No último ano a imprensa brasileira se fartou com um espetáculo pouco visto em nosso país: políticos sendo processados por corrupção, julgados e condenados à prisão. Há quem diga que foram julgados primariamente já que não há prova material do crime (foi esse o pretexto usado pelo defesa de Collor, e naquela ocasião colou bem!). O Ministro Joaquim Barbosa foi alçado ao status de herói nacional e talvez até de novo mito pátrio como Airton Senna, Pelé e Roberto Carlos.
Deixando de
lado os exageros, gostaria de propor uma reflexão: adiante combater os
corruptos e deixar à vontade corrompidos e corruptores? Pergunto motivado por
algo que ouvi de alguns amigos com quem conversava. Ao falarmos sobre políticos
que se deixam corromper ouvi: “Está mais do que certo! Não se pode deixar o
dinheiro escapar!”
Os mensaleiros
são julgados enquanto uma parcela significativa de nossa sociedade reproduz a
sua maneira de agir e pensar. Criticam os corruptos e acalentam o sonho de
serem corrompidos. Para estes cabe o frase do artista: “As vezes chamamos de
honestos aqueles que nunca tiveram a oportunidade de roubar”.
É uma frase batida mas vale ser revisitada: "Seja a mudança que você espera do mundo". A qualidade dos políticos sempre estará atrelada a qualidade da sociedade que os elege. Ao invés de críticas vamos inundar o mundo com ações e bons exemplos, partindo de nós em encontro do outro.
Emerson Luiz
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