Desde que assumiu a presidência, Dilma Rousseff teve de matar vários leões por dia, caminhar entre serpentes e aturar nossa mídia tendenciosa, preconceituosa e especulativa. Ontem, num raro momento de sobriedade, fez um balanço do seu governo, anunciou medidas que beneficiam o trabalhador e contrapôs o modelo adotado por ela e aquele proposto pela oposição formada por Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Os dois pré-candidatos já defenderam em algum momento a desindexação do valor do salário mínimo pela inflação e pelo aumento do PIB. Aécio foi mais longe, já que seu possível ministro da fazenda afirmou que o "salário mínimo cresceu demais", e o próprio Aécio disse "não ter medo de tomar medidas impopulares".
Dilma respondeu aos seus críticos.
Aqui transcrevo alguns trechos do discurso:
Sobre o crescimento do Brasil e a crise econômica mundial
Neste primeiro de maio, quero reafirmar, antes de tudo, que é com vocês e para vocês que estamos mudando o Brasil. Vocês que estão nas fábricas, nos campos, nas lojas e nos escritórios, sabem que estamos vencendo a luta mais difícil e mais importante: a luta do emprego e do salário.
Não tenham dúvida: um país que consegue vencer a luta do emprego e do salário, nos dias difíceis que a economia internacional atravessa, esse país é capaz de vencer muitos outros desafios. É com este sentimento que garanto a vocês que temos força para continuar na luta pelas reformas mais profundas que a sociedade brasileira tanto precisa e tanto reclama.
IMPOSTO DE RENDA E BOLSA FAMÍLIA
Acabo de assinar uma medida provisória corrigindo a tabela do imposto de renda, como estamos fazendo nos últimos anos, para favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho.
Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador.
Assinei, também, um decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família, recebidos por 36 milhões de beneficiários do programa brasil sem miséria, assegurando que todos continuem acima da linha da extrema pobreza, definida pela ONU.
VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO E DEFESA DO TRABALHADOR
A valorização do salário mínimo tem sido um instrumento efetivo para diminuição da desigualdade e para o resgate da grande dívida social que ainda temos com os nossos trabalhadores mais pobres.
Algumas pessoas reclamam que o nosso salário mínimo tem crescido “mais do que devia”. Para eles, um salário mínimo melhor não significa mais bem estar para o trabalhador e sua família.
Dizem que a valorização do salário mínimo é um erro do governo. E por isso defendem a adoção de medidas duras. Sempre contra os trabalhadores.
Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador! Nosso governo será, sempre, o governo da defesa dos direitos e das conquistas trabalhistas. Um governo que dialoga com os sindicatos e com os movimentos sociais e encontra caminhos para melhorar a vida dos que vivem do suor do seu trabalho.
O PACTO PELA EDUCAÇÃO E O MAIS MÉDICOS
Vocês lembram dos pactos que firmamos após as manifestações de junho. Eles já produziram muitos resultados. Precisamos ampliá-los muito mais.
O pacto pela educação, por exemplo, gerou a lei que permitirá que a maior parte dos royalties e dos recursos do pré-sal seja aplicada na educação.
Isso vai melhorar o salário dos professores e revolucionar a qualidade do nosso ensino.
O pacto pela saúde viabilizou o Mais Médicos, e, em apenas seis meses, já colocamos mais de 14 mil médicos em 3.866 municípios.
E o que é mais importante: estes números significam a cobertura de atenção médica para 49 milhões de brasileiros.
DE QUAL LADO DILMA ESTÁ?
Temos o principal: coragem e vontade política. E temos um lado: o lado do povo. E quem está ao lado do povo, pode até perder algumas batalhas, mas sabe que no final colherá a vitória.
Viva o primeiro de maio!
Viva a trabalhadora e o trabalhador brasileiros!Viva o Brasil!
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