Marisa Gibson comenta na coluna Diario Político desta terça a receita que Armando Monteiro precisa seguir para viabilizar seu projeto de concorrer ao governo do estado com apoio de Eduardo Campos. Confira:
Algo em troca
…
Para consolidar sua candidatura a governador de Pernambuco com o apoio do governador Eduardo Campos (PSB), o senador Armando Monteiro Neto (PTB) terá que ampliar o foco de suas articulações políticas, saindo do estado para o plano nacional.
A esperada candidatura de Eduardo a presidente da República, caso se concretize, exigirá do senador petebista algo em troca para o projeto nacional do governador, que é o apoio do PTB nacional, que significa tempo de televisão, item fundamental para um palanque presidencial.
Ou seja: o projeto de Armando tem que ser útil. Por enquanto o PTB, presidido interinamente pelo ex-deputado federal baiano Benito Gama devido ao estado de saúde do ex-deputado Roberto Jefferson, também condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, é uma grande interrogação.
Mas setores do PSB já vislumbram um apoio do PTB ao projeto de Eduardo, a partir de considerações elogiosas ao governador feitas recentemente por Jefferson.
Este é um dos cenários para que a candidatura do petebista seja um projeto de sucesso dentro da Frente Popular. Agora, caso o governador não concorra à Presidência da República, a disputa dentro da Frente Popular terá outra feição – será bem mais acirrada – envolvendo também Fernando Bezerra Coelho (PSB), ministro da Integração Nacional.
O PSB tem uma lista extensa de nomes majoritários e paralelamente à dúvida sobre o futuro do governador, há processos de frituras envolvendo os dois principais postulantes.
Se de um lado ainda se diz que Bezerra Coelho, apesar de toda sua proximidade com Eduardo, não é um nome que agrade aos históricos do partido, de outro se enfatiza que Armando Neto pode viabilizar sua candidatura fora da Frente Popular com o apoio do PT de Humberto Costa.
Foto jornaldecaruaru.wordpress.com
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