quinta-feira, 24 de julho de 2014

Candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, processa Maia por acusação de suborno. Leia nota emitida pelo candidato.











''Figuras como José Augusto Maia devem ser banidas da política''
''Uma tentativa caluniosa de me descredibilizar'
O candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse ontem que está tomando 'todas as medidas judiciais cabíveis' contra o deputado José Augusto Maia (Pros-PE). Em nota, Câmara classificou a denúncia de Maia como 'uma tentativa caluniosa de me descredibilizar'. José Augusto maia denunciou ter recebido oferta de dinheiro para que seu partido integrasse a coligação da Frente Popular,  que tem Paulo Câmara como escolhido pelo presidenciável Eduardo Campos para sucedê-lo no comando do Estado.
'Anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional -- não necessariamente à repercussão, mas à intenção', diz Paulo Câmara
O candidato do PSB ressaltou ainda que o deputado do Pros 'responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha e foi condenado pela Justiça pernambucana por improbidade, tendo seus direitos políticos suspensos por três anos'. José Augusto Maia (Pros-PE) contesta Câmara e diz que não há nenhuma condenação definitiva contra ele.
Leia abaixo, na íntegra, a nota de Paulo Câmara:
''A matéria publicada hoje (23/07), pelo jornal Folha de São Paulo, ao citar o meu nome, sugere, irresponsavelmente, a associação da minha imagem a uma suposta ação criminosa. Em função da matéria publicada por esse jornal, baseada em denúncia formulada por um parlamentar pernambucano, sinto-me obrigado a me posicionar em defesa da minha honra e credibilidade, o maior patrimônio que construí ao longo da minha vida.
É importante destacar, que o deputado José Augusto Maia, que serviu como fonte da reportagem, responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha, e foi condenado, pela justiça pernambucana, em abril deste ano, por improbidade administrativa, tendo os seus direitos políticos suspensos pelo prazo de três anos, além da condenação e dos processos em andamento no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Importante também ressaltar a relação histórica de amizade e apoio de José Augusto Maia ao nosso adversário direto, o ex-empresário Armando Monteiro Neto, que desde as primeiras horas do dia da publicação da matéria tenta tirar proveito eleitoral do assunto.
O que me parece mais grave é a tentativa caluniosa de me descredibilizar. Sou servidor público há 22 anos, com uma trajetória séria e reconhecida. Nunca, em nenhum momento, fui vítima de qualquer ação que questionasse os princípios que levo, de casa, à vida pública: honestidade, correção, respeito, senso de justiça. Daí a minha mais profunda indignação diante deste episódio. Será que, pela condição de candidato ao governo, devo ser exposto publicamente por conta da má fé de elementos como o referido senhor? Atitudes assim envergonham a atividade política e, pior, buscam arrastar para os espaços nebulosos, onde atua um 'ficha-suja', pessoas que estão na vida pública apenas com o intuito de exercer sua vocação e atender a uma convocação.
Figuras como José Augusto Maia devem ser banidas da política, como já foi determinado pela justiça. Portanto, em meu nome, da minha família e de todos aqueles a quem represento, nesta caminhada, como cidadão e homem público, anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional - não necessariamente à repercussão, mas à intenção.
Tenho uma missão a cumprir e assim será. Estou convencido de que o ocorrido servirá apenas para nos fortalecer nesta luta, contra adversários desleais. Manteremos o rumo e, apesar da indignação, não perderemos a serenidade. Pernambuco conta comigo. E estou cada vez mais firme na decisão, coletiva, de vencer com trabalho e respeito.''

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