Em simulação de segundo turno entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (sem partido), na pesquisa feita pelo Ibope em parceria com o Estado, as duas aparecem tecnicamente empatadas: Dilma tem 35% contra 34% de Marina. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
CONTRA OUTROS CANDIDATOS
AÉCIO NEVES - No confronto dois a dois contra Aécio Neves (PSDB), a presidente leva 12 pontos de vantagem: 38% a 26%. A taxa de branco/nulo, porém, sobe de 19% para 24% nesse cenário, mostrando que parte dos eleitores que votariam em Marina preferem anular a votar no tucano.
EDUARDO CAMPOS - Contra Eduardo Campos (PSB), a presidente bateria o governador de Pernambuco por 39% a 19%, e venceria Barbosa por 40% a 22%, se a eleição fosse hoje. Esses foram os únicos cenários testados pelo Ibope como simulações de segundo turno.
A pesquisa Ibope/Estadão foi feita entre quinta-feira e domingo passados, 11 e 14 de julho, em 140 municípios de todos os Estados do Brasil. Foram feitas 2.002 entrevistas face a face.(O Estado de S.Paulo).
OPINIÃO DO BLOG.
Dilma sempre foi técnica e não política. Foi eleita no desejo popular de continuidade do governo Lula. No primeiro momento Dilma ganhou aprovação popular ao combater a corrupção de seu governo afastando todos os ministros que se envolveram em atos ilícitos ou foram suspeitos de participar de esquemas. Até pouco tempo a presidente gozava de grande aprovação e todas as pesquisas indicavam que seria reeleita sem esforço.
Isso até o golpe midiático que usou a onda de protestos para atacar o governo brasileiro. Os protestos começaram com o movimento passe livre em São Paulo e despertaram a comoção nacional pela brutalidade da polícia (de São Paulo e sob ordens do PSDB) usarem de violência desnecessária contra os manifestantes. Daí pra frente o gigante "teria acordado".
Num primeiro momento a mídia é contra os protestos - veja as opiniões de Datena e Arnaldo Jabor - e criticam os manifestantes. Depois, por perceber que poderia tirar muito proveito deles, começa a induzir as bandeiras. (Sem partido só serviu para caracterizar as várias reivindicações como sendo um imenso movimento contra o governo federal).
O 'plano Cohen" dos veículos de comunicação de massa - Globo, Veja, Estadão e Folha - funcionou. Dilma se reuniu com lideranças do passe livre, com governadores e prefeitos e trouxe à nação as propostas de reforma. A mídia e o congresso sepultaram todas as que seriam importantes. O gigante lentamente adormece enquanto parasitas usam de suas sérias reivindicações para cometer atos de vandalismo. O real sentido do seu acordar está se dissipando.
Mas o objetivo dos grupos de extrema direita se cumpriu. Dilma está em franca decadência e dificilmente reverterá o quadro a ponto de recuperar a imensa aprovação de que desfrutava.
Marina aponta como segunda colocada, por enquanto. O projeto da direita é trazer o PSDB de volta ao poder. Mas se não puder, derrubar a Dilma e o PT serve!
Quem ganha e quem perde com a Direita no governo? Todos nós!
A direita defende o estado mínimo e o livre mercado. Traduzindo: os menores investimentos possíveis em habitação, educação, saúde e segurança pública em troca de um maior lucro das empresas. O PSDB sempre chamou o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida de eleitoreiros.
Aumentam agora os clamores de "volta, Lula"! Mas o ex-presidente sabe os riscos que corre. No Supremo já existem forças articuladas para prejudicá-lo o máximo possível.
É bom ter cuidado minha gente. Como disse Brizola: Se a Globo for a favor, eu sou contra. E quando ela for contra, serei a favor!
Emerson Luiz
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