domingo, 15 de abril de 2012

Para refletir: O Homem que disse Não!

Em tempos conturbados como esses, muitos esquecem que vivemos em uma democracia. Esquecem ou preferem ignorar que todos temos o sagrado direito à liberdade de expressão e de opinião. Cada qual por seus motivos: uns por idealismo, uns por convicção, uns por concordância e outros por oportunismo. 

Não questiono os motivos de quem quer que seja para nutrir suas opiniões. Não tenho o direito de moldar o pensamento de ninguém. Só que isso não quer dizer que abrirei mão do meu direito face a violência de críticas e ataques infundados.

A História nos mostra um belo exemplo de um homem que teve coragem de dar seu Não aquilo que não concordava. 

Reproduzo aqui o post de um blog muito interessante chamado "Hora do Recreio". A Matéria original postada neste blog foi publicada na revista Aventuras na História do mês de fevereiro de 2012, da editora Abril.

Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.
George Orwell

Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança.
Benjamin Franklin

O homem que não saudou os nazistas

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Foto de 1936 que mostra desobediência de alemão


No destaque, August Landmesser de braços cruzados durante saudação nazista




O registro foi feito no porto de Hamburgo em 1936, em plena era nazista. Dezenas de pessoas estavam reunidas para assistir ao lançamento de um navio militar. Mas somente em 1991 o desafiador homem foi identificado.

Após ver a foto em um jornal alemão, uma de suas filhas o reconheceu. Só então August Landmesser, que trabalhava no estaleiro de Hamburgo, teve sua história revelada. Apesar de ter ingressado no Partido Nazista em 1931, ele foi expulso em 1935, por se casar com uma judia chamada Irma Eckler. Com ela, teve duas filhas e por isso foi preso, acusado de “desonrar a raça” ariana. 


Em 1941, foi libertado e enviado à guerra. Porém, logo depois de partir para a batalha, foi dado como desaparecido em combate e declarado morto.

Acredita-se que Irma foi presa pela Gestapo, a polícia secreta nazista, e levada para a prisão de Hamburgo. Ingrid, uma de suas filhas, foi morar com a avó materna, enquanto sua irmã Irene foi enviada a um orfanato e posteriormente adotada.

Em 1996, Irene escreveu um livro contando a história de sua família. Agora, a foto se tornou um hit após ser publicada na página do Facebook Senri No Michi, um blog criado após o terremoto e o tsunami de 2011 do Japão para divulgar iniciativas de caridade. A imagem foi postada no dia 4 de fevereiro, com o título “Gente comum. A coragem de dizer não” e uma pequena explicação sobre sua história. Já foi curtida mais de 83 mil vezes e compartilhada por 30 mil pessoas.

(O Globo)

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Certa vez, em uma entrevista do saudoso e inesquecível palhaço Carequinha, a repórter perguntou-lhe o que significava a palavra sucesso. Do alto dos seus noventa e tantos anos ele respondeu: 

SUCESSO, PRA MIM, É PODER DIZER NÃO 

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