O senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, evitou responder concretamente a várias perguntas feitas nesta quarta-feira (16) durante sabatina realizada pelo UOL e pela "Folha de S.Paulo", com o SBT e a rádio Jovem Pan. A muitas perguntas, o candidato respondeu apenas que as questões seriam "debatidas com a sociedade".
Aécio foi sabatinado pelos jornalistas Josias de Souza (UOL), Ricardo Balthazar ("Folha"), Kennedy Alencar (SBT) e Patrick Santos (Jovem Pan) sobre economia, programas sociais, suspeita de compra de votos na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre outros assuntos.
Questionado diretamente, o candidato tucano não respondeu qual será sua meta de superávit ou de inflação, por exemplo. Também não explicou quais ajustes na economia irá realizar em seu governo para retomar o crescimento do país.
"O Brasil mais anseia é um governo que estabeleça regras claras, vamos criar um ambiente com regras claras e previsibilidade em todas as áreas", afirmou Aécio.
Ao ser indagado sobre mecanismos para corrigir distorções da Previdência Social, o tucano apenas afirmou que a pensão por morte precisa ser alterada, mas não explicou quais medidas tomaria sobre a questão.
Aécio tampouco quis adiantar medidas concretas, dizendo que seria preciso antes fazer um debate com a sociedade. Ao comentar a concessão de pensões por morte, disse ver "um certo exagero", mas que novas regras teriam que "ser discutidas" e "não poderão ser impostas". Sobre estabelecer uma idade mínima para aposentadoria, o tucano afirmou que a sua campanha não tem uma decisão a respeito, mas que isso iria "ocorrer no tempo certo".
O candidato foi questionado sobre como pretende aumentar o salário dos cubanos do programa Mais Médicos, mas não explicou de que forma isto será possível. Ele apenas disse que o que programas sociais do governo federal que têm dado certo serão mantidos e aprimorados.
Quando abordado sobre as suspeitas e investigações sobre compra de votos no Congresso Nacional para permitir a reeleição para presidente da República durante o governo FHC (PSDB), o candidato também tergiversou.
"A compra de votos não foi para frente porque não foi comprovada, não houve provas. Não houve movimentação. Vamos falar de futuro, só para concluir, o PT teve 12 anos de governo e não quis investigar esse caso da compra de votos da reeleição", desconversou o tucano.
Aécio também não respondeu qual será a política implantada sobre o preço da gasolina em seu governo.
Após a sabatina, novamente instado por jornalistas a falar sobre suas propostas principais para reduzir a inflação e impulsionar o crescimento da economia, Aécio optou por reafirmar as críticas ao governo Dilma.
(Com informações do UOL, em Brasília)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Informando com responsabilidade. Numa democracia é importante poder debater notícia e ter opinião!