Valor desviado apenas na primeira fase da obra corresponde a 13% do total; investigações da PF também apontam que o doleiro Alberto Yousseff teria pago propina a ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa, preso na Operação Lava Jato, para favorecer empresas em contratos para a construção da refinaria em Pernambuco; os pagamentos foram feitos entre julho de 2011 e julho de 2012; a Camargo Correia, presidida por Vitor Hallack, pode estar por trás da origem do dinheiro.
Em uma planilha apreendida pela PF sobre “comissões” pagas a consultorias ligadas ao doleiro, aparece a sigla CNCC no campo dos clientes, “em provável referência ao Consórcio Camargo Corrêa”. O valor das comissões é de R$ 7,9 milhões. O consórcio faz parte das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, orçada em R$ 9 bilhões.
Investigadores acreditam que o dinheiro recebido da empreiteira pelo doleiro possa ter sido usado para pagar propina a políticos ou a funcionários públicos, ou lavagem de dinheiro.
Segundo o juiz Sérgio Moro, da 13°Vara Federal em Curitiba, Youssef e Costa teriam contas comuns no exterior e foram produzidos relatórios mensais da posição do ex-diretor da Petrobras com o doleiro, com pagamentos a serem feitos inclusive a terceiros. Alguns dos pagamentos, acrescentou o juiz, envolvem negócios com a Petrobras.
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