Durante sabatina, presidenciável do PSB, Eduardo Campos, colocou em pé de igualdade escândalos envolvendo os partidos de seus principais adversários nas urnas: "O que penso sobre o escândalo do mensalão é semelhante com o que eu acho e penso sobre, por exemplo, o escândalo da compra de votos no Congresso para a reeleição no governo Fernando Henrique Cardoso. Acho isso um horror", afirmou; ele disse ainda que ‘foram momentos tristes do Parlamento brasileiro, que ninguém quer de volta na vida política do Brasil’.
Na tentativa de colar o seu discurso da "nova política", Eduardo Campos tem atirado para todos os lados, contra tudo e contra todos.
Acerta em criticar o suposto mensalão e dar visibilidade ao que teria sido a maior compra de votos parlamentares do Brasil, a emenda da reeleição de FHC.
Só faltará a ele o exemplo de uma biografia inquestionável.
Campos, quando aliado do PT, afirmou nunca ter ouvido falar em Mensalão e defendeu um dos acusados. Quando Ministro da Integração fez campanha aberta para eleger a mãe, Ana Arraes, como Ministra do Tribunal de Contas da União. Em Pernambuco integrou todos os partidos que podia em sua base eleitoral, dos mais esquerdistas às mais violentas raposas do sertão.
Ele pode até falar de nova política, mas está longe de representá-la.
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