quarta-feira, 26 de março de 2014

PRB só irá apoiar candidato a governador do estado se tiver participação no governo. PTB e PSB vão ter de praticar a nova política que sempre existiu no Brasil?

Pernambuco 247 - O PRB deverá decidir entre os dias 5 e 6 de abril se fechará apoio em torno da candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ou do secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), na corrida eleitoral pelo Governo de Pernambuco. “O PRB cresceu, mudou. Hoje temos bases e quadros com currículos bons o suficiente para sermos mais que meros coadjuvantes. Queremos participar do governo, contribuir com o governo. Estamos conversando tanto como PSB como como PTB e no dia 5 ou 6 de abril teremos uma reunião que definirá quem iremos apoiar no pleito estadual”, diz o presidente da legenda em Pernambuco, Carlos Geraldo.
Apesar de ser considerado um partido pequeno, o apoio do PRB não é desprezível. Com mais de 5 mil cabos eleitorais espalhados em cerca de 135 dos 184 municípios pernambucanos, o partido conta, ainda, com uma forte penetração no segmento evangélico, em especial os ligados às igrejas Universal e  Assembleia do Reino de Deus. O PRB também conta com algo considerado precioso pelas grandes legendas: o tempo de televisão. A sigla tem, segundo Carlos Geraldo, 30 segundos em seis inserções diárias por três dias consecutivos.
Até recentemente, o partido estava ligado ao bloco da Frente Popular, coalização de partidos que fazem a base de sustentação do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), que deve deixar o cargo em abril para disputar a Presidência da República contra a Presidente Dilma Rousseff (PT). “Fizemos parte do governo Campos. Agora, como ele terá que sair do cargo se quiser concorrer à Presidência, vamos avaliar quem poderá ter o PRB participando do governo”, diz Geraldo.
Como o partido possui um ministério no governo Dilma e tende a apoiar, em nível nacional, a reeleição da petista, parte das apostas recaem na possibilidade de que o PRB apoie a candidatura de Armando Monteiro, ainda mais após o PT fechar, neste último final de semana, o apoio a postulação do petebista.
“O partido tem autonomia para decidir o seu rumo aqui em Pernambuco. Estamos livres para decidir nosso caminho. E o nosso caminho é aquele que for melhor para o partido. Não vamos colocar o PRB em um leilão do tipo vamos apoiar quem der mais. Mas estaremos ao lado de quem quiser a nossa participação de maneira direta no governo que virá”, afirma o presidente da legenda em Pernambuco.
Além de querer participar de uma maneira mais efetiva no plano do poder Executivo, o PRB também que fortalecer suas bancadas estadual e federal. “Queremos eleger dois deputados federais e três estaduais. Em nível federal os candidatos colocados são o próprio Carlos Geraldo e Aldo Amaral, ligado a Força Sindical. Em nível estadual os pré-colocados são Ossésio Silva, candidato à reeleição, a ex-prefeita de Pesqueira, Cleide Oliveira, e Isaías Guimarães, ligado a igreja Assembleia de Deus.
“Pernambuco é um estado extremamente politizado. A campanha deste ano será bastante acirrada e diferente de tudo que vimos nos anos anteriores. São dois bons nomes na disputa. O PRB estará ao lado daquele que oferecer melhores condições para que o partido participe de maneira efetiva e que também possa crescer enquanto legenda”, ressalta Geraldo. Pelo sim, pelo não, a decisão da legenda será conhecida no início de abril. Até, o PRB seguira conversando com tanto com o PTB como com o PSB.

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