Em busca de um significado maior para o inicio de suas
campanhas, os candidatos ao governo do estado de Pernambuco Armando Monteiro
(PTB) e Paulo Câmara (PSB) escolheram locais especiais para dar o passo inicial
na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.
Símbolo do início da parceria entre
os governos Lula e Dilma e Pernambuco, o bairro de Brasília Teimosa, na Zona
Sul do Recife, recebeu, neste domingo (6), o primeiro ato de campanha dos
candidatos a governador Armando Monteiro (PTB), a vice, Paulo Rubem Santiago
(PDT), e ao Senado, João Paulo (PT). Juntos, eles percorreram por mais de duas
horas de caminhada as suas principais
ruas.
Já a abertura oficial da campanha da
Frente Popular com o candidato a governador da coligação, Paulo Câmara (PSB), foi
realizada em Santa Filomena, no Sertão do Araraipe. Ao longo dos últimos sete
anos e meio, o município deixou a condição de isolamento após importantes
investimentos realizados pelo Governo Eduardo. Outro símbolo forte foi a
determinação de Paulo em governar Pernambuco "do cais ao Sertão", prometendo
garantir avanços no processo de interiorização do desenvolvimento.
DOS SÍMBOLOS AOS DESAFIOS REAIS
O fato é que o desenvolvimento
econômico de Pernambuco é mais virtual que real. Os incentivos fiscais dados a
empresas para se instalarem nesse estado tem setorizado o desenvolvimento.
Muitos municípios do interior do Agreste e boa parte do Sertão pernambucanos
dependem de programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família.
A política educacional do governo
funciona bem em propagandas, gráficos e tabelas. O analfabetismo cresceu no
estado, escola estaduais estão sendo fechadas ou entregues a prefeitos
ineficientes e perdulários que nada entendem de educação. Hospitais regionais
funcionam em situação precária e várias rodovias estaduais estão intransitáveis.
Eduardo Campos não inventou a roda e
nem transformou Pernambuco em um paraíso. A greve da Polícia Militar mostrou a
fragilidade da sua principal vitrine, o Pacto Pela Vida.
Armando e Paulo Câmara devem
reconhecer os pontos positivos do governo de Eduardo, mas não se limitar a
defender a sua continuidade, há de se ter coragem para propor a revisão do modo
de Campos gerir esse estado e mostrar como, de fato, pretendem assegurar o
desenvolvimento de Pernambuco não apenas na Região Metropolitana e seu entorno,
mas do estado como um todo.
Emerson Luiz
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