sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PAULO CÂMARA ORDENA A SECRETÁRIOS QUE CORTEM DESPESAS E COMISSIONADOS SERÃO DEMITIDOS OU O NOVO GOVERNADOR DEIXARÁ IRADOS OS QUE SE HABITUARAM A VIVER DAS TETAS DO GOVERNO


REPRODUZO TEXTO DE MAGNO MARTINS E COMENTO EM SEGUIDA
 A hora da tesoura implacável
A partir da próxima semana, os secretários estaduais começarão a cortar na própria dele. Para cumprir a meta de uma economia da ordem de R$ 18 milhões, determinada pelo governador Paulo Câmara, dispensarão uma penca de servidores que ocupam cargos comissionados, algo em torno de 20%.
São funções que variam de R$ 1,2 mil a R$ 4,8 mil. A maioria desse pessoal, que não pertence aos quadros do Estado, tem apadrinhamento político. Por isso mesmo, desde a semana passada, os secretários passaram a comer o pão que o diabo amassou para promover as demissões.
“Na minha pasta são 55 cargos comissionados a serem extintos”, revelou um secretário. Ele não é o único que está apreensivo e tenso. Todos os 22 que integram o primeiro escalão sabem que a vassourada tem que ser praticada a partir da próxima segunda-feira, 2.
A coordenação dos cortes foi entregue ao secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, auxiliado pelo titular do Planejamento, Danilo Cabral. Deputados da base responsáveis pelas indicações já começaram a fazer os mais diversos tipos de pressão para evitar que apadrinhados sem demitidos.
Mas de nada vai adiantar. “O governador não abre mão da economia a que se propôs”, avisa outro auxiliar de Câmara, adiantando que não haverá nenhum tipo de pressão capaz de evitar que os secretários cumpram as orientações, até porque o Governo precisa de recursos para manter os serviços essenciais básicos.
Os cortes já despertaram também a ira da oposição. O líder Silvio Costa Filho (PTB) diz que, no passado, o governo já implantou medidas que buscavam economizar recursos públicos e que, mais à frente, terminaram gerando mais despesas. Cobrou mais informações sobre os cortes.
E pediu aos demais deputados que estejam atentos para fiscalizar a real aplicação do que foi anunciado pelo Governo. O líder do governo, Waldemar Borges (PSB), afirma que a decisão segue a tendência que já vinha sido adotada na gestão anterior e deve economizar, de fato, R$ 18 milhões anuais.
NOTAS DO BLOG
Paulo Câmara não tem tido uma vida fácil. 
Foi escolhido por Eduardo Campos por ter um perfil técnico e tem enfrentado, já no princípio de governo, grandes crises políticas. 
A primeira grande crise não é a da segurança pública, é a da falta de água em nossa estado. Além desse quadro preocupante, o país caminha para um tempo de recessão, é preciso cortar gastos.
Paulo quer poupar e já visualizou onde pode poupar 18 milhões por ano: cortando cabides de emprego!
Cargos comissionados são importantes, mas a maioria dos que os ocupam não dão expediente, ou como dizia meu avô: "não batem um prego em uma barra de sabão". 
São políticos derrotados em pleitos municipais, cabos eleitorais ou indicações de pessoas que se enquadram nos dois exemplos anteriores. 
Pessoas que se profissionalizaram na política e se acostumaram a depender financeiramente dela. 
Nada mais justo que podar os galhos secos de uma árvore, mas como aqui se trata de dinheiro público, não basta poupar, é preciso que o que foi poupado seja investido com inteligência para melhorar a vida das pessoas.
Como noticiei aqui no começo do ano, Paulo tem mostrado algumas diferenças positivas em relação ao seu antecessor e padrinho. 
Percorreu de carro as estradas das cidades que visitou, sentiu o drama do povo e procurou tomar medidas para corrigir essa realidade.
Paulo Câmara não é Eduardo Campos. 
Talvez seja disso que o estado precise nesse momento. Um espaço para que surjam novas lideranças e um novo jeito de governar. 
Um que não procure agradar a gregos e troianos e não busque acabar com as oposições com cargos.
É a segunda vez que me surpreendo positivamente com Paulo Câmara.

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