sugestão dos governadores é reajustar o piso com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE) do ano anterior acrescido de 50% da variação real (descontada a inflação) do fundo.
A proposta dos trabalhadores estabelece o INPC mais 50% da variação nominal (sem descontar a inflação) do Fundeb. O argumento é de que o piso dos professores --pouco mais do que o dobro do salário mínimo-- ainda é muito baixo, o que contribui para o apagão dos profissionais na sala de aula.
Além disso, no atual ritmo de reajuste, não seria possível cumprir meta do PNE (plano que define metas para a educação em uma década), em discussão no Congresso, que prevê equiparação do salário dos docentes com o de profissionais de escolaridade semelhante num prazo de seis anos.

Um comentário:

  1. O piso para 2014 tem que ser O PISO LEGAL, de acordo com artigo 5º da lei do piso. E NÂO O PISO PIRATA DO MEC. Confira o valor do piso legal, lendo:http://valdecyalves.blogspot.com.br/2013/12/valor-do-piso-legal-nacional-dos.html

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