sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

BRASIL DEVE DAR ATENÇÃO A PROPOSTAS DE OBAMA EM DAVOS. FINANCIAR O ESTADO A PARTIR DA TAXAÇÃO DAS FORTUNAS


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"Líder da principal potência imperialista, diante da crise, mesmo que moderadamente, faz uma opção por financiar o Estado através da taxação das rendas mais altas, expandindo direitos e impulsionando o mercado interno", enquanto "o governo Dilma, neste momento, prefere ceder terreno à cartilha ortodoxa, ceifando gastos públicos e reduzindo benefícios", compara o jornalista; Breno Altman cita ainda outras decisões de Barack Obama, que, "atropelando a maioria parlamentar de direita, legalizou 5 milhões de imigrantes em situação irregular" e "reatou relações diplomáticas com Cuba"; "Obama vive a mesma dificuldade congressual que sua colega brasileira, mas faz o caminho oposto para enfrentá-la", diz

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem dado exemplos que deveriam ser "analisados com atenção" pelo sul do continente, defende o jornalista Breno Altman. Em novo artigo publicado em seu blog no Opera Mundi, em parceria com o 247, ele compara algumas decisões do líder norte-americano com as últimas tomadas pela presidente Dilma Rousseff no início de seu segundo mandato.
"Através de decreto presidencial, atropelando a maioria parlamentar de direita, legalizou cinco milhões de imigrantes em situação irregular. Obama, logo em seguida, reatou relações diplomáticas com Cuba e amenizou o embargo que já dura meio século. Como se não bastasse, veio a propor, durante o tradicional discurso sobre o Estado da União, no último dia 20 de janeiro, perante parlamentares das duas casas, reforma fiscal que combate a desigualdade social", exemplifica o colunista.
Conforme ressalta Breno Altman, "o líder da principal potência imperialista, diante da crise, mesmo que moderadamente, faz uma opção por financiar o Estado através da taxação das rendas mais altas, expandindo direitos e impulsionando o mercado interno", enquanto o governo Dilma, "neste momento, prefere ceder terreno à cartilha ortodoxa, ceifando gastos públicos e reduzindo benefícios, apostando mais em medidas que atraiam fluxos de capital do que fortaleçam o consumo popular".
Em relação ao Congresso, na avaliação de Altman, "Barack Obama vive a mesma dificuldade congressual que sua colega brasileira, mas faz o caminho oposto para enfrentá-la". Ele acrescenta que, apesar de representar "tão somente um projeto de renovação do capitalismo norte-americano, centrado na reconstrução do mercado interno de massas. Isso não o impede, porém, de estar dando exemplos políticos que deveriam ser analisados com atenção ao sul do continente".
Leia aqui a íntegra do texto.

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