domingo, 20 de abril de 2014

Em Missa de Páscoa, Eduardo Campos (PSB) se diz contra o aborto.


Pernambuco 247 - O pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB-PE), que está morando em São Paulo durante o período pré-eleitoral, disse, em visita ao Santuário de Aparecida, ser contra o aborto e que considerada adequada a legislação brasileira sobre o assunto. "Como cidadão acho que minha posição e a de todos. Não conheço ninguém que seja a favor do aborto", ressaltou o ex-governador de Pernambuco.
Campos foi abordado para falar sobre o tema quando encontrava-se ao lado do cardeal dom Raymundo Damaceno. Segundo ele, "A legislação brasileira já é adequada. Ela já prevê as circunstâncias e os casos e eu não vejo razão para que se altere exatamente a legislação que o Brasil já tem", afirmou. A posição de Campos é semelhante à da candidata a vice na sua chapa, a ex-senadora Marina Silva, que é evangélica.
Campos esteve no Santuário de Aparecida acompanhado da mulher, Renata Campos, e do filho recém-nascido, Miguel. Durante a missa de Páscoa, Campos encontrou-se com o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha, com quem trocou cumprimentos. Após a cerimônia, Campos e a família seguiram para a residência do arcebispo de Aparecida onde tomaram um café.
Campos disse que evitaria tratar de política durante o dia de hoje. "Hoje é dia de Páscoa. Vamos ter o ano todo para conversar sobre isso”, afirmou. 
NOTAS DO BLOG
No último pleito o então candidato José Serra prestou um grande desserviço ao país ao polarizar a discussão político num patamar religioso. O Brasil deixou de discutir políticas públicas para debater o aborto. Não que o tema não seja importante, mas como disse Eduardo, o Brasil já possui legislação sobre isso.
O grande debate de 2014 deve estar pautado nas reformas políticas, tributárias (para que os ricos paguem tanto quanto os pobres, diga-se de passagem), educacional e previdenciária (sem que para isso os mais pobres tenham de contribuir por mais tempo) e a defesa e reafirmação dos direitos trabalhistas (sem atender a essa onde de terceirização do funcionalismo adotada por nossos barões das empresas) e a contínua valorização do salário mínimo.
A declaração de Eduardo Campos de ser contra o aborto chega a ser redundante. Ele estava em uma Missa, e como todo católico sabe, o aborto é condenado pela Igreja e quem o cometa ou apoie é automaticamente punido com a excomunhão.
Sinceramente, espero de Eduardo Campos pelo menos um belo debate. Ninguém merece a campanha de Serra, tomo 2.
Emerson Luiz.

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