As chuvas ocorridas na última quinta-feira (09 de maio) reacendeu a esperança de muitos Venturosenses e recuperaram parte do potencial dos reservatórios da cidade. A "barragem de Nezinho', a 'Lagoa do Saco Velho' e a 'Lagoa de Delmiro' voltaram a servir as suas respectivas comunidades e uma onda de euforia toma conta da cidade.
Muitos ainda oram para que as chuvas continuem para que o fantasma da seca pare de assombrar a todos. De certo que alguns, principalmente entre os que lucram com a venda de água, talvez não compartilhem desse nobre sentimento.
Secas são um cíclicas, isto é, a cada dez anos o nordestino tem de conviver com uma estiagem de maior ou menor grau. Essa última já foi classificada como a pior dos últimos 50 anos e ainda não se despediu de nós. Embora o poder público tenha investido na ampliação de algumas barragens, grandes chances foram desperdiçadas, como a limpeza da Lagoa do Saco Velho, o reerguimento de suas paredes e o saneamento das áreas em seu entorno. A limpeza foi iniciada, mas a chuva carregou boa parte dos detritos de volta para a lagoa.
A Ingazeira continua assoreada e os rios que a nutrem vítimas de esgotos. Repensar nossa relação com o meio ambiente é mais que uma prioridade, é uma condição para manter os padrões de vida para nossa espécie. Não podemos esperar outra grande estiagem para começar a pensar em como aproveitar melhor a água e usar racionalmente esse recurso, ou, então, sentiremos na pele (mais uma vez) o provérbio indiano: "Só sabemos o valor da água depois que a fonte seca.
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