Na Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, a Igreja recorda, primeiro que tudo, o que seja ser-Apóstolo. Do ponto de vista teológico, com efeito, importa salientar que a condição de Apóstolo, por definição, está associada a quem, de forma deliberada e livre, se encontra em marcha por aquele caminho que entre as suas estações mais importantes tem o Sofrimento e a Cruz, e isso por virtude do facto de que a manifestação de Cristo ao Mundo traz consigo o despontar de uma nova, e definitiva, aurora de Sentido na história dos homens. Com o Advento de Cristo no seio da história humana, é o próprio tempo do mundo que ganha uma nova dimensão, atingindo uma nova medida ontológica, crítica por excelência, uma dimensão do ser e da vida em que o horizonte temporal do mundo se abre à Verdade, àquela que não se compraz com meras figuras de estilo ou de retórica, antes se apresenta como um novo modo de ser-humano, onde a pessoa se entende como disponibilidade para «dar o salto» e, com isso, se oferece à possibilidade e ao trabalho da «decisão» existencial.
No Evangelho de Mateus, a mensagem de Jesus acerca da perseguição (Mt. 10:16 s.) aplica-se, antes de mais, aos Doze Apóstolos. Mas tais palavras são imediatamente seguidas de uma extensão essencial do seu universo de referência: «quem não toma a sua cruz e vem após Mim não é digno de Mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, a perde por minha causa, achá-la-á.» (Mt. 10:38-39). O discurso de Jesus, portanto, não se dirige apenas aos Apóstolos, tanto mais que no Novo Testamento há uma grande proximidade semântica entre o conceito de Apóstolo e o conceito de Martírio. Ora é precisamente deste profundo significado que os Apóstolos Pedro e Paulo na Igreja dão especial testemunho. Ao reconhecermos que a Igreja está alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos, precisamos igualmente de reconhecer que os Apóstolos são aqueles que, em primeiro lugar, se tornaram mártires, de onde se segue que a Igreja, por definição, é uma «Igreja de Mártires»! Não admira, por isso, que a Igreja, toda ela, em cada um dos seus membros e no seu Todo, seja sempre, e por essência, uma Igreja que sofre, ou seja, uma Igreja feita e constituída não só à sombra, mas também, e sobretudo, à imagem do que ela mesma é a partir dos seus próprios fundamentos apostólicos, neste caso, os Apóstolos Pedro e Paulo. Em Roma como no resto do mundo, festejar São Pedro e São Paulo deve ser ocasião para nos redescobrirmos renovados na consciência translúcida que a Igreja tem de ser, à imagem dos Apóstolos, Corpo Vivo de Cristo e, nessa medida, Povo de Deus a caminho no «aqui e agora» da História, caminhada sempre sofridamente tecida a partir das pequenas esperanças de cada dia e orientada para a Alegria escatológica que nos espera no Fim dos Tempos. Realmente, vale a pena caminhar! Mais que tudo, vale a pena aceitar o que somos e o que padecemos, pois a Cristo só caminhando pela senda dos Apóstolos podemos encontrar! Sim, temos de caminhar juntos, como Pedro e como Paulo, pois a sós ninguém alcança a Salvação.
No Evangelho de Mateus, a mensagem de Jesus acerca da perseguição (Mt. 10:16 s.) aplica-se, antes de mais, aos Doze Apóstolos. Mas tais palavras são imediatamente seguidas de uma extensão essencial do seu universo de referência: «quem não toma a sua cruz e vem após Mim não é digno de Mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, a perde por minha causa, achá-la-á.» (Mt. 10:38-39). O discurso de Jesus, portanto, não se dirige apenas aos Apóstolos, tanto mais que no Novo Testamento há uma grande proximidade semântica entre o conceito de Apóstolo e o conceito de Martírio. Ora é precisamente deste profundo significado que os Apóstolos Pedro e Paulo na Igreja dão especial testemunho. Ao reconhecermos que a Igreja está alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos, precisamos igualmente de reconhecer que os Apóstolos são aqueles que, em primeiro lugar, se tornaram mártires, de onde se segue que a Igreja, por definição, é uma «Igreja de Mártires»! Não admira, por isso, que a Igreja, toda ela, em cada um dos seus membros e no seu Todo, seja sempre, e por essência, uma Igreja que sofre, ou seja, uma Igreja feita e constituída não só à sombra, mas também, e sobretudo, à imagem do que ela mesma é a partir dos seus próprios fundamentos apostólicos, neste caso, os Apóstolos Pedro e Paulo. Em Roma como no resto do mundo, festejar São Pedro e São Paulo deve ser ocasião para nos redescobrirmos renovados na consciência translúcida que a Igreja tem de ser, à imagem dos Apóstolos, Corpo Vivo de Cristo e, nessa medida, Povo de Deus a caminho no «aqui e agora» da História, caminhada sempre sofridamente tecida a partir das pequenas esperanças de cada dia e orientada para a Alegria escatológica que nos espera no Fim dos Tempos. Realmente, vale a pena caminhar! Mais que tudo, vale a pena aceitar o que somos e o que padecemos, pois a Cristo só caminhando pela senda dos Apóstolos podemos encontrar! Sim, temos de caminhar juntos, como Pedro e como Paulo, pois a sós ninguém alcança a Salvação.
Rádio Vaticana
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Informando com responsabilidade. Numa democracia é importante poder debater notícia e ter opinião!