segunda-feira, 26 de maio de 2014

Governador João Lyra nega uso da máquina para cooptar prefeitos para o palanque de Paulo Câmara


Pernambuco 247 - O governador de Pernambuco, João Lyra (PSB), negou as acusações feitas pelo senador e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB) e pelo deputado federal e pré-candidato ao Senado, João Paulo (PT), de que a legenda socialista estaria fazendo uso da máquina pública para atrair o apoio dos prefeitos do interior para a candidatura estadual de Paulo Câmara (PSB). Além de rebater os disparos feitos pelos opositores, o gestor o inconformismo de parte da população quanto a realização da Copa do Mundo no Brasil como sendo algo “legítimo”.
“Eu tenho recebido prefeitos pernambucanos, mas não é o meu estilo ter conversas com determinados políticos, inclusive prefeitos, para apoio. Tenho um respeito muito grande pelo senador Armando Monteiro e sou amigo pessoal dele. Ele me conhece, e se essa informação chegou a ele, chegou de maneira inverídica”, afirmou Lyra, nesta segunda-feira (26), em entrevista para a Rádio JC News. “Nossas conversas são sobre a gestão, parcerias, questão administrativa. Em nenhum momento conversamos sobre apoio a Paulo Câmara. Isso nunca”, acrescentou.
Acerca das movimentações políticas estaduais, Lyra garantiu que deve participar da campanha de Paulo Câmara durante o período eleitoral. Atualmente, entretanto, o socialista tem apenas conversado com membros do PSB apenas para discutir estratégias para a chapa socialista. “Eu estou com a agenda absolutamente entregue às ações do governo. Mas, quando começar a campanha, eu vou participar”, declarou Lyra, que era cotado para disputar o Palácio do Campo das Princesas pelo PSB antes da escolha de Câmara.
Ao comentar a realização da Copa do Mundo no Brasil, em junho, Lyra afirmou que o inconformismo de parte da população é autêntico, uma vez que bilhões de reais foram gastos para a realização do evento, enquanto a carência de serviços públicos básicos para a população ainda é visível no País. Desde a confirmação do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, parte da sociedade tem condenado a iniciativa e afirmado que o dinheiro seria melhor investido em obras e na melhoria dos serviços oferecidos à população.
“A FIFA tem uma exigência de qualidade que não é compatível com o status de vida do Brasil”, criticou o governador, acrescentando que a política brasileira não tem sintonia com a sociedade. “Podem acontecer alguns eventos fortes contra a realização da Copa”, ressaltou. Durante a realização da Copa das Confederações, em junho de 2013, mais de um milhão de brasileiros foram às ruas para reivindicar melhorias nas condições de vida.
Apesar das críticas com relação ao evento, o governador afirmou que se Pernambuco não estivesse presente como sede da Copa, a ação não seria bem-vinda por parte da população. O governador destacou, ainda, que não foi aplicado dinheiro dos cofres estaduais para a construção da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. “Pernambuco não aplicou recurso do Estado na Arena. Não houve investimento financeiro”, afirmou, destacando que o governo participou doando o terreno para a construção.

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