quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A ELEIÇÃO DE 2014 SERÁ RESUMIDA AO DUELO ENTRE LULA E EDUARDO CAMPOS


 O embate é Lula x Eduardo
No cenário em que está sendo desenhado para as eleições em Pernambuco não haverá segundo turno para governador. O pleito deve ser decidido logo no primeiro turno por uma razão muito simples: está fora de cogitação o surgimento de uma terceira via.
De um lado, as forças governistas, capitaneadas pelo governador Eduardo Campos, marcharão unidas com o nome do secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar. Há de fato resistências, inclusive familiares, a Tadeu, mas o governador deve conduzir o processo com absoluto sucesso.
De outro, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) já arrebatou o coração de Lula e Dilma para levar o PT ao seu palanque. Com o PT aliado a Armando, cai por terra um terceiro candidato a governador, no caso o deputado João Paulo, que estava louco para entrar na disputa.
O hoje governista PSDB também poderia projetar uma candidatura própria, como ainda admite o senador Aécio Neves, mas o presidente estadual da legenda tucana, Sérgio Guerra, já bateu o martelo com Eduardo e apoiará o nome que ele indicar.
Sendo assim, no mano a mano entre Tadeu e Armando, o que assistiremos será um embate entre o governador, Lula e Dilma, contando com a forte disposição do ex-presidente, que está desapontado com o ex-aliado.
Por diversas vezes, Lula já repetiu que virá a Pernambuco quantas vezes for necessário ao longo da campanha para tentar impor uma derrota histórica ao ex-aliado Eduardo. A eleição para governador pode se transformar, portanto, num duelo entre Eduardo e Lula, os dois grandes protagonistas.
Vitorioso com Armando, Lula não terá elegido um poste, porque, além de senador e ter uma trajetória política, com destaque no plano nacional, o trabalhista lidera todas as pesquisas de intenção de voto para governador.
No caso do inverso, ou seja, uma vitória de Tadeu, aí, sim, o governador pode entrar para a história como maior fenômeno eleitoral do País: emplacar dois postes – o primeiro no Recife e o segundo, dois anos depois, no Estado. (Blog do Magno)
Notas do Blog
O PT de Pernambuco sofreu mais uma intervenção federal, sim, porque muitos petistas, incluindo uma certa deputada, queriam uma candidatura própria. Muitos não queriam abandonar os cargos que ocupavam no governo de Eduardo Campos e um número expressivo, mesmo dentro do PT, trabalhava de acordo com os interesses do governador.
Ainda hoje o PT não se mostrou aguerrido na oposição à Eduardo. Durante sete anos o governador passeou em céu de brigadeiro, fez alianças com prefeitos de praticamente todo o estado, usou da força política para calar opositores e habilmente conquistou  o apoio da imprensa, se bem que muitos veículos pertencem a políticos aliados. Jornais como o Jornal do Commercio, o Diário de Pernambuco e a Folha de Pernambuco servem mais como vitrines do governo que como veículos de informação independente.
Os sindicatos que eram "dominados" pelo PT aceitaram os mandos e desmandos do governo estadual, veja só o Sintepe: pelego, pelego e pelego! 
Nossas estradas no interior tem mais furos que queijos suíços e nossos políticos ("situação e oposição") ficam de bico fechado. Uns dependem do governador, os outros de verbas dos deputados que o apoiam, quase todos seduzidos pelo poder ou pelo desejo de poder. Armando Monteiro está certo quando diz que "Pernambuco não é nenhum paraíso", mas só foi capaz de dizer isso depois de romper com o governador ao ver que não seria o candidato dele.
Nesse bosque há mais raposas que arbustos!
Eduardo Campos não é bobo. Sabe que pode perder e mesmo assim sair ganhando. Como? Mesmo que perca a eleição o neto de Arraes se tornará conhecido nacionalmente. Seu partido terá mais força e ele terá angariado o apoio das elites tradicionais do país, antes fiéis ao hoje desgastado PSDB. Marina vai ficar ofuscada no PSB e quando tudo terminar boa parte da Rede já terá sido cooptada por Eduardo Campos, que pode até perder as eleições, mas de todo jeito sairá ganhando 2014.

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