A GUERRA ENTRE PSB E PT está deixando de se parecer com a Guerra Fria que envolveu União Soviética e Estados Unidos durante décadas. Na época o mundo era ameaçado com o risco de uma guerra nuclear, então, as duas potências se sabotavam mas não podiam se enfrentar diretamente.
Desde o ano passado os movimentos de Eduardo Campos causava desconforto ao PT, mas os dois partidos se esforçavam para manter as aparências. Dilma chegou a desmarcar visitas á Pernambuco, mas desculpas foram dadas pelos dois lados.
A questão ficou mais séria quando o PSB puxou o tapete do PT no Recife ao eleger Geraldo Júlio prefeito da capital. Claro que na ocasião o PT foi vítima dele mesmo, das ambições de suas várias alas e, por que não dizer, da luta entre João Paulo e João da Costa. Na batalha dos egos a maior vítima foi o partido.
O PSB de Eduardo foi o partido que mais cresceu no país nas últimas eleições. VEJA, CARTA CAPITAL, ÉPOCA E ISTO É dedicaram capas ao neto de Miguel Arraes. Paulo Henrique Amorim não previu a ruptura e elogiou o dinamismo de Eduardo (hoje se esforça para desconstruir sua imagem). Agora que não esconde mais sua vontade de disputar a presidência, Eduardo passa a ser tratado como inimigo pelo PT.
Eduardo também enfrenta oposição interna. O primeiro a deixar o PSB é o governador Cid Gomes (o mesmo do bufê milionário e do show caríssimo de Ivete questionado pelo MP). O irmão dele, Ciro Gomes permanece uma incógnita, mas já questionou Eduardo em programas de tv. É provável que se Ciro decidir permanecer comece a acender um "fogo amigo", prejudique fingindo ajudar.
O mais lógico, no entanto, é que os irmãos Gomes deixem o PSB e levem junto a maioria, senão todos os deputados estaduais e federais do partido.
O mais lógico, no entanto, é que os irmãos Gomes deixem o PSB e levem junto a maioria, senão todos os deputados estaduais e federais do partido.
Ainda há a luta dos cargos. O governador demorou a entregar os cargos ao PT. Agora o PT fará o mesmo. Não resta dúvida que o partido da presidente procura ser a grande vítima da história. Não precisa. Está sendo vítima de sua falta de estratégia e tato. Resta uma esperança: Lula. Se as coisas piorarem o movimento "volta Lula]" poderá ganhar peso. Quem o venceria nas urnas?
NO ÂMBITO ESTADUAL Armando Monteiro também passou a adotar uma postura mais agressiva em relação ao governo do PSB. Cansado de esperar pela indicação oficial de Eduardo Campos viabilizando sua candidatura e percebendo que o PSB tende a apoiar outra pessoa, passou a criticar o governo. Afirmou que falta muito para que Pernambuco se torne um dos estados mais desenvolvidos e que é inaceitável que o pernambucano da capital ganhe em média 30% a mais que o do interior.
Armando também tem percorrido o interior para fortalecer seu nome e montar um grande palanque. O último ato em Canhotinho reuniu milhares de pessoas.
As críticas vão aumentar no ano eleitoral. Algumas armas estão sendo guardadas para 2014, por todos eles.
O tempo da Guerra Fria está acabando.
Emerson Luiz
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